Babaçu e castanha do brasil: agregando valor aos produtos da sociobiodiversidade brasileira.
Resumo Com o intuito de agregar valor e expandir o uso de matérias-primas do Bioma Amazônico, este projeto utilizou farinhas de castanha do Brasil e de mesocarpo de babaçu como substratos para fermentação com a levedura Saccharomyces boulardii. As propriedades probióticas, antioxidantes, antidiabéticas e tecnofuncionais (solubilidade, gelificação, absorção de água e óleo, e capacidades de emulsificação) foram avaliadas, oferecendo novas oportunidades para o desenvolvimento de ingredientes inovadores. Solução proposta Foram obtidos produtos fermentados com propriedades nutracêuticas e funcionais melhoradas, por meio de um processo simples e seguro, transponível para produção em escala piloto e que oferece a oportunidade de implantação da tecnologia em miniusinas comunitárias da região Amazônica. Vantagem tecnológica Nível de maturidade tecnológica – TRL: 2 Próximos passos Aprimoramento das características sensoriais das farinhas fermentadas obtidas para aplicação como ingredientes em formulações de bebidas carreadoras de probióticas de origem não láctea, avaliação das características sensoriais e estudo de estabilidade durante o armazenamento. Imagens Autores e filiação
Aproveitamento integral da amêndoa do cupuaçu: produção de ingredientes sustentáveis de alto valor agregado – concentrado proteico e concentrado rico em fibras.
Resumo Para definição do processo de obtenção de concentrado proteico da torta da amêndoa do cupuaçu, utilizou-se como matéria-prima a torta obtida de cooperativa em Tomé-Açu, Pará. As amêndoas de cupuaçu são consideradas subproduto da industrialização da polpa de cupuaçu. As amêndoas foram fermentadas em caixas de madeira por 7 dias. Após secas, as amêndoas foram submetidas ao processo de torra utilizando um torrador elétrico rotativo com controle de temperatura (150ºC, 50 minutos). Após este processo as amêndoas foram submetidas à prensagem para a extração de óleo e foi obtida a torta, resíduo gerado desta extração. O concentrado proteico foi obtido, a partir da torta, por extração das proteínas em meio alcalino com posterior precipitação em meio ácido. A extração foi realizada por meio de suspensão da torta em água, ajuste do pH para extração proteica, agitação, centrifugação e separação do sobrenadante. O precipitado foi separado por centrifugação e seco em estufa a 60ºC. Solução proposta Do resíduo agroindustrial inicial (torta), a pesquisa gerou um concentrado proteico (42 g/100g) e um concentrado rico em fibra (56,5 g/100g). Foi elaborado um quibe de forno com concentrado rico em fibra. Vantagem tecnológica A extração de proteínas, a partir da torta da amêndoas do cupuaçu, possibilitou a produção de um concentrado proteico (41,75 g/100g) e um concentrado rico em fibras (56,5 g/100g). Foi elaborado um quibe com ao concentrado rico em fibra e pela característica do concentrado proteico, devido ao seu aroma frutado e de chocolate, este concentrado tem um potencial de uso na elaboração de leite vegetal e/ou bebidas achocolatadas. Houve uma média de aceitação sensorial global do quibe elaborado com incorporação de 2,5% e 5,0 % de fibra de cupuaçu de 76 e 66 %, respectivamente. Nível de maturidade tecnológica – TRL: 2 Próximos passos Imagens Autores e filiação Otniel Freitas-Silva – Embrapa Agroindústria de Alimentos