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Tecnocarne Xperience traz novas perspectivas de negócios no setor de alimentos

O evento, idealizado para o mercado de carnes brasileiro, reconhece a importância desse setor para a economia nacional ao mesmo tempo em que entende que ele está passando por grandes transformações. Para engajar, discutir e alavancar esse movimento, a programação desta edição foca em rever antigos conceitos e criar novos produtos que atendam às novas demandas  de consumo.  Para manter o mercado aquecido e em crescimento, é preciso refletir sobre os atuais desafios do setor e como gerar novas oportunidades de negócios para ele. Para tornar isso realidade, o evento traz webinars, demonstrações e painéis explorando temas que vão de sustentabilidade a embalagens. Gus Guadagnini, diretor do Good Food Institute Brasil, participa como moderador de um bate-papo junto a profissionais da área de proteínas alternativas, discutindo o tema “Plant Based: a revolução alimentar está cada vez mais na mesa do Brasileiro”. Estarão presentes Camille Lau, gerente de marketing da Unilever, Bruno Fonseca, co-fundador da The New Butchers, David Oliveira, diretor de Marketing da Superbom, e Maria Eduarda Lemos, gerente de certificação da Sociedade Vegetariana Brasileira. A conversa acontece no dia 19 de Novembro, às 10 da manhã. Para conferir a programação completa e participar, basta se inscrever gratuitamente pelo site do evento.

McDonald’s, Nestlé, Unilever e Carl’s Jr. Querem Entrar no Mercado Plant- based

Todo mundo quer uma mordida do mercado plant-based Em 2018, as vendas totais do varejo nos Estados Unidos de carnes plant-based aumentaram mais de 23%, ultrapassando US$ 760 milhões. Varejistas, restaurantes e produtores estão percebendo o apetite cada vez maior por opções plant-based. A Carl’s Jr., uma das maiores cadeias americanas de restaurantes fast-food, firmou parceria com a Beyond Meat para oferecer o hambúrguer Beyond Famous Star em mais de 1.000 locais nos EUA. A versão plant-based do maior clássico da fast-food é feita com a maior e mais recente inovação da Beyond Meat – o Beyond Burger 2.0. Como a maior parceria de restaurantes da Beyond Meat nos EUA até hoje, a Carl’s Jr. é uma plataforma de referência por introduzir o Beyond Burger 2.0 no faminto mercado norte-americano. Enquanto isso, a Nestlé anunciou planos de lançar sua versão de hambúrguer plant-based, chamada “Hambúruger Incrível” (Incredible Burger no original). A previsão é para meados de 2019 e sairá através da marca Garden Gourmet, que é sediada no Reino Unido. A Unilever adquiriu o The Vegetarian Butcher para aumentar seu portfólio plant-based. E para não ficar de fora da jogada, o McDonald’s agora oferece no Reino Unido opções plant-based do McLanche Feliz e de wrap. O McDonald’s também introduziu o hambúrguer plant-based McVegan na Finlândia e na Suécia, e um hambúrguer plant-based McAloo Tikki na sede da empresa em Chicago. Marcas plant-based também estão se mexendo Depois de apresentar aos consumidores o “Impossible Burger” em quase 5.000 restaurantes, a Impossible Foods planeja lançar sua marca de hambúrguer – versão 2.0 – em supermercados em 2019. A Beyond Meat está triplicando sua capacidade de produção para acompanhar a demanda, tendo superado os tradicionais hambúrgueres de carne bovina em alguns locais de varejo. Para servir a categoria de frutos do mar plant-based, a Good Catch lançará sua linha exclusiva de “atum vegetal” (junto com outros produtos de frutos do mar plant-based) em supermercados em 2019. Mas isso é apenas o começo. Sem dúvidas, hambúrgueres vegetarianos já são itens básicos no corredor de congelados há décadas. Nos últimos anos, no entanto, as carnes plant-based – que têm gosto de carne bovina – surgiram como uma categoria própria. E estamos nos aproximando rapidamente de um momento de virada na revolução da carne plant-based. De qualquer forma, todas as carnes começam como plantas O que está impulsionando o novo entusiasmo sobre plant-based? As empresas estão percebendo que o mercado de carnes plant-based não é apenas para veganos ou vegetarianos: é, também, para carnistas e flexitarianos. E a novidade: esse é um mercado muito, muito grande. Somente os flexitarianos são responsáveis por cerca de um terço do mercado nos EUA. Esta próxima geração de alimentos plant-based está sendo projetada para carnistas, e não apenas para aqueles que já aderiram a uma dieta plant-based. As empresas estão repensando o que é “carne” para fornecer aos carnistas a mesma experiência sensorial que eles conhecem e amam, mas que seja produzida de uma maneira melhor. Basicamente, a carne é uma combinação de aminoácidos, lipídios, minerais e água. Em vez de circular as plantas por animais para transformá-las em carne, por que não fazer carne diretamente das plantas? É exatamente isso que as empresas inovadoras estão fazendo agora – recriando cada componente da carne a partir de fontes vegetais. Essa constatação ampliou o conceito moderno de carne, que agora pode ser aplicado tanto para carne de origem animal quanto para carne de origem vegetal (plant-based). Tradicionalmente, a maioria dos produtos plant-based é feita com proteínas de trigo ou soja – que são plantas cultivadas para outros fins ou subprodutos de indústrias existentes. No ano passado, no entanto, houve um aumento significativo no uso de proteína de ervilha. Outras fontes de proteínas vegetais, como tremoço, aveia, batata e arroz, também estão ganhando destaque e as oportunidades para mais inovações são abundantes. O que isso significa para o mercado Se as carnes plant-based mantiverem sua taxa de crescimento atual, as vendas de varejo chegarão a US$ 1 bilhão até o final de 2019. Com os indicadores que estamos vendo, acreditamos que a taxa de crescimento deve acelerar em 2019. Mais e mais empresas de Bens de Consumo Embalados (CPG, na sigla em inglês) – incluindo os principais playres – estão demonstrando interesse em lançar produtos de carne plant-based ou investir em empresas de carne plant-based. Até mesmo muitas empresas do setor de carne estão entrando no mercado de carnes plant-based, algumas renomeando a marca para “empresas de proteínas”. A Tyson Foods, maior produtora de carne dos Estados Unidos, investiu duas vezes na Beyond Meat. A maior produtora de carne do Canadá, a Maple Leaf Foods, comprou a Lightlife e a Field Roast, que agora estão alocadas sob sua nova empresa plant-based, a holding Greenleaf. Acompanhando o impulso no crescimento plant-based Entre 2017 e 2018, houve um aumento de 30% de aumento no número de acordos para investimentos em alimentos plant-based. E muitas startups plant-based inovadoras chegarão ao mercado no próximo ano. Varejistas experientes também estão mudando a forma de comercializar carnes plant-based, colocando-as ao lado da carne convencional em vez de em uma “seção vegetariana” separada, abrindo assim a categoria para muitos outros compradores. As vendas de leites vegetais decolaram depois que os varejistas começaram a armazená-los na seção refrigerada ao lado do leite de vaca, expandindo, assim, o produto a um novo grupo de consumidores. O leite vegetal representa agora 13% do mercado total de leite e categoria ainda está crescendo. A carne plant-based está preparada para seguir uma trajetória similar. Em suma, as proteínas plant-based são macrotendências Atualmente, a carne plant-based representa pouco menos de 1% do mercado total de carne de varejo nos EUA e quase certamente alcançará 1% de participação de mercado em 2019. A oportunidade do dólar de atingir paridade de mercado com a do leite vegetal no varejo vale mais que US4 10 bilhões. Como declarou o ex-CEO da Pinnacle, Robert Gamgort, “as carnes plant-based estão nos estágios iniciais de uma macrotendência, semelhante à maneira