Documento apresenta as principais realizações da entidade para tornar o Brasil líder do mercado mundial de proteínas alternativas
O The Good Food Institute Brasil divulga neste mês seu relatório anual, que apresenta as principais conquistas da instituição para transformar a cadeia de produção de alimentos, por meio da promoção do setor de proteínas alternativas.
Entre as realizações do ano que passou, destaque para a adesão das gigantes JBS e BRF às pesquisas de carne cultivada, que contaram com o apoio do GFI. A entidade atuou conectando as empresas com startups, pesquisadores, profissionais do setor e na criação de planos de negócio que viabilizaram a entrada das marcas no setor. A previsão é de que os primeiros produtos das companhias sejam comercializados em 2024.
A organização também contribuiu, por meio de consultorias, para o lançamento de 30 produtos no mercado das proteínas alternativas no país.
Pesquisa científica
Em 2021, mais de R$ 2 milhões foram investidos no Programa Biomas, que financia pesquisas para viabilizar novos ingredientes e fontes de proteínas a partir de plantas nativas da Amazônia e do Cerrado. Ao todo, são 13 estudos em desenvolvimento envolvendo a castanha-do-Brasil, baru, cupuaçú, babaçu, pequi e macaúba. Além de novos insumos para a indústria brasileira, o Programa também impulsiona a economia local ao conectar a academia com as comunidades estrativistas e coperativas das duas regiões.
Além disso, outros sete projetos de pesquisa brasileiros foram aprovados no Programa Internacional de Incentivo à Pesquisa do GFI. As propostas visam acelerar inovações para os mercados de proteínas vegetais e de carnes cultivadas a partir de células.
A organização participou ainda de 32 eventos de pesquisa científica e reuniu mais de 8 mil participantes em seus próprios eventos técnico-científicos.
Incentivo à produção
A fim de identificar os maiores desafios no desenvolvimento de produtos vegetais análogos aos produtos de origem animal em relação à qualidade, preço e características sensoriais exigidas pelos consumidores, o GFI Brasil fez uma pesquisa com profissionais da indústria de processamento de ingredientes e produtos vegetais.
A pesquisa “Oportunidades e Desafios na Produção de Produtos Vegetais Análogos aos Produtos Animais” contou com a contribuição de 21 empresas, e identificou sete linhas de pesquisa prioritárias para o avanço do mercado de produtos vegetais no Brasil, as quais envolvem melhoria de processos, busca por novas fontes e matérias-primas, apelo clean-label, melhoria de características nutricionais, entre outras. A partir dessas informações foi possível identificar as áreas de oportunidade de melhoria para o setor produtivo de proteínas alternativas.
A organização também realizou o mapeamento do setor de proteínas alternativas e identificou pelo menos 100 empresas atuando no mercado de proteínas vegetais e cultivadas e contabilizou ao menos 114 novos produtos.
Políticas públicas
O GFI Brasil tem atuado fortemente visando o desenho de um marco regulatório nacional para produtos proteicos alternativos no país. O objetivo é promover a construção de um mercado mais competitivo para produtos feitos de planta, obtidos por fermentação e cultivados a partir de células.
Para isso, atuou no Congresso Nacional, participação em eventos da Frente Parlamentar da Bioeconomia, além de estabelecer parceria efetiva com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e com a Anvisa.
Entre as principais contribuições está a produção de três estudos regulatórios sobre fermentação, carne cultivada e proteínas vegetais e a organização de workshops para profissionais do MAPA e da Anvisa.
Para ter acesso ao relatório completo, acesse o link.