Mercado de alternativas vegetais: Pesquisa exclusiva no Brasil

Alternativas vegetais às proteínas de origem animal já são uma realidade mundo afora. Países como os Estados Unidos possuem um mercado de proteínas alternativas bem estruturado, que já  mais de USD 3 bilhões por ano. “Plant-based” foi eleita a maior tendência alimentar de 2018 pelos consultores da Baum & Whiteman e pesquisas preveem que esse mercado vai chegar a valer USD 6,4 bilhões até 2023 globalmente.

O Brasil não fica para trás nesse cenário. Já é considerado o 5° maior mercado de alimentos e bebidas saudáveis no mundo,  com crescimento de 20% ao ano enquanto a média global é de 8%.

Para entender o potencial desses novos produtos no país, o The Good Food Institute em parceria com a Snapcart, realizou uma pesquisa para entender melhor os hábitos de consumo dos brasileiros em relação aos alimentos de origem vegetal. O estudo também buscou compreender quais as motivações dos que adotam dietas sem produtos de origem animal. Foram entrevistadas mais de 9 mil pessoas de todas as regiões do país, que consomem ou não produtos de origem animal, e os resultados mostraram uma tendência de redução no consumo de carne, ovos e derivados do leite por parte dos brasileiros.

Quando perguntados sobre o que achavam sobre a ideia de reduzir produtos de origem animal, a grande maioria das pessoas que os consomem via essa atitude de forma positiva, com 29% das pessoas já a colocando em prática. Isso prova que, em um mercado expressivo como o brasileiro, uma quantidade considerável de pessoas é familiar com os benefícios de um consumo menor de produtos de origem animal e tem interesse pelo assunto. Mostra também que mesmo aqueles que não consideram cortar completamente esse tipo de produto, podem estar abertos a repensar seus hábitos.

O mercado de proteínas vegetais no Brasil vem se desenvolvendo rápido e tem grande potencial de expansão,  com diversas áreas a serem exploradas. Essa foi uma pesquisa pioneira no mercado “plant-based” brasileiro, sendo a primeira a analisar informações específicas deste segmento no Brasil. O principal objetivo era entender as necessidades desse mercado e identificar suas potencialidades. Através desse primeiro mapeamento , já foi possível estabelecer uma perspectiva sólida, capaz de oferecer informações relevantes para o desenvolvimento de novos produtos e abrindo portas para quem busca entrar neste mercado, que tende a continuar crescendo  no Brasil.

A pesquisa mostra que o mercado de proteínas alternativas é abrangente e possui muito mais alcance do que apenas nichos específicos. A maior parte das pessoas considera a redução do consumo de produtos de origem animal algo positivo e o número de pessoas que já praticam a redução é expressivo. A saúde foi apontada como maior motivador das pessoas em direção às alternativas vegetais . Também foi comprovado que fatores básicos como sabor, preço e conveniência movem o consumidor neste mercado. Portanto proteínas vegetais saborosas, distribuídas em lugares acessíveis e a preços convenientes combinariam todos esses fatores e conquistariam o mercado de vez.

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