A expansão do mercado de produtos vegetais análogos (plant-based), que mimetizam as características sensoriais de produtos de origem animal, viabiliza uma oferta mundial mais diversificada de alimentos, despertando o interesse dos consumidores, atraindo financiamento para pesquisa e promovendo o mercado de proteínas alternativas. Uma das questões mais importantes está relacionada aos potenciais benefícios nutricionais que os produtos plant-based podem proporcionar aos consumidores.
Nesse cenário, o conceito de alimentos ultraprocessados (AUP), da classificação NOVA, suscita um debate sobre os reais impactos nutricionais, sociais e ambientais que os produtos plant-based podem causar, uma vez categorizados como tais. Permaneceriam válidas as premissas dessa classificação em relação a essa nova categoria de alimentos? Motivados por essa questão, surgiu a necessidade de investigar e comparar a composição nutricional e os aditivos utilizados nas formulações dos produtos de origem animal (produtos tradicionais) com os seus análogos plant-based.
A análise foi conduzida a partir de dados coletados nos rótulos de almôndegas, empanados, hambúrgueres, linguiças e kibes de origem animal e vegetal. Os produtos cárneos plant-based indicaram aspectos nutricionais positivos em relação à nova regulamentação para rotulagem frontal de teores de gordura saturada e sódio, quando comparados aos produtos tradicionais.