Ações da Beyond Meat disparam após acordo com Pepsi

O anúncio da parceria com a PepsiCo. fez as ações da Beyond chegarem a subir 26.1%, antes de fecharem com 17.7% de valorização na última terça-feira, 9 de fevereiro. A nova parceria nasceu sob o nome de The Planet Partnership, e vai fazer uso da expertise da Beyond em desenvolver proteínas alternativas e a expiência comercial da Pepsi para criar novos produtos. O objetivo da joint ventura é investir na criação de novos snacks plant-based e também bebidas. A gigante multinacional PepsiCo tem histórico de inovação em snacks e lanches rápidos, sendo responsável pelo desenvolvimento das batatas assadas LAY’S e Gatorade, por exemplo. A união com a Beyond representa mais um passo nessa direção, desta vez buscando conquistar o novo território das proteínas alternativas. O chefe comercial global da Pepsi, Ram Krishnan, conta que “proteínas alternativas representam uma grande oportunidade de crescimento para nós, uma nova fronteira para os nossos esforços de construir uma cadeia de alimentos sustentável e ser uma força positiva para as pessoas e o planeta, enquanto ainda atendemos à demanda por um maior portfólio de produtos mais nutritivos”. A parceria também mostra uma confiança cada vez maior de atores de outros segmentos da indústria de alimentos e investidores no setor de proteínas alternativas. Nos últimos três meses, as ações da Beyond Meat subiram 13.6%, ganhando um total de 56,4% ao longo do ano passado. A previsão é que continue a crescer, mesmo com a pandemia afetando o setor de alimentação.
A Beyond Meat se Torna Pública e Arrecada US $241 Milhões

É oficial: a empresa Beyond Meat se tornou pública. (Eles até tocaram o sino de abertura da Nasdaq!) A fabricante de carnes plant-based ofereceu 9,625 milhões de ações a US $25 cada, levantando cerca de US $241 milhões com um valor de mercado de US $1,49 bilhão. Os subscritores principais foram o Goldman Sachs, a JPMorgan Chase e o Credit Suisse. Sigla (BYND) O diretor executivo do GFI, Bruce Friedrich, observou: “A medida pode abrir caminho para outros fabricantes de carne plant-based que estarão assistindo”. A Beyond Meat é a primeira empresa de carnes plant-based a se tornar pública em um setor onde as estratégias de saída são geralmente fusões ou aquisições. A Beyond Meat abriu o capital e valorizou suas ações dois dias antes do início das negociações, uma indicação de alto interesse dos investidores. A influência da mídia em torno da Oferta Pública Inicial (IPO | Initial Public Offering) se concentrou no rápido crescimento da receita da Beyond Meat e na sua redução de perdas. Entre 2017 e 2018, a Beyond Meat mais que dobrou sua receita de US $ 32,6 para US $87,9 milhões, enquanto reduziu suas perdas de US $30,4 para US $29,9 milhões. Embora a Beyond Meat ainda não seja lucrativa, o pesquisador David Trainer observa na Forbes que, “com 20%, suas margens brutas já ultrapassaram a Tyson Foods (TSN), a maior produtora de carne dos EUA”. Eric Volkman, do The Motley Fool (empresa americana de serviços financeiros multimídia), ressalta que as vendas internacionais da Beyond Meat estão “crescendo em ritmo acelerado”, aumentando de 1% para 7% da receita de 2017 para 2018. E essas vendas internacionais parecem preparadas para continuar crescendo. Há poucos dias, a Beyond Meat divulgou a notícia de que 3.000 mercados canadenses começarão a vender os produtos da Beyond em maio deste ano. Nos EUA, o Beyond Meat agora esta presente nos menus da Carl’s Jr e do Del Taco. Por meio do prospecto da Beyond Meat, há muitos novos produtos da empresa na fila de produção e planos de lançamento anuais. Os novos fundos garantidos pelo IPO permitirão que a Beyond Meat aumente a oferta e ajude a atender à demanda insaciável dos consumidores por carne plant-based. Mercado Extremamente Faminto A demanda não parece que irá diminuir tão cedo. O Burger King anunciou recentemente a próxima adição do Impossible Whopper a suas mais de 7.000 sedes nos EUA e, quase simultaneamente, o McDonald’s da Alemanha optou por lançar o Incredible Burger da Nestlé em todo o país. O entusiasmo do consumidor por opções plant-based está apenas ganhando força. E os investidores estão alimentando o desenvolvimento de uma gama ainda mais ampla de opções livres de animais: a Clara Foods, empresa produtora de proteínas de ovos sem frangos, fechou uma rodada de financiamento da série B há uma semana, enquanto a Shiok Meats, empresa de carne produzida a partir de células, da Cingapura, garantiu US $4,6 milhões no financiamento inicial na semana passada. Em uma declaração sobre o IPO da Beyond Meat, Bruce apontou: “Os investidores reconhecem que isso não é um nicho, e sim uma tendência dominante e uma enorme oportunidade de negócio”. Pois é! Consumidores e investidores estão famintos por alternativas à agricultura animal convencional. E agora que a Beyond Meat é pública, os consumidores também são investidores. Imagem de cabeçalho via twitter de Deena Shanker. Autoria: Mary Allen Tradução: Fernanda Onça
Transformando a Indústria de Carne de Dentro para Fora

The Good Food Institute é focado no uso de mercados e inovação de alimentos para afastar nosso sistema alimentar para longe de produtos de origem animal e direcioná-lo para alternativas de carnes limpas e à base de vegetais. Sabemos que a carnes limpas e à base de vegetais podem e serão amplamente superiores à carne de origem animal em termos de degradação ambiental, impacto na saúde humana, alívio da pobreza global e tratamento humanitário aos animais. Dada a ineficiência inerente ao uso de animais de fazenda para converter as colheitas em carne, em escala, a carne à base de vegetais e a carne limpa também serão capazes de reduzir o custo da carne de origem animal. Quando isso acontecer, a indústria de carne será totalmente transformada. É questionável se a indústria de carne atual verá essa transformação como uma oportunidade ou uma ameaça. A termodinâmica básica e a economia tornam a transformação inevitável, mas, uma vez fornecidos os recursos disponíveis aos encarregados, eles podem atrasar significativamente a mudança da pecuária industrial, causando muito mais sofrimento e danos ambientais do que o necessário. Ou eles poderiam abraçar o futuro e acelerar a mudança de forma mais rápida que as startups fariam por conta própria. Embora haja alguma resistência da indústria de laticínios, no geral os sinais têm sido encorajadores. Houve uma aceleração acentuada na tendência de empresas estabelecidas reconhecendo a importância crescente da carne à base de vegetais. Em 1999, a Kellogg adquiriu a Morningstar Farms, que atualmente é a maior empresa de carnes à base de vegetais dos EUA. No ano seguinte, a Heinz-Kraft comprou a Boca e seus nuggets de frango “enganadores”. Em 2014, a Gardein foi comprada pela Pinnacle Foods. No início deste ano, a Nestlé comprou a Sweet Earth. Mesmo no Reino Unido, o gigante conglomerado Monde Nissin Corp. é proprietário tanto da Quorn quanto da Cauldron. Na Alemanha, a Nestlé adicionou o Garden Gourmet ao seu portfólio sem carne. A própria indústria da carne agora vê a seriedade da situação. A Tyson, maior produtora de carne dos EUA, investiu na Beyond Meat, e o gigante conglomerado de carne Cargill investiu na Memphis Meats. E como mencionado há poucos dias, a Maple Leaf Foods, a maior produtora de carnes do Canadá, deu sequência a aquisição da Lightlife (a fabricante número um de produtos congelados à base de vegetais, assim como a incrível Gimme Lean) com a compra da Field Roast. Este é mais um sinal de que os mercados, embora não se movam tão rapidamente quanto gostaríamos, podem e reconhecerão uma oportunidade de avançar para opções melhores. Vimos essa dinâmica pagar grandes dividendos no passado. Foi com a compra da Dean Food, e com a subsequente promoção da Silk, que levou o leite vegetal a popularização. Agora, o leite vegetal tem quase 10% de participação no mercado, enquanto a carne à base de vegetais é de apenas um quarto de 1%. Imagem: Chase Purdy, Quartz. Paul Shapiro, autor do novo livro Clean Meat, aponta para uma situação paralela: “Assim como gostaríamos que a BP [British Petroleum] se movesse em direção à energia solar e eólica, deveríamos dar as boas-vindas às empresas de carnes que optam por carnes limpas e à base de vegetais”. Como Diretor Executivo da GFI, Bruce Friedrich escreveu na página de Opinião do Wall Street Journal após a Tyson ter investido na Beyond Meat, “Espero, do fundo do meu coração, que os outros sigam [o exemplo], criando uma mudança perfeita da carne animal para opções mais saudáveis e mais humanas”. Texto escrito por Matt Ball. Traduzido por Fernanda Onça. Texto original pode ser visto aqui.
Tyson lança marca 100% vegetal

“Nós não queremos ser rompidos,” disse Justin Whitmore, vice presidente de estratégia corporativa e diretor de sustentabilidade na Tyson Foods, num evento recente. “Nós queremos fazer parte da disrupção.” A Tyson pode ser uma líder global na produção de carne, mas também está se tornando um exemplo na liderança do que se é quando a indústria da carne abraça os desejos de seus consumidores para mais alternativas vegetais. A empresa também já investiu nas startups vanguardas que estão tornando a pecuária convencional obsoleta (empresas de proteínas vegetais como a Beyond Meat e a empresa Memphis Meats, que é de carnes limpas). Agora, ela está lançando sua própria marca de alimentos vegetais, a Green Street, para obter uma grande parcela da crescente demanda por mais alimentos vegetais como alternativas às fontes de proteínas animais. A Green Street é a primeira incursão da Tyson nas refeições que já são prontas para comer e prontas para levar. A vontade da empresa em pegar essa nova abordagem é um sinal da profunda mudança nas preferências alimentares dos consumidores. Dados recentes da Nielsen mostram que mais de um terço dos consumidores estão ativamente tentando incorporar mais alimentos de origem vegetal em suas dietas. Como você já deve ter notado, isso dramáticamente excede a porcentagem de vegetarianos e veganos, mostrando que uma faixa mais abrangente de grupos de consumidores estão procurando por mais opções somente vegetais. Firmas líderes de pesquisas de mercado como a Mintel, MarketWatch, Innova, e Rabobank todas já possuem proteínas alternativas como uma trend chave para 2018. E assim como mostra a pesquisa da Lux, isso é uma tendência macro que apenas vai crescer nas próximas décadas, o que fará com que produtores de alimentos de origem animal adaptem fundamentalmente suas abordagens para manterem essa relevante mudança do mercado. Para ver um exemplo primário de empresas de alimentos abraçando o novo mercado robusto de mais alternativas vegetais, veja o novo lançamento da Tesco da linha de produtos prontos para pegar da Wicked Kitchen. E pode esperar por mais atividades similares nos próximos meses para ver varejistas e restaurantes “plantarem” também novas ofertas. Traduzido por: Felipe Krelling. Texto original encontra-se aqui.