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Utilizada há milênios na gastronomia, a fermentação pode, mais uma vez, revolucionar a alimentação

Kafta feito por fermentação. Empresa - Chunk Foods

A próxima grande revolução alimentar já está em curso — e o Brasil tem todas as condições para liderá-la. Estamos falando do avanço das proteínas alternativas produzidas por fermentação, uma tecnologia inovadora que pode transformar profundamente a forma como produzimos alimentos, tornando o sistema alimentar global mais sustentável, seguro e eficiente. Para ajudar a traçar os caminhos desse futuro promissor, o GFI Brasil acaba de lançar a publicação Fermentação no Brasil: oportunidades e caminhos para o desenvolvimento do setor de proteínas alternativas. O estudo reúne dados inéditos sobre o estado da arte da fermentação no país, identifica as capacidades técnicas e industriais já existentes, e propõe ações concretas para alavancar esse setor estratégico. Um novo uso para um saber antigo A fermentação é uma tecnologia conhecida há milênios — pão, vinho, tofu, tempeh e iogurte são produtos fermentados. Mas, nas últimas décadas, ela vem ganhando novas aplicações por meio da biotecnologia moderna. Hoje, é possível usar micro-organismos como “fábricas celulares” para produzir ingredientes funcionais, proteínas com alto valor nutricional e até estruturas com textura e sabor semelhantes aos de produtos de origem animal. Trata-se de uma tecnologia versátil, com aplicações que vão desde a formulação de alimentos plant-based mais atrativos até a produção de proteínas completas e ingredientes para a carne cultivada. E o melhor: com menor impacto ambiental e maior eficiência no uso de recursos naturais. “O Brasil tem um papel fundamental na produção de alimentos e pode liderar a construção de um sistema alimentar mais sustentável. Com o aumento da demanda por proteínas e os desafios ambientais da produção convencional, a fermentação surge como uma solução promissora para a obtenção de ingredientes com melhores aspectos sensoriais, nutricionais e tecnológicos.”, afirma Isabela Pereira, uma das autoras do estudo. Isabela Pereira Analista de ciência e tecnologia do GFI Brasil Esse processo tecnológico, segundo Isabela, pode ser utilizado para desenvolver proteínas alternativas por meio da fermentação tradicional (que usa bactérias e fungos para transformar ingredientes em alimentos como tofu, tempeh e iogurtes), de biomassa (que utiliza, por exemplo, fungos filamentosos para produzir micoproteínas com textura semelhante à carne) ou de precisão (que aplica engenharia genética para programar microrganismos a produzirem proteínas e ingredientes idênticos aos de origem animal), permitindo a criação de produtos e insumos de forma eficiente, em virtude do crescimento rápido e alta produtividade dos microrganismos. O que torna o Brasil tão bem posicionado para se destacar nessa indústria? Nosso país já conta com uma base sólida para impulsionar esse novo setor. A experiência acumulada nas últimas décadas com a indústria de biocombustíveis — especialmente o etanol — e com a produção de enzimas industriais é uma vantagem competitiva real. Temos infraestrutura instalada, mão de obra qualificada, capacidade de produção de insumos e uma rede de pesquisa científica robusta. O estudo do GFI Brasil identificou mais de 60 instituições relevantes no ecossistema de fermentação no Brasil, incluindo 40 universidades, além de centros de pesquisa com know-how técnico e científico. É um retrato de um país que já possui as peças-chave para ativar uma nova cadeia produtiva — com potencial de geração de valor, empregos e inovação. Um setor estratégico para o futuro do Brasil Investir no setor de fermentação para proteínas alternativas é investir em soberania tecnológica, segurança alimentar, bioeconomia e desenvolvimento sustentável. É posicionar o Brasil não apenas como celeiro do mundo, mas como laboratório de soluções alimentares para o planeta. Para que o Brasil se consolide como líder global em fermentação para proteínas alternativas, o estudo recomenda o estabelecimento de parcerias entre universidades, startups e empresas para compartilhamento de infraestrutura e conhecimento; investimento público e privado em CMO (Contract Manufacturing Organizations); engajamento de agroindústrias como fornecedoras de insumos fermentescíveis; promoção da pesquisa em novos microrganismos e rotas biotecnológicas; e fortalecimento de políticas públicas que estimulem a inovação e a bioeconomia. “Com políticas públicas adequadas, apoio à inovação, incentivo à formação de talentos e articulação entre governo, academia e setor privado, podemos acelerar esse desenvolvimento e colher frutos em médio prazo”, argumenta Isabela. Com este estudo, convidamos empresas, pesquisadores, investidores e formuladores de políticas a construírem juntos um futuro em que a comida boa para todos também seja boa para o planeta.

GFI Brasil realiza Trilha de Capacitação sobre o setor de proteínas alternativas. Inscreva-se agora!

GFI Brasil promove Trilha de Capacitação

O GFI Brasil lançará a Trilha de Capacitação, uma série de eventos online e gratuitos entre maio e outubro, com o objetivo de formar profissionais para o setor de proteínas alternativas. A programação inclui workshops técnicos e de mercado, com foco em inovação, ciência e tendências do setor. O primeiro evento será em 29 de maio e abordará meios de cultivo celular para carne cultivada, em parceria com o MCTI.

HISTÓRICO: Carne cultivada chega a Hong Kong

Até recentemente, a carne cultivada era comercializada apenas em dois mercados: Singapura e Estados Unidos. Agora, um terceiro mercado entrou em cena: Hong Kong.   A Vow, startup de foodtech australiana, após o sucesso de seu lançamento em Singapura, estreou seu produto feito de codorna japonesa, tornando-se a primeira empresa a vender carne cultivada no maior centro financeiro da Ásia.   Um toque gourmet com inovaçãoA codorna cultivada da Vow integra a marca premium da empresa, Forged, que se dedica a alimentos inovadores e refinados. O primeiro produto lançado foi o Forged Parfait, uma combinação de codorna japonesa com alho, cebola, conhaque e manteiga, resultando em um patê leve e cremoso. Após a aprovação regulatória em Singapura, em março de 2024, o prato chegou a Hong Kong e já está disponível no restaurante The Aubrey, um izakaya de alto padrão localizado no Mandarin Oriental. Além disso, outro produto da Vow fará sua estreia em Hong Kong: o Forged Gras, inspirado no foie gras. Segundo a empresa, este prato oferece “uma experiência rica e satisfatória”, consolidando o apelo sofisticado de sua linha de produtos.   A aprovação inicial pela Singapore Food Agency foi crucial para a entrada da Vow em Hong Kong, conforme destacou o CEO George Peppou. Ele explicou que a validação em Singapura serviu como um “ponto de partida estratégico” para atender aos rigorosos padrões do Departamento de Higiene Alimentar e Ambiental de Hong Kong.   Como a primeira empresa a comercializar carne cultivada em múltiplos mercados asiáticos, a expansão rápida da Vow ressalta os benefícios de um alinhamento regulatório entre países — um objetivo que o GFI APAC tem trabalhado para promover. Regulamentações harmonizadas ajudam a reduzir barreiras comerciais, simplificar a entrada em novos mercados e diminuir custos, permitindo que startups tenham prazos mais ágeis para aprovações. E o restante da China? Embora o lançamento em Hong Kong seja um marco, o acesso ao mercado continental chinês ainda depende de aprovação regulatória em Pequim. Atualmente, não existe um processo específico para aprovação de carne cultivada na China continental. No entanto, o China National Center for Food Safety Risk Assessment indicou que está acompanhando os avanços internacionais e desenvolvendo um marco regulatório robusto para a avaliação de segurança desses produtos.   Enquanto isso, o desenvolvimento de carne cultivada segue em ritmo acelerado no restante do país. Em abril de 2024, Pequim anunciou a criação do primeiro centro de inovação científica da China dedicado à carne cultivada e outras tecnologias de proteínas alternativas, respaldado por um investimento de 80 milhões de yuans (cerca de 11 milhões de dólares). Avanços estratégicos no continenteDurante o World Agrifood Innovation Conference, Qiang Fu, vice-chefe do distrito de Pinggu em Pequim, reafirmou o compromisso de sua região em acelerar o desenvolvimento de proteínas alternativas. O evento marcou ainda o lançamento da Aliança da Indústria de Alimentos de Proteína Alternativa de Pequim e contou com um discurso do Bruce Friedrich, fundador do GFI.   Em agosto, o GFI APAC coorganizou o primeiro simpósio científico China-Singapura, reunindo acadêmicos, representantes da indústria e autoridades governamentais. Durante o evento, foram compartilhados avanços em técnicas como a criação de produtos híbridos que combinam células cultivadas com proteínas vegetais e o desenvolvimento de biorreatores inovadores que reduzem custos de produção por meio de simulações computacionais.   Também em agosto, a startup Joes Future Food, de Nanjing, apresentou carne suína cultivada a autoridades locais após receber financiamento público para o desenvolvimento de métodos de fabricação em escala industrial. Apoios semelhantes estão sendo disponibilizados em várias províncias por meio de iniciativas governamentais. Mais recentemente, Samuel Goh, gerente de políticas do GFI APAC, participou da Conferência Internacional de Segurança e Qualidade Alimentar da China, em Xangai, onde destacou o marco regulatório inovador de Singapura e explorou oportunidades para fortalecer a colaboração pan-asiática. Samuel Goh, do GFI APAC, destacou a liderança regulatória de Singapura em Xangai enquanto defendia uma maior colaboração regional. Um olhar voltado para PequimEspecialistas do GFI APAC destacaram em uma coluna recente na Nature que a carne cultivada pode seguir uma trajetória de crescimento semelhante à da energia solar e das baterias de veículos elétricos. No entanto, isso dependerá de investimentos governamentais significativos para acelerar a pesquisa e o desenvolvimento, além de aumentar a capacidade de fabricação.   A China já lidera o mundo em financiamento público para pesquisa agrícola, investindo o dobro do que os Estados Unidos e publicando o maior número de artigos acadêmicos sobre o tema. Entre 2003 e 2013, investimentos governamentais ajudaram a elevar a produção de grãos, leite, carne e aquicultura entre 20% e 50%. Um esforço semelhante no setor de carne cultivada poderia catalisar uma revolução na indústria alimentar global. O futuro da carne cultivada na ÁsiaO lançamento da carne cultivada em Hong Kong é um marco histórico, oferecendo a líderes governamentais, empresários e representantes da mídia uma amostra tangível dos “alimentos do futuro”. A grande questão é se esse passo será o ponto de inflexão para atrair novos investimentos em um setor em ascensão.   Se o histórico da China com tecnologias emergentes servir como exemplo, uma vez que a carne cultivada ganhar espaço no maior mercado da Ásia, mudanças transformadoras podem acontecer, ganhando força de maneira exponencial.  

Oportunidade: envie sua proposta de estudo estratégico sobre a categoria de carnes vegetais análogas no Brasil!

O The Good Food Institute Brasil lançou uma chamada para propostas com o objetivo de contratar uma empresa especializada para realizar um estudo estratégico sobre a categoria de carnes vegetais análogas no Brasil. O foco é analisar o mercado e desenvolver estratégias para o crescimento e consolidação dessa categoria no país, inspiradas em aprendizados de outras categorias de consumo e mercados que enfrentaram desafios semelhantes. O estudo deve identificar caminhos e boas práticas que orientem a indústria de proteínas alternativas a avançar, propondo ações eficazes que possam ser adotadas pelas empresas do setor. O objetivo final é criar um plano estratégico que aumente a participação de mercado das carnes vegetais análogas, considerando toda a categoria, e não apenas produtos ou marcas específicas. As propostas devem ser enviadas até o dia 28 de outubro de 2024 e o resultado final desta chamada será divulgado até dia 11 de novembro de 2024. Acesse aqui as informações completas para a subsmissão e envie sua proposta!

Reino Unido investe £15 milhões para acelerar a comercialização de proteínas alternativas; varejistas europeus impulsionam acessibilidade através da paridade de preços

O Reino Unido deu mais um passo em direção à inovação e sustentabilidade alimentar com o anúncio de um investimento de £15 milhões para acelerar a comercialização de proteínas alternativas. Este aporte financeiro, destinado ao novo Centro Nacional de Inovação em Proteínas Alternativas (NAPIC), reflete o compromisso do governo britânico com a transformação do sistema alimentar, promovendo práticas mais sustentáveis e inovadoras. O NAPIC será liderado por um consórcio de instituições de prestígio, incluindo a Universidade de Leeds, Universidade de Sheffield, Instituto James Hutton e Imperial College London. Além do aporte inicial do governo, o centro receberá £23 milhões adicionais de parceiros públicos e privados, elevando o investimento total para £38 milhões. Com esse financiamento, o NAPIC terá a missão de impulsionar o desenvolvimento de novos produtos e ingredientes à base de proteínas alternativas, desde a fase de inovação até a comercialização. O centro também se dedicará a estudar a aceitação desses alimentos pelos consumidores, analisando como essas novas opções podem ser incorporadas de forma eficaz na dieta da população. Além disso, o NAPIC explorará técnicas para desenvolver ração animal e aquicultura mais sustentáveis.  Esse avanço é resultado do trabalho consistente que o The Good Food Institute Europa realizou nos últimos dois anos em colaboração com a agência nacional de fomento à pesquisa e inovação, UK Research and Innovation (UKRI). A UKRI incluiu as proteínas alternativas em seus planos estratégicos como uma área prioritária, reconhecendo o potencial desse setor para contribuir com a sustentabilidade e segurança alimentar. O novo financiamento eleva o investimento total do governo britânico em proteínas alternativas para mais de £91 milhões (aproximadamente US$119 milhões), demonstrando o compromisso contínuo do país com a inovação no setor alimentar e com a criação de empregos verdes. No ano passado, o Reino Unido também anunciou, entre outros investimentos, um aporte de £13 milhões para um centro de pesquisa para produzir carne cultivada: o Cellular Agriculture Manufacturing Hub (CARMA), liderado pela Universidade de Bath, está investigando como produzir carne cultivada em escala. Além disso, os pesquisadores também vão estudar o desenvolvimento de alimentos (como o óleo de palma sustentável) por meio da fermentação de precisão. Europa na vanguarda da transformação alimentar O impacto dessas ações não se limita ao Reino Unido. Em toda a Europa, existe um movimento crescente para tornar as proteínas alternativas mais acessíveis e competitivas, impulsionando uma transformação estrutural no setor alimentar e nos hábitos dos consumidores. Redes de supermercados como Lidl e Aldi têm reduzido os preços de produtos plant-based, igualando ou até mesmo baixando os valores em comparação aos seus equivalentes de origem animal em países como Holanda, Alemanha, Dinamarca, e Áustria. Em abril deste ano, o diretor de compras da Lidl Alemanha, Jan Bock, anunciou que a paridade de preços levou a um aumento de 30% nas vendas de carnes vegetais nos últimos seis meses. Essas iniciativas seguem um estudo da ProVeg que mostrou que, quando o preço não é mais uma barreira, os consumidores estão mais inclinados a escolher opções sustentáveis. Além disso, grandes marcas de fast food, como Burger King e McDonald’s, estão ajustando seus preços e expandindo seus menus plant-based para ampliar o acesso ao público europeu. O Burger King da Alemanha, por exemplo, lançou uma campanha chamada “Plant-Based for Everyone” (À base de Plantas para Todos), reduzindo os preços de itens como o Whopper sem carne para torná-los mais baratos que os de carne animal. O McDonald’s, por sua vez, expandiu o McPlant, hambúrguer à base de plantas desenvolvido em parceria com a Beyond Meat, para mais países europeus, com um ajuste nos preços para torná-los mais competitivos. Empresas como IKEA e Tesco também estão investindo na paridade de preços: a IKEA, famosa por suas almôndegas plant-based, está oferecendo seus produtos à base de plantas nos mercados europeus a preços iguais ou menores que as versões de carne. As vendas do cachorro-quente vegetal da marca, por exemplo, quase dobraram em 2022 em comparação a 2019, principalmente devido a uma redução significativa de preço no mercado alemão. A Lidl também passou a exibir os produtos plant-based ao lado dos de origem animal nas prateleiras: a estratégia já foi adotada em algumas regiões e busca reduzir barreiras ao consumo de proteínas alternativas, tornando-as mais visíveis para os consumidores. Ao eliminar a necessidade de sessões separadas, a rede pretende encorajar a experimentação e aceitação desses produtos, integrando-os ao mercado mainstream e mostrando que as alternativas vegetais são uma opção viável e acessível para todos. A Lidl Holanda declarou que as vendas de produtos à base de plantas aumentaram sete por cento desde que foram movidos para a seção de carnes. Além disso, a rede também afirmou que, até 2025, 50% das refeições oferecidas em seus restaurantes serão à base de plantas. Já a Tesco, uma das maiores redes de supermercados do Reino Unido, anunciou uma meta ambiciosa de aumentar em 300% as vendas de produtos plant-based até 2025. Essa estratégia faz parte de um compromisso mais amplo de sustentabilidade em parceria com o World Wide Fund for Nature (WWF), com o objetivo de reduzir pela metade o impacto ambiental da produção de alimentos. A rede tem promovido suas marcas de alimentos plant-based a preços competitivos e investido em campanhas publicitárias para aumentar a conscientização sobre os benefícios das dietas à base de plantas.

Estudo da UNIFESP aponta que 80% das carnes vegetais disponíveis no mercado brasileiro têm boa qualidade nutricional

O estudo publicado na Current Research in Food Science, uma revista de alto fator de impacto  na área de Ciência e Tecnologia de alimentos, analisou a qualidade nutricional de produtos vegetais análogos à carne e os comparou com seus correspondentes de origem animal. De acordo com a pesquisa, 80% dos produtos disponíveis no mercado brasileiro possuem boa qualidade nutricional de acordo com o indicador Nutri-Score. Conduzido pelo time da Profa. Dra Veridiana de Rosso da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e financiado pelo The Good Food Institute Brasil (GFI Brasil), a pesquisa avaliou as informações nutricionais declaradas nos rótulos de 349 alimentos vegetais análogos à carne e 351 produtos cárneos, como hambúrgueres, almôndegas, empanados, embutidos, quibe, kaftas, salsicha, linguiça, mortadela, bacon, entre outros, no período de julho de 2022 a junho de 2023. Para analisar a qualidade nutricional desses produtos, além das informações de rotulagem, foram utilizados diferentes indicadores, entre eles o Nutri-Score (utilizado em países europeus, como Bélgica, França, Espanha, Holanda, Suíça e Alemanha), a classificação NOVA e o Perfil Nutricional estabelecido pela RDC 429/2020 da ANVISA (chamado de Lupa). A NOVA classifica os alimentos pelo grau de processamento e quantidade de ingredientes; o Nutri-Score avalia a presença de nutrientes desejáveis (como proteínas e fibras) e menos desejáveis (como teores de gordura saturada, açúcar, sal e alto valor energético) e a rotulagem nutricional frontal estabelecida pela RDC 429/2020 da ANVISA identifica os produtos com alto teores de três nutrientes: açúcares adicionados, gorduras saturadas e sódio. Principais Resultados: Os resultados do estudo demonstraram que a qualidade nutricional dos alimentos vegetais análogos à carne foi melhor representada por indicadores como Nutri-Score e Perfil Nutricional estabelecido pela RDC 429/2020 da ANVISA do que pela NOVA, uma vez que os dois primeiros são os perfis que atuam de forma mais eficiente para definir se um alimento tem boa qualidade nutricional. De acordo com a Dra. Graziele Bovi Karatay, especialista do GFI Brasil, o fato de ambos os produtos de origem animal e vegetal serem classificados como ultraprocessados, mas terem resultados diferentes nos outros indicadores de qualidade nutricional, demonstra que o conceito de ultraprocessado não representa adequadamente os atributos de qualidade nutricionais dos alimentos vegetais análogos à carne. “Mesmo sendo classificados como ultraprocessados, em função do grau de processamento e quantidade de ingredientes, os alimentos vegetais análogos à carne se diferem nutricionalmente dos demais alimentos ultraprocessados, sejam de base vegetal ou animal. Portanto, não é adequado classificar e avaliar a qualidade nutricional dos alimentos vegetais análogos à carne da mesma forma que são classificados e avaliados os demais produtos ultraprocessados.” explica a especialista do GFI. O estudo avaliou ainda outros dois indicadores de qualidade: (1) o modelo de perfil nutricional da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que define quando os produtos são ricos em açúcares, gorduras, gorduras saturadas, gorduras trans e sódio e é baseado nas metas de ingestão de nutrientes para a população e (2) uma classificação desenvolvida especificamente para o estudo considerando a classificação pelo Nutri-Score e NOVA. O estudo também trouxe informações sobre os nutrientes presentes nos alimentos analisados, quanto à: Gordura saturada, ácidos graxos e sódio: Proteínas: Segundo a Dra Veridiana, essa variação reforça o quanto seria oportuna a definição de uma   regulamentação específica para os alimentos vegetais análogos à carne no Brasil, principalmente em relação à qualidade nutricional e ao perfil de identidade. O  mercado de produtos cárneos é bem regulamentado, e o perfil de identidade e qualidade foi recentemente revisado, principalmente no que diz respeito aos níveis mínimos de proteína exigidos para hambúrgueres de carne (15%), quibe (11%), almôndegas (12%) e presunto (16%). A definição desta regulamentação para os alimentos vegetais análogos faz parte da Agenda Regulatória 2024-25 da Anvisa e a indústria aguarda essa definição para poder balizar seus produtos.  Ainda de acordo com a pesquisadora, uma recente atualização da legislação brasileira, incluiu a exigência de um perfil específico de aminoácidos indispensáveis ​​para o uso de alegações nutricionais proteicas (histidina: 15 mg /g de proteína; isoleucina: 30 mg/g; leucina: 59 mg/mg: lisina: 45 mg/g; metionina + cisteína:  22 mg/g, fenilalanina + tirosina: 38 mg/g, ; triptofano: 6 mg/g e  valina: 39 mg/g). Em geral, leguminosas como soja, ervilha, grão-de-bico, feijão e cereais como trigo e quinoa, que normalmente são empregados como fontes de proteína em análogos de carne no Brasil, apresentam diferentes escores de aminoácidos indispensáveis ​​digestíveis (DIAASs). As proteínas de batata e soja são classificadas como proteínas de alta qualidade com valores médios de DIASS equivalentes a 100 e 91, respectivamente. Além disso, uma estratégia interessante para o desenvolvimento de alimentos cárneos plant-based é que as proteínas da soja e da batata possam complementar uma ampla gama de proteínas vegetais para compensar as limitações indispensáveis ​​dos aminoácidos. A combinação de proteína de arroz:feijão (2:1), por exemplo, tem potencial para alcançar eficiência nutricional ideal quando combinada apenas com proteínas vegetais ou quando suplementada com metionina e cisteína + lisina. Fibras: Conclusões: Segundo a Dra. Veridiana, o estudo permite recomendar que os consumidores escolham o indicador representado pela rotulagem nutricional frontal brasileira (lupa) para escolherem os alimentos vegetais análogos à carne. “Essa recomendação se justifica especialmente devido à excelente concordância entre este indicador e o Nutri-Score, por terem sido capazes de diferenciar efetivamente produtos com baixa qualidade nutricional. Já a NOVA, ou a denominação de ultraprocessados, não teve este mesmo desempenho, portanto não é um indicador adequado para representar os atributos de qualidade nutricional dos alimentos vegetais análogos à carne.”, conclui. Dra Veridiana reforça que, embora os indicadores de Qualidade Nutricional utilizados neste estudo sejam importantes para avaliar a qualidade nutricional dos produtos cárneos vegetais, eles não cobrem todos os aspectos nutricionais importantes quando se pretende substituir produtos cárneos, o que deve envolver uma abordagem multifacetada, incluindo análise de macronutrientes, avaliação sensorial e estudos de digestibilidade. Além disso, a presença de nutrientes positivos, como vitaminas B, ferro, zinco e fibras solúveis e insolúveis, e a boa qualidade proteica devem ser considerados como diferenciais de produtos cárneos vegetais nutricionalmente adequados. “Assim, esse estudo fornece insights valiosos

Com linha premium de alimentos cultivados, a francesa Gourmey busca aprovação em cinco mercados globais

● Em estreia mundial, a Gourmey, empresa especializada em alimentos cultivados premium, com sede em Paris, solicita aprovação para entrar em cinco mercados globais iniciais: Singapura, Estados Unidos, Reino Unido, Suíça e União Europeia. ● A notícia marca a Gourmey como a primeira empresa a solicitar aprovação de mercado para alimentos cultivados na União Europeia. ● A empresa se dedica a proporcionar experiências culinárias inovadoras: seu produto principal, feito a partir de células de pato cultivadas, oferece uma nova opção para aficionados por foie gras, chefs e restaurantes em todo o mundo. A Gourmey, empresa pioneira em alimentos cultivados na França, apresentou pedidos de autorização de mercado à Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos, à Singapore Food Agency (SFA), à Food Standards Agency (FSA) do Reino Unido, ao Swiss Federal Food Safety and Veterinary Office (FSVO), à Comissão Europeia (CE) e à European Food Safety Authority (EFSA). Esses pedidos têm como objetivo permitir a venda do produto principal da marca, o foie gras cultivado, para entusiastas da gastronomia, chefs e restaurantes globalmente. Segurança do consumidor no centro do pedido de autorização Reguladores em todo o mundo estabeleceram estruturas regulatórias robustas para avaliar a segurança de novos alimentos, como os cultivados. Os EUA, Singapura e Israel já autorizaram a venda desses produtos, mas esta é a primeira vez que uma empresa busca aprovação pré-mercado para alimentos cultivados na União Europeia. Para isso, a Gourmey preparou um dossiê de novos alimentos de acordo com a orientação da EFSA, que é considerada padrão ouro em segurança de novos alimentos e avaliação de risco. “Estamos ansiosos para continuar trabalhando de perto com as autoridades reguladoras para garantir total conformidade com os requisitos de segurança durante esses procedimentos e estamos confiantes de que nossos produtos vão atender a esses padrões altamente exigentes, para que todos possam desfrutar de novas experiências em todo o mundo”, relatou o CEO da Gourmey, Nicolas Morin-Forest. Segmento premium impulsiona tendências alimentares globais “O segmento premium sempre esteve na vanguarda das tendências alimentares, onde ocorrem as inovações mais empolgantes. Estamos testemunhando uma tração comercial muito emocionante para o nosso primeiro produto em muitas regiões onde os chefs querem continuar servindo foie gras de alta qualidade. Começar com a alta gastronomia atua como um catalisador para nossos futuros lançamentos: os chefs servem como os melhores embaixadores para introduzir novas categorias de produtos aos consumidores e ajudam a impulsionar a sustentabilidade”, acrescenta o CEO. A Gourmey conta com uma rede global de parceiros para facilitar a entrada da empresa no mercado, incluindo distribuidores de alimentos finos, chefs embaixadores e parceiros na cadeia de suprimentos e na pesquisa. Essa inovação chega em um momento decisivo em que os consumidores estão cada vez mais buscando novas maneiras de desfrutar de experiências culinárias deliciosas, ao mesmo tempo em que contribuem para a sustentabilidade. Com as ambições globais da Gourmey e o consumo de carne na Ásia projetado para aumentar em 80% até 2050, a empresa está ativamente engajada nessas regiões, particularmente em mercados como Singapura, Japão e Coreia do Sul, onde há um impulso significativo em torno dos alimentos cultivados. Produtos com impacto positivo Um estudo encomendado pela Gourmey, antecipando a produção em escala, mostra que a tecnologia inovadora da empresa reduz significativamente a pegada ambiental (principalmente emissões de gases de efeito estufa e uso da terra) em comparação com a produção convencional na mesma categoria de produtos. O estudo é conduzido sob a liderança científica da Professora Hanna Tuomisto, da Universidade de Helsinque, na Finlândia, e do Instituto de Recursos Naturais da Finlândia, uma acadêmica europeia líder no campo de avaliações de ciclo de vida de novos alimentos, incluindo os cultivados. “Diversificar a produção de proteínas é crucial para a segurança alimentar e contribuir para objetivos de sustentabilidade, como a descarbonização e a biodiversidade. Integrar a produção de alimentos cultivados na cadeia de valor agroalimentar existente proporciona uma fonte de proteína complementar que contribui para sistemas alimentares mais resilientes. Este marco importante para nosso ecossistema foi alcançado graças a um trabalho em equipe muito dedicado. Agora, um novo capítulo para a Gourmey começa – o de levar a inovação alimentar francesa ao cenário global”, conclui o CEO. Sobre a Gourmey Fundada em 2019, a Gourmey cria produtos gourmet sustentáveis diretamente a partir de células animais reais, combinando inovação alimentar com artes culinárias. A empresa se dedica a proporcionar experiências culinárias inovadoras e seu produto principal, o foie gras cultivado, oferece uma nova opção para fãs do alimento, chefs e restaurantes globalmente. A empresa agora conta com uma equipe internacional de 60 pessoas em seu centro de inovação alimentar em Paris, França. Desde sua criação, a Gourmey garantiu mais de €65 milhões em investimentos públicos e privados e está atualmente se preparando para a entrada no mercado, aguardando aprovações regulatórias. Sobre alimentos cultivados Alimentos e proteínas cultivados são baseados em tecnologias de cultura celular que têm sido usadas em produtos alimentares há décadas, por exemplo, para o cultivo de leveduras para panificação ou para a produção de coalho em queijos. Começando com uma pequena amostra de células animais e nutrindo-as em um meio de crescimento rico em nutrientes, as células crescem em músculo, gordura ou outros tecidos. O meio de crescimento contém os mesmos ingredientes (como açúcares, proteínas, vitaminas e minerais) necessários na nutrição animal. No processo de cultivo da Gourmey, não são utilizados componentes derivados de animais, como soro fetal bovino, garantindo que o produto final esteja livre desses elementos. Além disso, antibióticos não são usados durante a produção e não estão presentes no produto final.

Venha fazer parte da Comunidade GFI Brasil no whatsapp!

Agora você tem mais um canal para se relacionar com o nosso time e não perder nenhuma oportunidade do setor de proteínas alternativas. A Comunidade GFI Brasil no WhatsApp visa facilitar o acesso aos materiais produzidos pelo GFI Brasil e oportunidades, tais como dados, publicações, estudos, notícias, financiamento de pesquisa, eventos, acesso a contatos e redes de relacionamento, além de trilhas focadas em inovação, educação e incidência política. Nossa missão é fomentar um espaço com a presença de pessoas interessadas em proteínas alternativas, tais como pesquisadores, estudantes, membros de empresas e startups, representantes do poder público e de organizações não governamentais, etc. e para iniciar as atividades da comunidade, neste primeiro momento, lançamos o grupo Informes GFI Brasil, dedicado ao envio semanal das informações já mencionadas. Temos o propósito de compartilhar conhecimento para tentar solucionar o gap de informações sobre proteínas alternativas no Brasil, visando alcance ágil de conteúdos que fomentam a colaboração e geram oportunidades aos interessados no segmento. Clique aqui para acessar a Comunidade GFI Brasil e ficar por dentro de tudo o que será compartilhado no grupo Informes GFI Brasil. Sigamos juntos para promover um sistema alimentar mais seguro, justo e sustentável. 

Naturaltech 2024: confira alguns dos principais lançamentos da feira!

  O GFI Brasil marcou presença na 18º edição da BIO BRAZIL FAIR/Naturaltech, a maior feira de negócios do mercado de Produtos Naturais da América Latina, que aconteceu do dia 12 ao 15 de junho, em São Paulo. O evento foi palco de lançamentos de inúmeros produtos das principais marcas do setor, que trouxeram mais inovação, saudabilidade e sabor para seus portfólios. Confira alguns dos que em breve estarão no mercado:     A Nude fez o pré-lançamento dos Cereal Balls de aveia nos sabores chocolate e baunilha. Com 9g de proteínas e 5g de fibras, o produto é upcycled, já que é feito com os resíduos da aveia do processo de filtragem dos leites vegetais da marca.   O produto estará disponível em breve.     A Inédito Foods, nova marca da Lowçucar, apresentou uma linha de carnes vegetais em pó, para serem preparadas em casa, misturando água e óleo. O portfólio conta com carne moída, quibe, almôndegas, hambúrguer e escondidinho plant-based.   Confira os produtos aqui.         Já a Plant Pro Foods inovou trazendo uma linha de carnes vegetais em lata prontas para consumo. Com 15g de proteína e 2,4g de creatina, os produtos vêm nos sabores frango teriyaki, pulled pork barbecue, atum com batata doce e carne ao molho acebolado.   Veja mais sobre os produtos aqui.       A A Tal da Castanha adicionou um condensado de castanha de caju à linha “Cremeria”. Além disso, a marca também levou para a feira o Choconuts Zero, achocolatado com apenas 7 ingredientes e sem adição de açúcares e as famosas pastas de castanha de caju no sabor original e cacau.   Confira mais aqui.     A Vateli lançou 3 novas versões da “Planteiga”, manteiga vegetal que foi eleita o melhor produto do ano pela Naturaltech 2023. Feita de palmito de pupunha e castanha de caju, a linha agora conta com os sabores mostarda e mel, beterraba com camu-camu e limão com ervas finas.   Saiba mais aqui.       A Naveia apresentou uma linha de bebidas protéicas:  com o slogan “mude o mundo na força do movimento”, os shakes têm 16g de proteína e vêm nos sabores banana com amendoim, jabuticaba, vitamina de frutas e chocolate. Outra novidade da marca é o novo leite vegetal “extra”, parecido com a versão barista, denso e cremoso, mas sem a funcionalidade de espumar.   Os produtos estarão disponíveis em breve.       A Beba Possible aproveitou a feira para apresentar seu novo posicionamento de marca e o novo sabor do seu leite vegetal à base de castanha de caju. Agora, a linha conta com o sabor morango, além do original e cacau.   Veja mais aqui.         A Queijos da Terra lançou uma linha de queijos vegetais cremosos. À base de castanha de caju, os queijos de potinho vêm nos sabores tomate seco e orégano, goiabada, castanha de caju defumada, macadâmia trufada e azeitona preta.   Confira os produtos aqui.       Já a Sora Alimentos adicionou vários itens ao portfólio da marca, que já conta com mais de 20 opções de proteínas plant-based. Entre eles estão o atum e a bolonhesa vegetal, que não precisam de refrigeração, as novas fórmulas dos queijos ralados,, a manteiga com sal, a, a maionese e os snacks “crispy protein”, com 6g de proteína por pacote.   Veja mais sobre os lançamentos aqui.           A Yorgus apresentou seus leites vegetais “Aveya”: de textura aveludada, cremoso e fonte de fibras e cálcio, os produtos estão disponíveis na versão original e leve.   Compre aqui.

Participe dos Meetups da Trilha de Capacitação e Formação de Rede para Inovação em Proteínas Alternativas do GFI Brasil

Estamos entusiasmados em anunciar os primeiros eventos da Trilha de Capacitação e Formação de Rede para Inovação em Proteínas Alternativas, promovida pelo GFI Brasil!   Esta série de eventos estratégicos é dedicada a impulsionar a inovação e o empreendedorismo no setor de proteínas alternativas, fortalecendo as conexões entre ambientes de inovação, pesquisadores, empreendedores, startups e indústrias. Nossa programação inclui webinários e encontros presenciais que oferecem oportunidades únicas para a troca de conhecimentos e experiências. Participando da Trilha, você se conecta com os principais agentes de inovação dos ecossistemas locais, ajudando a construir um futuro mais sustentável e inovador.   Confira os detalhes dos nossos próximos meetups e inscreva-se para garantir sua participação!   1º Meetup – Belo Horizonte – 20/06   O primeiro evento da nossa Trilha será realizado em Belo Horizonte, em parceria com o Alt Protein Project UFMG, CTIT/UFMG, Inova UFMG e Biominas. O encontro vai contar também com a participação especial das startups Moondo e Vida Veg.   Programação:   Abertura GFI Brasil: Guilherme Vilela (GFI Brasil) – 15 min A Universidade e os Caminhos da Inovação: Frank Gomes, Coordenador do Setor de Alianças Estratégicas (CTIT/UFMG) – 20 min Alt Prot. Project – Nosso Trabalho e a Interação com a Indústria: Jorge Guadalupe (APP UFMG) – 20 min Mesa Redonda: Programas de Apoio à Inovação: Marilia Faria (InovaUFMG) e Gabriela Metzker (Biominas) – 40 min Mesa Redonda: Os Desafios das Startups e a Interação com Universidade: Lorena Viana (CEO MOONDO) e Arlindo (CEO Vida Veg) – 40 min Espaço para Networking – 1 hora   Detalhes do Evento:   Data: 20 de junho de 2024 Horário: 13:30h – 17:00h Local: Auditório BHTech, Rua Professor José Vieira de Mendonça, 770 – Engenho Nogueira, Belo Horizonte – MG, 31310-260 INSCREVA-SE!   2º Meetup – Campinas – 25/06   Nosso segundo meetup será realizado em Campinas, em parceria com o Grupo APP Unicamp e Inova Unicamp. O evento também vai reunir especialistas da Proverde, FutureCow e Typical.   Programação:   Abertura GFI Brasil: Guilherme Vilela (GFI Brasil) – 10 min A Universidade e os Caminhos da Inovação: Vital Yasumaru (Inova Unicamp) – 15 min Alt Prot. Project e a Interação com a Indústria: Letícia Silva (APP UNICAMP) – 15 min Mesa Redonda: Os Desafios das Startups e a Interação com a Universidade: Paula Speranza (Pesquisadora e Fundadora da Proverde), Rosana Goldbeck (Professora FEA-Unicamp e Co-Founder da Future Cow) e Paulo Ibri (Fundador e CEO da Typical) – 40 min Espaço para Networking – 1 hora   Detalhes do Evento:   Data: 25 de junho de 2024 Horário: 13:00h – 15:30h Local: Prédio Lib da Inova Unicamp, Rua Daniel Hogan, 434 – Cidade Universitária, Campinas – SP, 13083-836 Mapa do local: Clique aqui   INSCREVA-SE!   Não perca essas oportunidades para fortalecer as conexões entre os agentes de inovação dos ecossistemas locais. Estamos ansiosos para contar com sua presença e colaboração para juntos impulsionarmos a inovação no setor de proteínas alternativas!