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Nova pesquisa do GFI Brasil aponta os principais comportamentos e perfis do consumidor de alternativas plant-based no Brasil 

Realizada com mais de 2.000 indivíduos de classe ABC de todas as regiões do país, a pesquisa revelou que 1 em cada 4 brasileiros consome carnes vegetais pelo menos uma vez por mês e quase metade dos respondentes consome alternativas vegetais ao leite e derivados.   A pesquisa “Olhar 360° sobre o Consumidor Brasileiro e o Mercado Plant-based 2023/2024” busca aprofundar o conhecimento sobre o consumo dos produtos vegetais análogos aos produtos cárneos de origem animal no Brasil, compreender as nuances do comportamento alimentar que influenciam a população a aderir ou rejeitar esse tipo de produto e obter uma visão geral de como o consumo de alimentos inovadores tem sido tratado nos ambientes digitais.   A pesquisa só foi realizada graças ao apoio dos nossos parceiros: AAK, Incrível!, MrVeggy, NotCo, N.OVO e PlantPlus Foods. Diferente dos anos anteriores, em que desenvolvemos pesquisas exclusivamente quantitativas, desta vez o estudo consistiu em três etapas: social listening com análises de redes sociais; pesquisa qualitativa com grupos focais; e pesquisa quantitativa com amostra estatisticamente representativa.   Aqui, destacamos alguns dos principais resultados da pesquisa: – 26% dos brasileiros consomem carnes vegetais pelo menos uma vez por mês. Quando se trata de alternativas vegetais ao leite e derivados, esse número salta para 48%.   – 66% se definem como onívoros, enquanto 34% estabelecem alguma restrição aos produtos de origem animal. Dentre esses, 21% estão reduzindo, sem eliminar, o consmo de carne (flexitarianos), 8% são pescetarianos (dieta vegetal que inclui pescados) e 5% se declaram veganos (dieta 100% vegetal) ou vegetarianos (dieta vegetal que inclui ovos e leite).   – 36% dos brasileiros reduziram o consumo de carne vermelha nos últimos 12 meses. A saúde (38%) e custo elevado (35%) foram citadas como as principais motivações.   – O papel das mulheres nas decisões alimentares é predominante: 81% das mulheres afirmam ser as responsáveis pela escolha do cardápio, 82% pela cozinha e 81% pelas compras. Entre os homens, esses números são significativamente menores: 56%, 50% e 69%, respectivamente.   – 52% consideram a ideia de carnes vegetais análogas boa ou muito boa, mas apenas 18% já experimentaram esses produtos. Oportunidades e Desafios   Camila Lupetti, Especialista de Dados do GFI Brasil e uma das autoras da pesquisa, destaca que o consumo de carnes vegetais ainda é nichado, mas possui grande potencial de crescimento. “Ainda há muito a ser feito em termos de pesquisa e desenvolvimento para entregar produtos que ofereçam sabor, preço e conveniência competitivos, e nós entendemos que o momento de investir é agora,” afirma Lupetti.   Ela também ressalta a importância de melhorar a disponibilidade e comunicação dos produtos plant-based. “É crucial estreitar a comunicação com o perfil mais aderente, fornecendo informações claras e esclarecendo controvérsias, para que esses consumidores possam se tornar embaixadores da categoria em seus círculos sociais,” comenta a especialista. BAIXE A PESQUISA!   Webinar de Lançamento Para discutir esses e outros insights, o GFI Brasil convida todos a participarem do webinar de lançamento da pesquisa. O evento acontecerá no dia 29/05, às 11h, no canal do YouTube do GFI Brasil. A especialista em dados Camila Lupetti apresentará os principais resultados e análises, oferecendo uma oportunidade única para entender as tendências do mercado plant-based. Não perca esta chance de se aprofundar nas transformações do setor! Assista à transmissão: https://www.youtube.com/watch?v=R3ONnbCO8aM

Amplie seu conhecimento sobre proteínas alternativas com as novas aulas do curso do GFI Brasil

O curso online “A Ciência das Proteínas Alternativas”, ofertado gratuitamente pelo The Good Food Institute Brasil, acaba de ser enriquecido com novos conteúdos para ampliar seu conhecimento sobre esse universo.   O que tem de novo?Nosso programa educacional, já reconhecido por explorar as as tecnologias que estão revolucionando a forma como produzimos alimentos, agora inclui novas aulas focadas em Tópicos Avançados em proteínas alternativas, além de insights sobre Inovação e Mercado. Estas adições são projetadas para aprofundar seu entendimento sobre essas tecnologias emergentes e as tendências de mercado, essenciais para qualquer pessoa interessada em manter-se atualizada sobre a transformação da indústria alimentícia.    Para quem é o curso?O curso é aberto a todos que quiserem aprender sobre ciência, tecnologia e inovação em proteínas alternativas, mas é especialmente direcionado a alunos de graduação, pós-graduação e profissionais da indústria alimentícia, biotecnologia, e áreas correlatas. Cada aula foi meticulosamente planejada para enriquecer seu conhecimento e prepará-lo para os desafios e oportunidades na indústria de alimentos do futuro.     O que esperar do conteúdo?O curso agora é dividido em três módulos:   Aulas Básicas sobre a Ciência das Proteínas AlternativasEste módulo inicial consiste em 9 aulas, cada uma com aproximadamente 15 minutos, abordando os fundamentos das proteínas alternativas. As aulas incluem conteúdos como os desafios e soluções para produzir proteínas suficientes para alimentar 10 bilhões de pessoas, o conceito de carne, as tecnologias das proteínas alternativas e as questões críticas para o desenvolvimento da carne cultivada, assim como biomateriais e bioprocessos aplicados.   Tópicos Avançados em Proteínas AlternativasEste módulo novo avança para tópicos mais específicos com 4 aulas de aproximadamente 20 minutos cada, destinadas a um público com conhecimento prévio ou interesse especializado.   – Biorreatores e Desenvolvimento de Bioprocessos: se aprofunde na tecnologia da fermentação e nos detalhes de bioprocessos aplicados à carne cultivada, desde a seleção e desenvolvimento de cepas, os meios de cultivo ao escalonamento de processos, tipos de biorreatores e processos de downstream.   – Uso de ingredientes à base de algas em proteínas alternativas: descubra o potencial nutricional das algas e como elas podem ser utilizadas na produção de proteínas alternativas.   – Texturização de análogos cárneos feitos de plantas: Entenda mais sobre as tecnologias e os processos empregados para texturizar carnes feitas de plantas, uma característica crucial para satisfazer as preferências sensoriais dos consumidores.   – Análogos cárneos feitos de fungos (Micoproteínas): Explore o processo de fermentação de biomassa para a obtenção de carnes feitas de fungos, uma tecnologia promissora na indústria.   Inovação e Mercado de Proteínas AlternativasCom uma única aula de aproximadamente 20 minutos, este módulo fornece insights sobre o mercado de alimentos plant-based no Brasil.   – Percepção do consumidor brasileiro sobre alimentos plant-based: Entenda como o consumo de alimentos à base de plantas está se desenvolvendo no Brasil, analisando hábitos, tendências comportamentais e outros fatores que influenciam as decisões de compra.   Como participar?A participação é simples: preencha o cadastro e assista às aulas no seu próprio ritmo. Para obter a certificação de conclusão, complete o curso em até seis meses e responda ao quiz final.   CertificadosAo concluir cada módulo do curso, você receberá certificados específicos, validando sua expertise e dedicação ao aprendizado.   Pronto para começar?Não perca esta oportunidade única de ampliar seus conhecimentos em proteínas alternativas e liderar a vanguarda da inovação alimentar! Inscreva-se!

GFI Brasil abre chamada para Estudos Direcionados sobre proteínas alternativas

Conheça as duas linhas de financiamento e envie a sua proposta até o dia 16 de junho de 2024 O GFI Brasil está lançando a chamada para Estudos Direcionados de 2024, que são publicações técnicas feitas por meio da colaboração do GFI Brasil com uma universidade, empresa ou instituto de pesquisa. Essas publicações são elaboradas para analisar e discutir a ciência das proteínas alternativas com foco na aceleração do desenvolvimento tecnológico, suporte a uma regulação baseada em evidências e para melhorar a textura, sabor, preço ou sustentabilidade dos produtos. Para a execução dos Estudos Direcionados os proponentes devem enviar uma proposta técnico-financeira para elaboração das entregas solicitadas na chamada correspondente. As duas linhas de financiamento deste ano são oportunidades únicas para instituições e profissionais interessados em contribuir para o futuro da produção de alimentos no Brasil. Veja abaixo os detalhes de cada chamada: Estudo da Qualidade de Alimentos Produzidos por Cultivo de Células A proposta do estudo é gerar dados científicos e fornecer insights que possam apoiar a regulação e as aprovações de produtos cultivados, além de contribuir para a garantia de produção e desenvolvimento seguros desses alimentos.  Esses dados serão fundamentais para subsidiar futuras ações que impactarão diversos setores, incluindo legisladores, reguladores, empresas, professores e pesquisadores. Para isso, as propostas de execução do projeto deverão se concentrar em dois objetivos principais:  O estudo terá um prazo de execução de um ano e as propostas podem ser enviadas até o dia 16 de junho de 2024. Para mais detalhes e orientações sobre a submissão de propostas, consulte o edital completo aqui. Estudo para Identificar Rotas Tecnológicas para Obtenção de Proteínas de Feijão com Aspectos Sensoriais e Nutricionais Melhorados Um dos pilares da biodiversidade brasileira, o feijão já é reconhecido por seu valor nutricional e econômico: por isso, agora, queremos levá-lo a novos patamares, aprimorando suas características para melhor atender ao mercado de alimentos plant-based. O principal objetivo deste edital é: O projeto será dividido em cinco etapas e terá um prazo de execução de até 18 meses. As propostas podem ser submetidas até o dia 16 de junho de 2024. Para mais informações sobre os requisitos de submissão e detalhes do estudo, consulte o edital completo aqui. As propostas de ambos os projetos podem ser submetidas até o dia 16 de junho de 2024 e os resultados serão divulgados no dia 24 de junho. As propostas técnico-financeiras devem ser enviadas em formato PDF para ciencia@gfi.org e devem contar com um cronograma detalhado, previsão de custos para cada etapa, a metodologia proposta e o currículo da equipe envolvida. As informações completas estão disponíveis nos links dos respectivos editais acima.

Confira a programação do GFI Brasil no Nutri Ingredients Summit 2024

O Nutri Ingredients Summit é o maior e mais completo evento focado em saudabilidade do país e o The Good Food Institute Brasil é um dos parceiros oficiais da iniciativa. Em sua 4ª edição, que acontece em São Paulo, no Transamérica Expor Center, entre os dias 23 e 24 de abril, o summit promete conectar fornecedores de ingredientes funcionais às indústrias de alimentos, bebidas, suplementos alimentares e farmacêuticos. Você não pode ficar de fora! Acesse a página do evento para conferir a programação completa e  se credenciar gratuitamente até o dia 20/04/2024. Conecte-se com o GFI Brasil no NIS Application Trends O NIS Application Trends é uma arena aberta a todos os visitantes, realizada pelos patrocinadores com o objetivo de apresentar lançamentos em ingredientes e demonstrar como podem ser aplicados pela indústria. Nessa edição, o time de Ciência e Tecnologia do GFI Brasil vai apresentar cases que visam atribuir ainda mais sustentabilidade aos produtos análogos plant-based. Confira a nossa programação: 10h30: Proteínas vegetais nacionais com potencial para aplicação em alimentos vegetais análogos Palestrante: Dra. Ana Carla Sato – Professora da Faculdade de Engenharia de Alimentos UNICAMP 10h50: Desenvolvimento de ingredientes por fermentação a partir de resíduos (ou subprodutos) de amendoim Palestrante: Dra. Paula Speranza – Fundadora da ProVerde  11h10: Ingredientes da biodiversidade: perspectivas e desafios Palestrante: Dra. Luciana Fontinelle – Coordenadora do Programa Biomas do GFI Brasil.  11h30: Mesa Redonda : Ingredientes Vegetais Sustentáveis para Indústria Plant-based. Mediadora: MSc Cristiana Ambiel – Gerente de Ciência e Tecnologia – GFI Brasil Participantes: Dra. Ana Carla Sato (UNICAMP), Dra. Paula Speranza (ProVerde) e Dra. Luciana Fontinelle (GFI Brasil).  Serviço: – GFI Brasil no Nutri Ingredients Summit – NIS 2024 – Dia 23/04, à partir das 10:30 da manhã – Transamérica Expor Center, na arena Aplications Trends. End.: Av. Dr. Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 – Santo Amaro, São Paulo – SP, 04757-020 Esperamos por vocês! 

Envie sua proposta para o Programa Global de Incentivo à Pesquisa do GFI!

O Research Grant Program de 2024 acaba de ser lançado e vai financiar até U$ 3,4 milhões em pesquisas de acesso aberto em proteínas alternativas! Se você tem interesse em desenvolver uma pesquisa sobre uma das áreas contempladas, não perca essa oportunidade!   O nosso Programa anual apoia pesquisas de acesso aberto destinadas a resolver os desafios enfrentados pela indústria de proteínas alternativas e, desde 2019, já destinamos US$ 21 milhões para 118 projetos em 21 países. Neste ano, vamos aprovar pesquisas através do mecanismo Field Catalyst, que consiste em financiamentos de projetos de até US$250.000 e até 24 meses de duração,  com recursos adicionais de até US$ 50.000 disponíveis para parcerias com novos pesquisadores da área (que não receberam financiamento do GFI antes) e/ou partes interessadas do setor. O prazo final para envio de propostas é 23 de maio de 2024.   Aceitaremos inscrições em três áreas temáticas:   Aproveitamento de subprodutos e resíduos vegetais Melhoria da funcionalidade de novos ingredientes proteicos a partir de subprodutos da indústria alimentícia usando métodos/tecnologias emergentes, com avaliação da viabilidade técnica e econômica do produto e do processo.   Nova geração de processos de downstream para fermentação Abordagens sustentáveis e de baixo custo para purificação de proteínas alimentícias obtidas por fermentação de precisão.   Otimização da produção de hidrolisados para viabilizar meios de cultivo de baixo custo Aprimorar os métodos de processamento e a caracterização de matérias-primas para obtenção de ingredientes hidrolisados que sejam eficientes e de baixo custo para aplicação em meios de cultivo.   Clique aqui para enviar sua proposta para o Programa Global de Incentivo à Pesquisa do GFI   Sessões de informações sobre o Programa Global de Incentivo à Pesquisa e sobre as três áreas prioritárias:   2 de abril às 12h00 (BRT): webinar global (ING). A gravação do evento ficará disponível no canal do Youtube do GFI. Inscreva-se no webinar aqui.   10 de abril, às 14h00: webinar do GFI Brasil para responder todas as dúvidas dos aplicantes. A gravação do evento ficará disponível no nosso canal do Youtube. Inscreva-se no webinar aqui.   Para dúvidas sobre o Programa ou o processo de submissão de propostas, por favor, consulte a seção FAQ no final do edital ou contate nossa equipe em research_grants+RFP@gfi.org (enviar perguntas em inglês).   Estamos ansiosos para ver sua pesquisa sendo a próxima a avançar a ciência das proteínas alternativas!

Junte-se ao Alt Protein Project e descubra como construir uma carreira promissora na área de proteínas alternativas!

Se você é um estudante universitário interessado no setor de proteínas alternativas e gostaria de explorar as oportunidades de trabalho únicas que este setor em ascensão oferece, essa oportunidade é pra você! Lançado em 2020 pelo GFI, o Alt Protein Project é um movimento global, liderado por estudantes visionários como você, que se dedica a promover educação, pesquisa e inovação no campo das proteínas alternativas. Desde a nossa fundação, crescemos de uma rede de cinco universidades para uma comunidade de 53 grupos ativos com mais de 450 membros. Nosso alcance se estende por dezenas de universidades ao redor do mundo – da Suíça ao Japão, passando por Turquia, Portugal, Brasil e Malásia – unindo esforços para gerar impacto significativo e moldar o futuro da alimentação. Por que participar? A cada ano, mais grupos de estudantes de diversos países unem-se a nós, trazendo uma diversidade de conhecimentos que vão da biologia sintética à ciência da computação e da engenharia mecânica à filosofia. Essa comunidade multidisciplinar possibilita uma vasta troca de ideias com perspectivas culturais variadas, soluções inovadoras e oportunidades únicas de carreira. Nossos objetivos incluem: -Educação e Disseminação: Assegurar que o tema das proteínas alternativas seja incluído nos currículos acadêmicos, proporcionando cursos, treinamentos e eventos relevantes. -Pesquisa Colaborativa: Facilitar a conexão entre pesquisadores e promover estudos colaborativos que ofereçam soluções multidisciplinares. -Parcerias Estratégicas: Incentivar colaborações entre laboratórios, universidades e o setor privado para acelerar o desenvolvimento de proteínas alternativas. Se você precisa de mais inspiração para se juntar ao nosso time, o GFI US fez uma reportagem especial com o Alt Protein Project da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) que, em seu primeiro ano, já está transformando a educação sobre proteínas alternativas no campus. Graças ao trabalho do grupo, neste ano 24 alunos e docentes começarão a se envolver diretamente com proteínas alternativas, tanto por meio de aulas teóricas quanto técnicas, através do curso “Agricultura Celular com Foco em Carnes Cultivadas”. O curso semestral vai cobrir uma ampla gama de tópicos científicos, palestras sobre o crescente mercado da carne cultivada e componentes interativos como laboratórios sobre cultura de células, impressão 3D, além de um concurso competitivo de pitching, onde os alunos desenvolverão suas ideias de startup e as apresentarão a um painel dos principais interessados da indústria. “Estamos tentando fazer com que os olhos dos alunos brilhem para a carne cultivada” – Jorge Guadalupe, estudante de PhD da UFMG e CEO do Alt Protein Project, ganhador do prêmio “Best Science Slam” na Alemanha pelo seu projeto de carne cultivada apoiado pelo GFI. Ficou curioso? Dá uma olhada no Instagram dos grupos do APP da UFMG e da UNICAMP para ver tudo que eles estão fazendo! Não perca esta oportunidade de fazer parte da próxima geração de profissionais que vão transformar o futuro da alimentação! Como participar? Inscreva-se aqui no Alt Protein Project. Se você possui alguma dúvida, entre em contato conosco através do e-mail ciencia@gfi.org para mais informações e suporte. Estamos ansiosos para ter você em nossa comunidade!

O que podemos esperar para o mercado de proteínas alternativas em 2024?

Apesar de desafios em todo o cenário macroeconômico, de dinâmica geopolítica, financiamento e infraestrutura, a indústria de proteínas alternativas mostra sinais de resiliência. Especialistas do The Good Food Institute Brasil analisam as previsões do setor que irão impulsionar a próxima onda de desenvolvimento rumo à adoção em massa pelos consumidores. Em 2024, o mercado de proteínas alternativas vai experimentar transformações significativas, impulsionadas por inovações tecnológicas, mudanças nos padrões de consumo e uma crescente conscientização sobre saúde e meio ambiente. Com base em algumas tendências atuais, podemos antecipar algumas direções que este mercado tomará ao longo do ano. Aumento na variedade de produtos A diversidade de produtos à base de plantas disponíveis está prevista para aumentar e passar a atender aos consumidores em todos os momentos de consumo, desde o café da manhã, almoço, jantar e lanches, seja com alimentos com apelo de mais saudabilidade a pratos mais indulgentes. Essa expansão na variedade não só abrange uma gama mais ampla de preferências do consumidor mas também facilita a adoção de alimentos plant-based na dieta diária, tornando-a uma opção viável para um público maior. Parcerias estratégicas e consolidação do mercado As parcerias estratégicas entre empresas de alimentos e restaurantes podem contribuir com a expansão da presença de opções plant-based nos cardápios. Esses tipos de parcerias são muito comuns em outros países, onde o mercado está mais maduro, e essas experiências mostram que tais colaborações podem aumentar tanto a acessibilidade quanto a visibilidade dessas alternativas. Além disso, é esperada uma consolidação das marcas, impulsionada por uma demanda do varejo, mantendo nas gondôlas os produtos e marcas que ofereçam a experiência sensorial mais próxima do que o consumidor deseja em termos de sabor, textura e aparência dos alimentos. Avanço tecnológico O desenvolvimento tecnológico permanecerá um motor de inovação para o setor, trazendo produtos com melhor desempenho sensorial. Espera-se que as inovações em ingredientes e técnicas de processamento ofereçam experiências de consumo mais satisfatórias ao consumidor. Em particular, ingredientes desenvolvidos através de processos fermentativos podem atrair mais atenção do setor, dada sua capacidade de melhorar o perfil nutricional e sensorial dos produtos. Maior foco em saudabilidade Empresas já consolidadas no mercado de proteínas alternativas devem continuar a enfatizar a saudabilidade em seus lançamentos e relançamentos. Formulações que atendam à demandas por menos colesterol, sódio, e gordura, assim como a inclusão de ingredientes naturais e familiares aos consumidores, serão cada vez mais comuns. Este foco na saúde reflete uma resposta direta às preocupações do consumidor e uma tentativa de alinhar produtos plant-based com expectativas de benefícios para a saúde e bem-estar. Preço A questão do preço continua sendo central, com a indústria se esforçando para tornar os produtos à base de plantas mais acessíveis. Isso passa por mais investimentos em cadeias locais de suprimentos, desenvolvimento de novos ingredientes e processos, além de esforços contínuos para reduzir os custos de produção e logística. Tais iniciativas são essenciais para igualar ou pelo menos aproximar a faixa de preço dos produtos plant-based com a de seus análogos de origem animal, tornando-os uma opção viável para uma gama mais ampla da população. Desafios para o setor Apesar das previsões otimistas, o setor enfrenta desafios significativos relacionados aos pontos citados acima: a) conquista de mais consumidores: a adoção de alimentos à base de plantas na dieta é uma dúvida para muitos, especialmente quando consideramos as preocupações sobre a saudabilidade e a percepção nutricional em torno dos alimentos plant-based; b) comparação do preço desses produtos com os de origem animal: é imprescindível encontrar o equilíbrio entre os custos de produção e o poder de compra da população, que enfrenta os efeitos da inflação – inclusive no setor alimentício. As empresas do setor precisam trabalhar para fechar essa lacuna, mostrando que é possível oferecer opções plant-based que não sejam apenas competitivas em preço e qualidade, mas que também sejam percebidas como nutritivas e benéficas para a saúde. Avanços regulatórios O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) deve seguir a agenda regulatória sobre produção e rotulagem de produtos plant-based, realizando ao longo do ano audiências públicas para discutir a minuta da Portaria que foi submetida à consulta pública em 2023, e que propõe um marco regulatório para suprir a falta de um regulamento mínimo para produtos análogos de base vegetal.  Além disso, com a inclusão das proteínas obtidas por cultivo celular e fermentação no rol de novos ingredientes e alimentos pela Anvisa no final do ano passado, por meio da Resolução RDC Nº 839, devemos observar também neste ano o início das discussões regulatórias sobre essas duas tecnologias, capitaneadas pelo MAPA e pela própria Anvisa.  Carne Cultivada e Fermentação Com a Resolução 839 da Anvisa, que orienta empresas sobre a submissão de produtos e ingredientes para comprovação de segurança e a autorização de uso de novos alimentos e novos ingredientes, é esperado que empresas que já estejam desenvolvendo esses novos alimentos apresentem seus produtos e ingredientes para apreciação da Anvisa. Além disso, também devemos ver mais empresas realizando eventos de degustação e de aplicação de produtos para públicos específicos, como investidores e imprensa. Esses são os primeiros passos para a comercialização dessas novas tecnologias em território nacional, resta agora o Ministério da Agricultura regulamentar as questões de registro de produto, rotulagem e inspeção de unidades de produção, um debate que deve começar a ocorrer já este ano. “O mercado de plant-based em 2024 deve ser caracterizado por uma maior diversidade de produtos, consolidação de marcas, parcerias estratégicas, avanços tecnológicos, um foco renovado na saudabilidade e esforços contínuos para tornar os produtos mais acessíveis. Os avanços regulatórios alcançados no final de 2023 demonstram que o Brasil está se alinhando ao resto do mundo no entendimento de que esse setor vai evoluir rapidamente e que é necessário criar padrões técnicos rígidos para que produtos inovadores possam começar a ser produzidos no país. Este também é o ano que produtos feitos com tecnologias de fermentação e carne cultivada devem chegar ao consumidor. Vamos acompanhar como esses alimentos serão incorporados nos hábitos alimentares do brasileiro”. – Raquel

Novo estudo do GFI Brasil e UNICAMP mapeia fontes de proteínas vegetais cultivadas no Brasil com potencial para a indústria plant-based

Arroz, aveia, centeio, cevada, milho, sorgo, trigo, canola, amendoim, feijão preto, feijão caupi, feijão mungo, grão-de-bico, lentilha, mandioca, sementes de gergelim e de girassol e batata foram as espécies analisadas, quatro se mostraram mais promissoras Em parceria com pesquisadores da UNICAMP, o The Good Food Institute Brasil apresenta o novo Estudo de Proteínas Vegetais Nacionais Aplicadas à Produtos Plant-Based, que tem como objetivo explorar a capacidade de matérias-primas cultivadas no Brasil para serem aplicadas em alimentos vegetais análogos. O trabalho visa impulsionar o aproveitamento dessas fontes, contribuindo para a diversificação das opções de proteínas vegetais disponíveis no mercado nacional. Além disso, a pesquisa busca identificar as matérias-primas mais promissoras em termos de desempenho tecnológico e econômico, visando a sustentabilidade e a viabilidade desses alimentos. A soja e a ervilha são, atualmente, as principais fontes proteicas utilizadas na produção de produtos cárneos vegetais. No entanto, a biodiversidade brasileira abriga uma vasta gama de matérias-primas vegetais com um potencial ainda inexplorado para a indústria de proteínas alternativas, e essa necessidade de inovação é ecoada pela comunidade empresarial do país: uma pesquisa realizada pelo GFI Brasil em 2021 revelou que 84% das empresas brasileiras consideram prioritário o desenvolvimento de novos ingredientes proteicos de origem nacional.  Considerando este cenário, o estudo identificou 18 espécies vegetais nacionais com potencial para a indústria plant-based, das quais quatro – milho, mandioca, arroz e batata – se destacaram como as fontes mais promissoras para fornecer ingredientes proteicos para o setor, por serem as variedades que movimentam a economia nacional devido ao volume produzido. Além de beneficiar diretamente o setor de proteínas alternativas, novas fontes de proteínas vegetais produzidas nacionalmente podem trazer vários outros benefícios para a economia brasileira, como geração de renda extra para os agricultores, fortalecimento da indústria agrícola e alimentícia, redução de preços para os consumidores e promoção de práticas sustentáveis. Alinhado às tendências globais de consumo e à demanda crescente por alternativas alimentares que sejam mais sustentáveis e respeitem a biodiversidade nacional, este estudo representa um passo na direção de uma indústria brasileira mais sustentável e competitiva no mercado global, beneficiando tanto os consumidores quanto os produtores. “O mercado de proteínas alternativas no Brasil vem crescendo a cada ano e mostrando todo o seu potencial. Nós acreditamos que estudos voltados para a valorização de subprodutos e resíduos nacionais na obtenção de proteínas são uma estratégia chave para o desenvolvimento de novos ingredientes, contribuindo para a diversificação de fontes para além da soja e da ervilha” – Graziele Karatay, especialista de Ciência e Tecnologia do GFI Brasil. Acesse o resumo executivo e o relatório completo aqui.

Entrevista com Bruce Friedrich: “Construir um sistema alimentar melhor e mais sustentável é um dos desafios mais importantes da nossa época”

Originalmente publicado por Steff Bottinelli no Food Matters Live em 18 de setembro de 2023 Se você se interessa por inovação alimentar e sustentabilidade, Bruce Friedrich é um nome com o qual você deve estar familiarizado. Formado em direito pela Georgetown Law, pela Universidade Johns Hopkins e pela London School of Economics, em 2016 Friedrich fundou o The Good Food Institute (GFI), organização sem fins lucrativos da qual ele é presidente. Hoje, o GFI tem mais de 200 membros em tempo integral em afiliadas nos EUA, Europa, Índia, Israel, Brasil e Singapura. O trabalho do instituto é focado em políticas, ciência e envolvimento corporativo no setor das proteínas alternativas e visa fortalecer o fornecimento global de proteínas ao acelerar a produção de carne à base de plantas e cultivada, promover práticas agrícolas sustentáveis e melhorar a segurança alimentar e a saúde global. Além de supervisionar a estratégia global do GFI, Bruce Friedrich escreve regularmente artigos de opinião para veículos como The Wall Street Journal, USA Today, Los Angeles Times e Wired, é convidado frequente em mesas redondas, podcasts, programas de rádio e é um TED Fellow. A palestra TED de Bruce em 2019 foi vista duas milhões de vezes e traduzida para dezenas de idiomas. Conversei com Bruce para discutir o futuro das proteínas alternativas e o papel dos governos em ajudar a expandir o setor, a recente aprovação da venda de carne cultivada nos Estados Unidos e a posição de países como a Itália em relação à agricultura celular. Hoje, há mais informações do que nunca sobre os efeitos prejudiciais da produção de carne, peixe e laticínios no meio ambiente e mais empresas de alimentos, restaurantes e redes de fast food estão produzindo ou oferecendo alternativas à base de plantas. No entanto, apesar da maior disponibilidade de produtos veganos no mercado e o aumento de pessoas comprando regularmente, o consumo de carne animal continua aumentando globalmente. O que você acha que será necessário para as pessoas perceberem que precisam reduzir ou parar completamente de consumir produtos de origem animal? Por que ainda há essa desconexão, apesar de toda a informação disponível? A resposta é simples: as escolhas alimentares da maioria das pessoas são baseadas em dois fatores simples: sabor e preço. Muitos dos problemas que vimos recentemente no mercado de produtos à base de plantas são devido ao fato de que esses alimentos ainda não atendem a essas métricas – não proporcionam os sabores que os consumidores desejam e ainda são caros demais. Isso me leva à sua última pergunta: a carne à base de plantas ainda está em sua infância e, para que esses alimentos se tornem deliciosos e acessíveis ao maior número possível de pessoas, precisamos que os governos invistam na pesquisa e infraestrutura que o setor precisa – assim como fizeram com a energia renovável. É impossível exagerar a importância disso: a população mundial está prevista para atingir 10 bilhões até 2050, e essas pessoas estão consumindo cada vez mais carne. Será impossível alimentá-las usando um sistema tão ineficiente quanto a agricultura animal industrial, que consome nove calorias de ração para produzir uma caloria de carne de frango. Os alimentos à base de plantas são frequentemente acusados de serem ultraprocessados. No entanto, sabemos que muitos produtos de origem animal muitas vezes mal contêm os ingredientes que deveriam, mas têm uma grande quantidade de aditivos, enquanto muitos produtos à base de plantas são feitos com apenas alguns ingredientes. Como podemos mudar a percepção dos alimentos veganos? Acredito que precisamos de uma conversa mais bem informada sobre o que o termo “ultraprocessado” significa. Praticamente tudo o que comemos, desde molho de massas até pão, é processado. O processamento pode ser usado para tornar os alimentos mais seguros, adicionar vitaminas e minerais e preservá-los por mais tempo para evitar o desperdício. O número de ingredientes não determina, necessariamente, a saúde de um produto. A banha tem um ingrediente e um pão integral tem muitos, mas poucos argumentariam que a banha é mais saudável que o pão integral. Comparado à carne produzida convencionalmente, a carne à base de plantas tem menor teor de gordura saturada, menor densidade calórica, mais fibras e carboidratos complexos e nenhum colesterol. Em resumo, é mais saudável. Muitos gigantes do setor alimentício agora entraram no setor de alimentos à base de plantas, como Nestlé, Unilever… Alguns os acusam de lucrar, outros de normalizar a produção à base de plantas e torná-la mais democrática. Quais são seus pensamentos sobre isso? Essas grandes empresas de alimentos têm a infraestrutura para ampliar a produção e o conhecimento técnico para impulsionar a pesquisa e o desenvolvimento, então precisamos que elas entrem no jogo se quisermos melhorar a qualidade, reduzir os custos e fazer com que os alimentos à base de plantas se tornem uma opção padrão para todos. No entanto, a carne à base de plantas pode ser produzida por empresas de todos os tamanhos e formas, adaptadas às necessidades e gostos de diferentes culturas. Há espaço para todos neste setor, o que significa que as grandes empresas trabalham de mãos dadas com as startups. Para permitir um ecossistema diversificado de empresas onde os produtores independentes podem prosperar, precisamos que os governos financiem pesquisas de acesso aberto, para democratizar as possibilidades de carne à base de plantas – em vez de deixar a inovação para empresas privadas. Você frequentemente fala sobre a necessidade de subsídios governamentais para ajudar a expandir proteínas alternativas da mesma forma que os governos subsidiaram a energia renovável. No entanto, com algumas exceções, isso ainda não está acontecendo amplamente. O que você acha que será necessário para os governos entenderem a necessidade desse apoio financeiro e assumirem um papel ativo na produção de proteínas sustentáveis? Nosso relatório sobre o Estado da Política Global constatou que estamos começando a ver lentamente uma mudança nessa direção, com governos em todo o mundo percebendo a importância das proteínas alternativas na sustentabilidade. Na Europa, o governo holandês está liderando o caminho ao anunciar 60 milhões de euros para o

Histórico: Israel se torna o primeiro país no mundo a liberar venda de carne bovina cultivada!

Hoje, dia 17 de janeiro de 2024, Israel concedeu aprovação regulatória para a Aleph Farms comercializar seus produtos no país. Com isso, Israel se une a Estados Unidos e Singapura, os únicos países que já permitem a venda de carne cultivada em seus territórios. O diferencial é que, até o momento, todas as aprovações tinham sido relativas à carne de frango cultivada, tornando Israel o primeiro país no mundo a liberar a venda de carne bovina cultivada. Essa aprovação concede à Aleph Farms permissão para produzir e comercializar seus produtos no território israelense, sujeita às diretrizes específicas para rotulagem e publicidade fornecidas pelo Ministério da Saúde local e à conclusão da inspeção da instalação de produção piloto. Petit Steak O primeiro produto a ser lançado pela empresa sob a marca Aleph Cuts será o “Petit Steak”, um bife cultivado a partir de células de Angus premium. O produto híbrido de carne é composto por células não modificadas e não imortalizadas de uma vaca Angus preta premium, juntamente com uma matriz de proteína vegetal feita de soja e trigo. Além das células derivadas de um dos óvulos fertilizados da vaca, não há outros componentes de origem animal no processo de cultivo ou no produto final. O processo controlado e rastreável é realizado em um ambiente de produção asséptica, o que reduz significativamente os riscos de contaminação e exclui a necessidade da presença de antibióticos. Assim que os requisitos de rotulagem e inspeção da instalação forem concluídos, o produto será disponibilizado em restaurantes selecionados para, depois, ser distribuído para outros serviços de alimentação e varejo. Quanto ao custo, a empresa revelou que, no momento do lançamento, o Petit Steak terá preços semelhantes aos da carne bovina premium convencional. Participação do GFI no processo Nós do The Good Food Institute celebramos a aprovação porque tivemos uma grande participação para alcançar esse marco. Nós realizamos diversos workshops com a equipe da Aleph Farms e fomos os primeiros a apresentar a tecnologia de carne cultivada aos reguladores israelenses e ao Primeiro Ministro Netanyahu em 2020 e em 2023, ocasiões em que ele experimentou a carne cultivada da empresa. Além disso, a Aleph Farms foi fundada com base no projeto de doutorado do nosso ex-Cientista Sênior, Dr. Tom Ben Arye Cohen. Esta aprovação não apenas marca um momento crucial, mas também serve como uma garantia sólida para o setor de carne cultivada em meio a dúvidas e questionamentos prevalecentes. Confiamos que este marco enviará uma mensagem convincente aos players da indústria, incentivando-os a persistir em seus investimentos e avanços no campo. “A aprovação da carne cultivada da Aleph Farms em Israel representa um avanço monumental para o setor de proteínas alternativas globalmente. Este é um exemplo brilhante do que a inovação, aliada à ciência e à sustentabilidade, pode alcançar. No The Good Food Institute Brasil, vemos isso como um sinal promissor do que está por vir. O fato de que este produto específico já está programado para chegar ao Brasil, em parceria com a indústria local, é um testemunho do potencial que a carne cultivada tem para revolucionar o sistema alimentar, oferecendo alternativas sustentáveis e éticas sem comprometer o sabor ou a tradição. Este também é um momento crucial para Brasil, que também publicou seu o primeiro caminho regulatório para produtos do tipo e pode se posicionar como líder na adoção e na inovação de proteínas alternativas, trazendo benefícios tanto para a nossa economia como para o meio ambiente”, comenta o Presidente do The Good Food Institute Brasil, Gustavo Guadagnini. Israel Três das oito primeiras empresas de carne cultivada do mundo são Israelenses e 15% dos investimentos globais no campo são destinados a elas. Há muitos anos o país apoia e promove as proteínas alternativas, dada a batalha contínua da nação contra a insegurança alimentar: de acordo com dados governamentais, em 2021, 16% das famílias israelenses e 21% das crianças não tinham acesso adequado a alimentos seguros e nutritivos. Entre as famílias com crianças, 19% enfrentaram insegurança alimentar, enquanto 8,5% sofreram de insegurança alimentar severa. Como a carne cultivada não depende da agricultura de gado, de extensas áreas de terras agrícolas ou de grandes quantidades de água, os benefícios para a segurança alimentar são tão relevantes quanto para as mudanças climáticas, especialmente em um país com clima hostil e mais da metade do território composto por solos desérticos. A conquista da Aleph Farms em Israel é uma grande vitória, mas não para por aí. A empresa já solicitou autorização para venda em Singapura, Suíça, Reino Unido e nos Estados Unidos, além de avançar com solicitações em outros mercados.