
Relatório 2023
Produzir comida
sem consumir o
planeta é possível!





Ninguém sabe ao certo, mas a dúvida nos faz querer encontrar respostas mais rápidas e soluções globais e sistêmicas. E, pela primeira vez na história, parece que estamos realmente comprometidos em solucionar o desafio que coloca em risco o cumprimento do Acordo: mitigar a contribuição dos sistemas alimentares no agravamento da crise climática.
A produção de alimentos, sobretudo os de origem animal, são a principal causa das emissões de gases de efeito estufa. Em torno de 34% de todas as emissões são geradas produzindo aquilo que comemos, sendo que 17% desse total vem da produção de animais para consumo humano.
O movimento não foi em vão e em 2023 muitos avanços puderam ser celebrados na COP 28, realizada em Dubai em 2023. Logo no primeiro dia da Conferência, testemunhamos o compromisso de 134 países, incluindo Brasil, em produzir alimentos de forma mais sustentável, por meio da assinatura da Declaração dos Emirados Árabes Unidos sobre Agricultura Sustentável, Sistemas Alimentares Resilientes e Ação Climática. Nos dias seguintes, participamos do lançamento do relatório “What’s Cooking”, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP), que apresenta as proteínas alternativas como uma solução viável e escalável para a crise climática.
Outra vitória foi a inclusão dos sistemas alimentares e da agricultura no Global Stocktake, documento que os países utilizam para elaborar as suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), que são as metas que cada nação autodetermina para cumprir os compromissos do Acordo de Paris.
O GFI está comprometido em ajudar o Brasil a liderar as mudanças necessárias para criar um sistema alimentar mais sustentável, por meio da diversificação das nossas fontes de proteína. Produtores rurais, indústrias e startups terão um papel crucial no desenvolvimento dos alimentos à base de plantas, cultivados ou obtidos por fermentação; estudantes, pesquisadores e instituições de ciência e tecnologia serão fundamentais para identificar e solucionar os desafios desses novos alimentos; governos e agências reguladoras irão criar mecanismos para assegurar a segurança desses alimentos, os investimentos para desenvolvê-los e as regras para o seu comércio justo.
Para cada um desses segmentos, tem um time GFI para destravar processos, criar conexões, formar pessoas, investir em pesquisa, produzir e disseminar conhecimento e apoiar novos negócios. Esse relatório fala sobre isso e é uma oportunidade indescritível poder contar para você o que fizemos em nosso sexto ano de vida no Brasil.
Boa leitura e conte sempre conosco.
O impacto do
GFI em números







publicadas na imprensa:
- 53,5% em veículos de alta relevância;
- 95% em tom positivo;
- R$ 13MM em valor editorial.

pessoas
1.
Consolidação, lançamentos inéditos e muita inovação no mercado de proteínas alternativas






1.1. Carne cultivada
A Fundação Araucária, agência paranaense de fomento à pesquisa, anunciou investimento de R$5.7 milhões em carne cultivada, que será executado pelas Universidades Federal do Paraná (UFPR), Estadual de Maringá (UEM) e Católica do Paraná (PUC-PR) na construção de um laboratório, na compra de equipamentos e bolsas de pesquisa. O investimento paranaense se soma ao recurso federal de R$2,48 milhões para um projeto de linguiça híbrida (vegetal + cultivada) da Embrapa, ofertados através do edital de Foodtechs da Finep, agência de fomento à inovação ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.
No campo das startups também tivemos avanços históricos. As startups Cellva e Sustineri Piscis realizaram degustações e aplicações de seus primeiros protótipos, gordura de porco cultivada (Cellva) e bolinho de peixe cultivado (Sustineri).
1.1.1. Principais resultados
Avanço regulatório: Resolução RDC Nº 839
Segurança de Alimentos
1.2. Proteínas vegetais (plant-based)
Hoje, o nosso mercado de proteínas alternativas análogas conta com pelo menos 107 empresas e já exporta produtos para cerca de 30 países. Em 2023, segundo a Mintel, foram lançados 22 produtos categorizados como substitutos de carne (excluindo tofú e tempê), praticamente a mesma quantidade de lançamentos do ano anterior.
Para criar um mercado que tenha cada vez mais identidade nacional, com ingredientes da nossa cultura alimentar, produzidos pelo nosso próprio agronegócio, desenvolvemos um mapeamento das principais fontes de proteína vegetal do país. Também produzimos um estudo para avaliar a qualidade nutricional dos produtos cárneos plant-based disponíveis nas prateleiras e nos conectamos com produtores rurais, indústrias e pesquisadores para entender como o feijão pode ser incorporado ainda mais ao setor de proteínas alternativas.
1.2.1. Principais resultados
Publicação do “Estudo de proteínas vegetais nacionais com potencial para aplicação em alimentos vegetais análogos”
Desenvolvimento do “Estudo Nutricional dos Produtos Cárneos Vegetais Análogos”
Muito além da soja e da ervilha, o feijão é a nova aposta nacional e pode gerar ótimas oportunidades para o produtor rural
Com o apoio de Cooperativas de feijão que doaram grãos para realização de testes, da empresa de equipamentos Neuman & Esser que disponibilizou seu Centro de Testes para processar os grãos de feijão e da Universidade Federal de Santa Catarina que foi contratada para fazer a análise final dos ingredientes gerados a partir do feijão, iniciamos um projeto-piloto para criar uma farinha amilácea e um concentrado proteico de feijão. Em 2024, algumas empresas de ingredientes e alimentos vão checar a viabilidade de aplicação destes ingredientes em suas formulações. Se os testes forem positivos, uma planta de processamento de feijão poderá ser instalada dentro de uma cooperativa de produtores rurais. O feijão quebrado, que será o insumo do projeto-piloto, é considerado resíduo ou ingrediente pra ração animal pelos produtores rurais, mas poderá resultar em um produto de alto valor agregado.
1.3. Fermentação
1.3.1. Principais resultados
Contratação do estudo de “Mapeamento do Estágio de Desenvolvimento da Tecnologia de Fermentação Aplicadas às Proteínas Alternativas”
1.4. Conheça outras iniciativas do GFI Brasil para acelerar o desenvolvimento do setor de proteínas alternativas

Curso online e gratuito

Curadoria e oferta de dados

Alt. Protein Project Brasil
Com 59 grupos de estudantes em 20 países comprometidos em promover o tema das proteínas alternativas no ambiente acadêmico, o Alt Protein Project conta com dois grupos de estudantes brasileiros nas Universidades Federal de Minas Gerais (Instagram e LinkekIn) e na Universidade Estadual de Campinas (Instagram). Em agosto de 2023, o grupo de estudantes da UFMG implementou um curso focado em proteínas alternativas, promoveu o journal club e uma série de seminários. Na Unicamp, o grupo de estudantes promoveu a mesa redonda “Proteínas alternativas e a sociedade” transmitida no Youtube, e o vídeo já conta com 476 visualizações. Além disso, o grupo realizou eventos junto à comunidade científica do campus, com eventos como por exemplo, a “segunda sem carne” e iniciou o processo de implementação da disciplina sobre proteínas altenativas na pós-graduação. Os dois grupos estão organizando o Congresso Nacional em Proteínas Alternativas, que ocorrerá em julho de 2024.

Plano de ensino para professores
2.
Viajamos pelo Brasil para conhecer de perto nossa vocação em inovar






2.1. Principais resultados
Visitas aos ecossistemas regionais de inovação
Conectando novos negócios a oportunidades do mercado
Apoio à captação de investimentos
3.
Valorizamos e investimos na biodiversidade brasileira!






3.1. Principais resultados
Finalização da primeira edição do Programa Biomas
Contratação dos projetos de pesquisa do Projeto InovAmazônia
4.
Influenciamos a agenda global em prol das proteínas alternativas






4.1. Principais resultados
Reunião intersetorial em Bonn
Participação na COP 28 de Dubai
Participação no Food and Agriculture Organization (FAO)
Missão Chile
5.
Somos uma instituição de alto impacto que inspira






5.1. Principais resultados

Crescimento da equipe

Auditoria financeira

Auditoria interna

Treinamentos
O lançamento do nosso programa de treinamento de liderança, que teve início em dezembro de 2023, representa uma iniciativa de grande relevância para o aprimoramento profissional de nossos gestores e o fortalecimento de nossa equipe como um todo. Este programa aborda uma série de temas cruciais para o desenvolvimento de lideranças, explorando o papel dos líderes e a importância da eficaz gestão de equipes e pessoas.

Pesquisa de engajamento

Retiro anual

Diversidade e inclusão

Boletim mensal
Atualmente, grande parte dos nossos recursos vêm de doadores internacionais, majoritariamente dos Estados Unidos. No entanto, buscamos construir nossa rede de apoiadores brasileiros para garantir nossa independência financeira. Para saber como você pode fazer parte deste trabalho transformador, acesse este link e considere fazer uma doação para o GFI Brasil.