Nesta quinta-feira (6/8), às 19h, o diretor executivo do The Good Food Institute, Gus Guadagnini, participa de uma live sobre o setor de proteínas alternativas com o ator, apresentador e músico Hugo Bonemer. Reconhecido como um dos mais ativos promotores do setor, Gus foi eleito esse ano como um dos 25 nomes que podem salvar o planeta pela Revista GQ, e pode ser visto em sua conferência para o TEDx “A Revolução no seu prato”. Atualmente em cena na audio série do Spotfy Sofia e no Canal Like, Hugo também tem se destacado por seu ativismo em causas sociais, utilizando suas redes para falar sobre vida saudável, sustentabilidade e veganismo. A live será transmitida pelo canal do artista no instagram @hugobonemer .
Entre os dias 20 e 21 de agosto o The Good Food Institute Ásia-Pacífico vai realizar o evento Summit on Alternative Proteins 2020. Na ocasião, 18 especialistas vão aprofundar questões sobre o setor de proteínas alternativas e o que os países da região estão fazendo para desenvolver o setor.
Estima-se que 31% do crescimento do consumo global de proteínas entre 2018 e 2025 venha da China e 13% do restante da região Ásia-Pacífico, enquanto apenas 2% é atribuído à América do Norte. Por isso, entender como essa indústria opera, quais são seus maiores potenciais e desafios é imprescindível para o mercado global.
O Summit é aberto e gratuito e as inscrições podem ser feitas no site do evento.
Atuando para acelerar o desenvolvimento do alimento do futuro, o The Good Good Institute (GFI) lança um diretório para conectar pesquisadores da área de proteínas alternativas do mundo todo. A plataforma facilita que cientistas encontrem colaboradores com habilidades complementares para que juntos possam acelerar a transição para a próxima geração de carnes, pescados, ovos e lácteos.
Os pesquisadores podem compartilhar informações sobre suas áreas de pesquisa diretamente na plataforma e também publicar oportunidades de colaboração para outros cientistas, laboratórios e empresas em seus projetos. Cria-se assim uma rede global de networking científico focada em tecnologias para desenvolvimento e melhoramento da produção de proteínas alternativas.
O objetivo é fomentar a criação de uma cadeia de produção de alimentos mais justa e sustentável com o desenvolvimento de um ecossistema de inovação focado em fontes alternativas de proteínas produzidas a partir de vegetais, algas ou fungos, por tecnologias de cultivos de células ou fermentação.
A iniciativa conta tanto com pesquisadores já ativos no setor de proteínas alternativas quanto com interessados em atuar nessa área. Para fazer parte do diretório, basta preencher este cadastro.
Imagem: Nasa
A demanda por proteínas vegetais está em ascensão devido a aspectos de saudabilidade e questões relacionadas à sustentabilidade no sistema de produção de alimentos, assim sua obtenção por meio de tecnologias emergentes será tratada pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, no quarto e último webinar gratuito da Série Ingredientes Saudáveis para Alimentos e Bebidas, nesta quarta-feira (29), às 16h – inscreva-se para receber o link da transmissão.
Parceria do Ital com a Escola de Engenharia de Lorena (EEL), da Universidade de São Paulo (USP), e a Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), os webinars contam com a mediação da pesquisadora e vice-diretora do Ital, Gisele Camargo. Neste último encontro, a programação terá início com Raquel Casselli, gerente de engajamento corporativo do The Good Food Institute Brasil (GFI BR), que tem como foco a atuação de empresas, startups, investidores, restaurantes e varejo no mercado de proteínas alternativas e apresentará um panorama a respeito, apontando iniciativas relevantes em andamento, tecnologias utilizadas e principais desafios para implementá-las.
Já os processos emergentes e funcionalidades tecnológicas serão abordados pelas pesquisadoras do Ital Mitie Sônia Sadahira, que atua no Centro de Tecnologia de Cereais e Chocolate (Cereal Chocotec) e é pró-reitora do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos, e Maria Teresa Bertoldo Pacheco, que atua no Centro de Ciência e Qualidade dos Alimentos (CCQA).
“Os pulses (grãos secos de leguminosas) são considerados fonte proteica, de baixo custo e de fácil manejo agrícola, mas são subutilizados, pois há a necessidade de melhoramento nas suas propriedades funcionais tecnológicas. Nesse contexto, serão abordados os processos emergentes para a obtenção de farinha com alto teor de proteínas e suas funcionalidades tecnológicas, visando menor impacto ao meio ambiente”, resume Mitie, graduada e doutora em Engenharia de Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) com doutorado sanduíche na Universidade de Leeds, no Reino Unido.
Complementarmente, Maria Teresa detalhará sobre leguminosas, em especial os feijões, fontes de proteínas, aminoácidos essenciais, fibras alimentares, carboidratos complexos, oligossacarídeos, minerais, como cálcio e ferro, e vitaminas do complexo B. “A inclusão diária de feijão na alimentação fornece 28% de proteínas e 12% das calorias ingeridas pelo ser humano e, nesse sentido, a importância alimentar do feijão deve-se, especialmente, ao menor custo de sua proteína em relação aos produtos de origem animal”, lembra a pesquisadora, que é bióloga, mestre em Tecnologia dos Alimentos e doutora em Ciências da Nutrição com pós-doutorado em Ciência dos Alimentos pela Unicamp.
“Apesar dos benefícios, os fatores antinutricionais presentes nessa leguminosa podem ter impacto negativo, como dificultar a utilização eficiente dos seus nutrientes. A presença de inibidores de proteases (inibidores de tripsina e quimiotripsina) e outros fatores antinutricionais (fitatos) ocasiona a redução da qualidade da proteína, sendo necessário eliminar estes compostos para aumentar a sua digestibilidade”, pondera.
Confira todos os webinars
Os outros três webinars, sobre lipídeos especiais, extratos fenólicos e proteínas doces e oligossacarídeos funcionais, estão disponíveis no canal do YouTube do Ital. Todos foram transmitidos no perfil do Facebook e no canal no YouTube da Mentto, que apoia a série, junto à Fundação Shunji Nishimura de Tecnologia.
As quatro áreas abordadas pela série compõem a Plataforma Biotecnológica Integrada de Ingredientes Saudáveis (PBIS), parceria do Ital com a Unicamp e a USP envolvendo consórcio de empresas, cuja proposta de implantação está em fase de avaliação pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) para integrar os Núcleos de Pesquisa Orientada a Problemas em São Paulo (NPOP-SP), no âmbito do Programa Ciência para o Desenvolvimento.
A iniciativa visa ampliar e aplicar o conhecimento sobre as necessidades nutricionais diárias nos diferentes estágios da vida para cardápios e alimentos com adequado aporte de nutrientes em cada estágio. “Precisamos fortalecer uma adequada nutrição aliada a alimentos seguros e sustentáveis”, ressalta a coordenadora da proposta, Maria Teresa Bertoldo Pacheco.
Fonte: Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital)
A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan Senai) realiza amanhã (16/7) o último dia da série de webinars que discute o futuro do setor de alimentos e bebidas. A iniciativa visa promover um debate virtual sobre as tecnologias que influenciarão esse mercado nos próximos anos, reunindo pessoas de notório saber e ampla vivência no setor. O evento contará com a participação do diretor executivo do GFI Brasil, Gustavo Guadagnini, que apresentará um panorama sobre a indústria de proteínas alternativas no Brasil.
A transmissão do webinar começará às 13h45 e seguirá até às 16h. Durante as três rodadas de perguntas, o diretor do GFI Brasil responderá quais iniciativas relevantes estão em andamento no setor de proteínas alternativas, quais são as tecnologias utilizadas e os principais desafios para implementá-las, e processos regulatórios para o setor. Além de Gustavo, outros 4 especialistas falarão, ainda, sobre logística reversa, saudabilidade e alimentos funcionais, alimentos orgânicos e veganos.
A série de webinars teve início no dia 14/7, trazendo como tema disparador o cenário atual da indústria de alimentos e bebidas no Brasil, seguido por discussões sobre a redução do desperdício, agricultura inteligente, tecnologias para rastreabilidade e E-commerce. Já no dia 15/7, a pauta incluiu temas como educação alimentar, demanda legal e fiscalização, tecnologias para segurança e qualidade, segurança e manipulação de alimentos.
Acesse o link para assistir ao webinar.
Parece ficção científica, mas já é realidade: pesquisadores estão cultivando células em laboratório a fim de produzir carne animal para consumo. A carne cultivada, como é mais comumente chamada, é o foco do debate da nova disciplina ofertada pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em parceria com o The Good Food Institute, “Introdução à Zootecnia Celular”. As inscrições vão até o dia 17 de julho deste ano.
De acordo com a consultora de ciência e tecnologia do GFI Brasil e uma das professoras da disciplina, Dra. Katherine de Matos, a disciplina ofertada pela UFPR contribuirá com a formação de profissionais capazes de responder aos grandes desafios da atualidade. “Além de alimentar uma população que deve chegar a quase 10 bilhões de pessoas até 2050, temos que aprender a produzir alimentos com menos impacto ambiental e danos à saúde humana. Nesse sentido, o curso de Zootecnia Celular apresentará para os alunos uma série de conhecimentos relevantes no processo de inovação da produção de alimentos, com foco na carne cultivada.”, comenta a consultora.
O que chega ao prato não muda, é carne mesmo. A diferença está no processo de obtenção do alimento final. Do jeito tradicional, a produção é feita através da criação, reprodução e abate dos animais. Já a carne cultivada é produzida por meio de uma amostra inicial de célula animal, que depois é inserida em um biorreator, semelhante aos de produção de cerveja, onde são alimentadas com uma mistura de ingredientes que permite que as células cresçam e ganhem estrutura.
Segundo previsões da consultoria AT Kearney, até 2040, 35% do mercado global de carne será abastecido por carne cultivada. Essa nova área está em franca expansão e cultivar células será um conhecimento valioso na produção de alimentos em um futuro próximo. O mercado de trabalho vai precisar de profissionais qualificados. “Estamos construindo a possibilidade de participação dos profissionais tradicionalmente envolvidos com a produção de carne nesta nova cadeia. O que era percebido como risco de perda de oportunidades de emprego passa a ser percebido como mais uma atribuição profissional”, diz a doutora Carla Molento, professora responsável pela criação da disciplina na UFPR.
As mudanças do mercado estão trazendo novas demandas na indústria da carne e com elas vem grandes oportunidades para os precursores deste processo. A zootecnia celular vem para fazer a ponte entre os novos profissionais e o futuro da alimentação.
SERVIÇO
Disciplina de Introdução à Zootecnia Celular
Inscrições: de 6 a 17 de julho de 2020
Aulas: 28/07, 30/07, 11/08 e 13/08, das 8h30 às 12h30.
Modalidade: à distância
Carga Horária: 15h
Idioma: Inglês
Tire suas dúvidas: ppgcv.ufpr@gmail.com
Clique aqui e inscreva-se!
Dando continuidade à série de webinars “Proteínas alternativas: ciência e tecnologia”, o The Good Food Institute promove no próximo dia 8 de julho, às 14h (horário de Brasília), o terceiro seminário online com o tema “Novos ingredientes para o mercado plant-based”. Na oportunidade, as pesquisadoras da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) Dra. Caroline Mellinger e Dra. Ana Paula Dionísio apresentarão os ingredientes que podem ser utilizados pela indústria na produção de alimentos de base vegetal. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas aqui.
As pesquisadoras convidadas foram contempladas com recursos do programa de incentivo à pesquisa do GFI para desenvolverem pesquisas relacionadas à obtenção de carnes vegetais que utilizarão em sua composição ingredientes derivados do caju e do feijão. A partir dessa experiência, trazem para o seminário outras possibilidades de proteínas ainda pouco exploradas pela agroindústria brasileira, tais como grão-de-bico, lentilha, entre outras.
O objetivo do GFI é contribuir na criação de um sistema alimentar mais saudável, sustentável e seguro, tendo como base o investimento em ciência, tecnologia e inovação para ampliar a oferta de alimentos que sejam tão nutritivos e saborosos quanto os de origem animal. Nesse sentido, a série de webinars é uma oportunidade para pesquisadores, acadêmicos e empresários se atualizarem sobre temas relevantes do setor de proteínas alternativas.
Nos seminários anteriores foram apresentadas duas tecnologias inovadoras para o setor, a de fermentação, com o diretor de Ciência e Tecnologia do GFI, David Welch, e de texturização de proteínas vegetais (shear cell technology), com a fundadora da Rival Foods, Birgit Dekkers, e com a pesquisadora Patrícia Duque Estrada.
Entre os dias 27 e 28 de julho será realizada a 9ª edição do FoodTech Movement, uma iniciativa da Builders Construtoria, com apoio do The Good Food Institute. Pela primeira vez em ambiente virtual, o público terá acesso a conferências para discutir inovação, tecnologia e o futuro da cadeia agroalimentar, showcase de novos produtos e serviços criados por startups; além de momentos para trocar experiências com outros participantes e experts globais. As inscrições podem ser feitas no site do movimento.
Serão 4 ambientes divididos entre Lobby, Main Stage, Networking Lounge e um Showcase de AgFoodtechs. Os participantes poderão aproveitar o conteúdo no auditório principal, fazer novas conexões com outros participantes e keynote speakers no Lounge e conhecer as mais inovadoras startups do AgFood System no Showcase, aberto para reuniões a todos os presentes.
Especialistas da China, Israel, Brasil, Dinamarca e EUA vão orientar empresas, startups, investidores e entusiastas com informações e tecnologia de ponta necessárias para a evolução do segmento de F&B (food and beverages), proporcionando um ambiente propício para inovação e negócios.
Programação
Dia 01 – 27/07/2020
Main Stage – Auditório
9h: Boas vindas / Inicio Showcase
09h05 às 09h45: Mudamos ou aceleramos? O que está realmente acontecendo no nosso AgFood system
10h às 10h45: Substitutos de carne, como está esse mercado agora e o que esperar no futuro?
11h às 11h45: China, o que esperar deste gigante em termos de AgFood Innovation? De Foodtechs a Food Safety, um olhar para o fantástico mercado asiático.
13h: Abertura – Período da Tarde
13h05 às 13h45: Como o agronegócio está lidando com essas mudanças? Tecnologia e novas formas de produzir alimentos de forma inteligente
14h às 14h45: Os desafios da cadeia de suprimentos em Food. Um olhar para possíveis próximas crises.
15h00 às 15h45: Por que agora é a melhor hora para investir em Foodtechs?
Dia 02 – 28/07/2020
Main Stage – Auditório
9h: Abertura
09h05 às 09h45: Ecossistemas, de The New Black a Game Changer. A importância de fazer parte de algo maior e mais inteligente;
10h às 10h45: Transformação digital no varejo e inteligência artificial: fórmula chave do sucesso para atrair, reter e criar diferença com os novos consumidores;
11h às 11h45: Como está se saindo o delivery em países em desenvolvimento? Números, perspectivas e a realidade dos países da América Latina vs EUA e Europa.
O The Good Food Institute, em parceria com o FoodTech Hub Brasil e a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), realizam no próximo dia 7 de julho, das 16h30 às 17h30 o webinar internacional “O Futuro da Carne Cultivada: Desafios e Oportunidades no Brasil”. O evento é online, em português, e contará com a participação das startups Memphis Meat e Just.
A carne cultivada é uma nova frente tecnológica que utiliza técnicas de reprodução de tecidos para obtenção de carne com a mesma estrutura molecular do produto convencional. Deve chegar no mercado em até 3 anos, e será uma frente com enorme potencial no setor de proteínas alternativas. Apesar dessa inovação já estar bem mais desenvolvida em outros países, já existindo startups com investimento pós Séries A garantidos, o Brasil tem as condições necessárias para começar a investir no setor.
A carne cultivada é uma nova frente tecnológica que utiliza técnicas de reprodução de tecidos para obtenção de carne com a mesma estrutura molecular do produto convencional. Deve chgar no mercado em até 3 anos, e será ma frente com enorme potencial no setor de proteínas alternativas. Apesar dessa inovação já estar bem mais desenvolvida em outros países, já existindo Por isso, o objetivo do evento é ampliar o conhecimento do público brasileiro sobre o tema e inspirar novos empreendedores a também pensarem sobre essa oportunidade de negócio a partir das experiências das startups convidadas e do conhecimento técnico dos realizadores.
Conheça as Startups
A Memphis Meat está baseada em San Leandro, CA, USA e foi fundada em 2015 pelos empreendedores Uma Valeti, Nicholas Genovese e Will Clem, e já recebeu aportes de USD 22 MM (Series A) e no início de 2020 recebeu mais USD 186 MM (Serie B), totalizando mais de USD 200 MM de investimentos. Produzem carne cultivada tais como: carne de vaca, frango e pato.
A Just está baseada em São Francisco, CA, USA, e foi fundada em 2011 pelos empreendedores Josh Tetrick e Josh Balk e já recebeu aportes de USD 372 MM (Series E), produzem diversos produtos de frango de proteína vegetal.
Confira a Programação:
O The Good Food Institute acaba de lançar o primeiro relatório a analisar a Indústria de Proteínas Alternativas no Brasil (IPA) segmento que produz alternativas vegetais para carnes, ovos, leite e carne cultivada a partir de células. O documento apresenta um panorama atualizado e mapeia os desafios e as oportunidades ainda não exploradas por toda a cadeia produtiva que podem levar o país a se tornar o líder global do setor. O relatório analisa, ainda, o comportamento do consumidor, apresenta os principais atores em atividade em empresas, no varejo e em restaurantes e o cenário de investimentos.
Para o diretor executivo do GFI Brasil, Gustavo Guadagnini, o setor de proteínas alternativas é um dos mais importantes para o futuro do planeta e o Brasil tem condições de liderar este processo. “A nossa capacidade de criar formas de fazer comida vai determinar se conseguiremos ou não alimentar uma população que chegará a 9.5 bilhões de pessoas em 2050. Nesse cenário, o Brasil pode assumir uma posição de liderança global, pois temos tudo o que é necessário para o bom desenvolvimento do setor: um agronegócio forte, estrutura logística para distribuição global de produtos, clima favorável à produção e um enorme capital intelectual ligado à produção de alimentos.”, afirmou Guadagnini.
Entre as maiores oportunidades para o desenvolvimento do setor, o relatório destaca: 1 – aprimoramento dos produtos vegetais existentes; 2 – diversificação das fontes de proteínas para esses produtos, com matérias-primas nacionais; 3 – suprimento da demanda por produtos sem análogos vegetais no mercado, como pescados, suínos e cortes in natura; 4 – utilização dos canais de exportação de alimentos já estabelecidos para exportar produtos vegetais nacionais a outros países; 5 – investimento na produção da carne cultivada à partir de célula animal; 6 – rentabilização do produtor rural por meio da agroindustrialização.
O The Good Food Institute recebeu a certificação máxima de transparência do GuideStar, considerado o maior banco de dados e informações sobre organizações sem fins lucrativos do mundo. O Selo Platinum foi concedido a um seleto grupo de organizações que demonstram abertamente informações sobre finanças, missão e impacto do trabalho desenvolvido. Das 2,8 milhões de organizações cadastradas, apenas 1% recebeu este selo.
O selo Platinum confirma o compromisso da organização em maximizar resultados utilizando recursos dos doadores e parceiros. “O GFI funciona através de filantropia, doações que possibilitam nosso trabalho. Por isso, somos extremamente criteriosos com nossas responsabilidades quanto a ética, transparência e bom uso dos recursos recebidos.”, ressalta o o diretor executivo do GFI Brasil, Gustavo Guadagnini.
Ao dar destaque às organizações transparentes e de alto impacto, o GuideStar/Candid mostra aos doadores e parceiros das organizações beneficiadas onde suas contribuições criam mudanças, por meio de uma avaliação criteriosa que leva em conta dados, metas e relatórios. “Nós somos transparentes exatamente para que não haja dúvida quanto à idoneidade e governança do nosso trabalho, incluindo todas as informações confidenciais às quais temos acesso.”, complementou o diretor executivo.
Em 2019, o GuideStar se fundiu com o Foundation Center, para formar uma nova organização chamada Candid. No mesmo ano, quase 13 milhões de pessoas visitaram o site do GuideStar e mais de 200 sites de instituições com ações beneficentes compartilharam os dados do banco, incluindo Amazon Smile, Facebook e Network for Good.
O lançamento do novo Guia para Startups do The Good Food Institute promete mostrar o “caminho das pedras” para empreendedores que querem alcançar o sucesso no mercado de proteínas alternativas. O material foi produzido pelo The Good Food Institute (GFI), instituição sem fins lucrativos que promove o desenvolvimento do mercado de proteínas alternativas, e adaptado para o Brasil em parceria com o Insper. O guia tem como objetivo disseminar conhecimento, ajudando a tornar a visão de empreendedores em realidade e contribuindo para o avanço de toda a indústria.
“O GFI acredita que o sucesso do setor está na inovação. Queremos universalizar o acesso à informação de ponta através deste manual, mostrando os passos para criar uma empresa no setor, que pode ser útil tanto para quem quer começar como para quem tem desafios em atividades específicas, como se preparar para levantar capital. Ele foi produzido com contribuição de especialistas renomados e conta com o apoio e participação do Insper no Brasil”, observa Felipe Krelling, coordenador de Inovação do GFI no Brasil.
“Como o Brasil possui complexidades bastante únicas, o Insper aportou seu conhecimento e experiência em modelos de negócio, operações e inovação para adaptar os fundamentos do manual à realidade da indústria brasileira”, afirma Vinícius Picanço, professor de operações e sustentabilidade do Insper. “O objetivo é agregar valor imediato às ações de empreendedores que atuam no promissor mercado de proteínas alternativas.”
Mercado promissor
A enorme capacidade de produção de alimentos do Brasil tornou o país conhecido como celeiro do mundo. Porém, nos últimos tempos, é outro tipo de abundância que tem atraído o olhar de fora para o nosso mercado de alimentos: a inovação. Internacionalmente, existe uma demanda grande por novas fontes de proteína e o Brasil tem o potencial para assumir o protagonismo na alimentação do futuro. Essa nova tendência acelerou o desenvolvimento do setor de proteínas alternativas nos últimos anos.
De acordo com o GFI, os primeiros empreendedores neste mercado enfrentaram diversos desafios para ter acesso à informação de qualidade, análises e boas referências. Por isso, o material está sendo oferecido gratuitamente e compartilha experiências de players internacionais, cases de sucesso, pesquisas relevantes e dicas de quem já se estabeleceu no mercado. Todas as informações são adaptadas para a realidade brasileira, o que torna essa ferramenta extremamente relevante para empreender na indústria de proteínas alternativas no Brasil.
“Abordamos os principais pontos do começo ao fim da jornada, desde tirar a ideia do papel, passando por promover um produto, colocá-lo em pontos de venda até o crescimento exponencial da empresa. Além de um panorama geral do processo, incluímos também diversas referências para materiais adicionais. Dessa forma, os empreendedores podem pesquisar e se aprofundar nos pontos mais relevantes para o momento atual da empresa”, acrescenta Felipe Krelling. Inédito no mercado brasileiro, o guia já conta com versões adaptadas em circulação nos EUA, Hong Kong e Singapura. “O manual tem se tornado uma referência tanto para empreendedores quanto para empresas estabelecidas que querem inovar e criar produtos, serviços, modelos de negócio e tecnologias no setor de alimentos”, diz Vinícius Picanço. Segundo ele, investidores também podem utilizá-lo para conhecer mais a fundo as potencialidades do setor e criar sua tese de investimento ou para intensificar processos em andamento.