Startup de ingredientes ‘100% animal-free’ anuncia investimento em seu complexo de Cotia/SP

Nova fábrica contará com tecnologia inédita na América do Sul para atender ao mercado de Carnes Vegetais ‘Meatless Meat’

Empresa criada há 11 anos em Campinas/SP e hoje com operações em Vinhedo/SP, Cotia/SP e em Navegantes/SC informa que está investindo na criação de nova fábrica em Cotia dedicada ao fornecimento de soluções de alta tecnologia e “clean label” para o mercado de carnes vegetais ‘Meatless Meat’ através de tecnologia inovadora. Novos ingredientes começarão a ser fornecidos ao mercado industrial e ‘food service’ durante o primeiro trimestre de 2020.

Segundo o diretor de estratégia e novos negócios na R & S BLUMOS, Fernando Santana, “trata-se do maior investimento da história da empresa e marcaremos uma nova fase no desenvolvimento do setor no Brasil e na América do Sul”, sem divulgar o valor do investimento no projeto.

Detentora de um portifolio de ingredientes 100% ‘plant based’ e há anos reputada no desenvolvimento de ingredientes e conceitos inovadores parao mercado de alimentação saudável a nova fábrica em Cotia/SP abrigará o que há de mais inovador para texturização de proteínas alternativas em sintonia com as mudanças de perfil dos consumidores, amplamente observada em vários setores e que agora parece ter colocado o tema “alimentação” no centro de suas atenções. A nova linha de ingredientes texturizados ampliará a presença da empresa no segmento que mais cresce atualmente na indústria de alimentos e bebidas, onde ela já conta com o fornecimento de texturizados secos de proteína de ervilha, ligantes naturais, fibras e amidos.

A tecnologia inovadora e limpa escolhida pela empresa é a extrusão úmida de proteínas que permitirá o fornecimento de carne fresca de plantas e criação de texturas e estruturas até então impossíveis, como carnes vegetais que imitam cortes de frango, porco e peixes. Para isso a R & S BLUMOS formou aliança estratégica com o grupo Wenger, líder global em processos de extrusão e criador da tecnologia ‘HMMA’ (High Moisture Meat Analogue).

Segundo Rafael Alvarenga, gerente de aplicações na Wenger, sediada no Estado americano do Kansas, a nova fase de expansão da R & S BLUMOS representa “um marco sem precedente para o avanço da tecnologia ‘HMMA’ no mercado sul-americano. A R & S BLUMOS tem um propósito muito claro na área de ingredientes e soluções ‘clean’ à base de plantas. O processo vem a agregar muito no portifolio e potencial de inovação da empresa para com os seus clientes.”

Parceiro da R & S BLUMOS desde o início das iniciativas da empresa no segmento de ‘Meatless Meat’, o The Good Food Institute também avalia o investimento da empresa como um marco e segundo seu diretor geral no Brasil, Gustavo Guadagnini, “para que a indústria de alimentos possa se transformar e crescer de forma disruptiva é preciso que haja disponibilidade de ingredientes de alta qualidade e processos inovadores. O primeiro passo de uma transformação na cadeia de produção de alimentos é exatamente esse que empresas como a R & S BLUMOS estão fazendo: o investimento em ingredientes mais sofisticados, sustentáveis e saudáveis, que permitem novas aplicações e produtos que antes não seriam possíveis, transformando os hábitos alimentares dos consumidores.”

Além da aliança com o parceiro de tecnologia, os acordos envolvendo ingredientes foram fundamentais para garantir o abastecimento sem rupturas dos sistemas que serão produzidos na unidade de Cotia/SP e para isso a empresa fortaleceu parcerias com produtores reputados de matérias-primas críticas. Uma delas é a empresa belga COSUCRA, ator relevante no fornecimento de ingredientes a base de ervilha e chicória e parceiro histórico da R & S BLUMOS em proteínas isoladas de ervilha, fibras e amidos especiais. Anthony Claeyssens, Gerente de Negócios na empresa reforça que a “COSUCRA valoriza a resiliência e comprometimento da R & S BLUMOS no desenvolvimento de soluções para o mercado de alimentação saudável e consciente e sua capacidade de combinar fortes conexões no mundo industrial tradicional com sua crença e investimentos permanentes junto a marcas e startups emergentes e disruptivas.” Ainda segundo Fernando Santana, através de seu conselho científico e com apoio de centros de pesquisa independentes e universidades, a empresa também está investindo na concentração de outras fontes proteicas vegetais, como leguminosas e cereais, para ampliação da oferta de ingredientes e novos usos e combinações na tecnologia de extrusão úmida.

A Beyond Meat se Torna Pública e Arrecada US $241 Milhões

É oficial: a empresa Beyond Meat se tornou pública. (Eles até tocaram o sino de abertura da Nasdaq!)

A fabricante de carnes plant-based ofereceu 9,625 milhões de ações a US $25 cada, levantando cerca de US $241 milhões com um valor de mercado de US $1,49 bilhão. Os subscritores principais foram o Goldman Sachs, a JPMorgan Chase e o Credit Suisse.

Sigla (BYND)

O diretor executivo do GFI, Bruce Friedrich, observou: “A medida pode abrir caminho para outros fabricantes de carne plant-based que estarão assistindo”. A Beyond Meat é a primeira empresa de carnes plant-based a se tornar pública em um setor onde as estratégias de saída são geralmente fusões ou aquisições.

A Beyond Meat abriu o capital e valorizou suas ações dois dias antes do início das negociações, uma indicação de alto interesse dos investidores.

A influência da mídia em torno da Oferta Pública Inicial (IPO | Initial Public Offering) se concentrou no rápido crescimento da receita da Beyond Meat e na sua redução de perdas. Entre 2017 e 2018, a Beyond Meat mais que dobrou sua receita de US $ 32,6 para US $87,9 milhões, enquanto reduziu suas perdas de US $30,4 para US $29,9 milhões.

Embora a Beyond Meat ainda não seja lucrativa, o pesquisador David Trainer observa na Forbes que, “com 20%, suas margens brutas já ultrapassaram a Tyson Foods (TSN), a maior produtora de carne dos EUA”.

Eric Volkman, do The Motley Fool (empresa americana de serviços financeiros multimídia), ressalta que as vendas internacionais da Beyond Meat estão “crescendo em ritmo acelerado”, aumentando de 1% para 7% da receita de 2017 para 2018. E essas vendas internacionais parecem preparadas para continuar crescendo. Há poucos dias, a Beyond Meat divulgou a notícia de que 3.000 mercados canadenses começarão a vender os produtos da Beyond em maio deste ano.

Nos EUA, o Beyond Meat agora esta presente nos menus da Carl’s Jr e do Del Taco. Por meio do prospecto da Beyond Meat, há muitos novos produtos da empresa na fila de produção e planos de lançamento anuais. Os novos fundos garantidos pelo IPO permitirão que a Beyond Meat aumente a oferta e ajude a atender à demanda insaciável dos consumidores por carne plant-based.

Mercado Extremamente Faminto

A demanda não parece que irá diminuir tão cedo. O Burger King anunciou recentemente a próxima adição do Impossible Whopper a suas mais de 7.000 sedes nos EUA e, quase simultaneamente, o McDonald’s da Alemanha optou por lançar o Incredible Burger da Nestlé em todo o país. O entusiasmo do consumidor por opções plant-based está apenas ganhando força.

E os investidores estão alimentando o desenvolvimento de uma gama ainda mais ampla de opções livres de animais: a Clara Foods, empresa produtora de proteínas de ovos sem frangos, fechou uma rodada de financiamento da série B há uma semana, enquanto a Shiok Meats, empresa de carne produzida a partir de células, da Cingapura, garantiu US $4,6 milhões no financiamento inicial na semana passada.

Em uma declaração sobre o IPO da Beyond Meat, Bruce apontou: “Os investidores reconhecem que isso não é um nicho, e sim uma tendência dominante e uma enorme oportunidade de negócio”.

Pois é! Consumidores e investidores estão famintos por alternativas à agricultura animal convencional. E agora que a Beyond Meat é pública, os consumidores também são investidores.

Imagem de cabeçalho via twitter de Deena Shanker.


Autoria: Mary Allen
Tradução: Fernanda Onça

Novo hambúrguer vegetal que se parece com carne é lançado no Brasil

Todo mundo já sabe que o mercado de alimentos com base vegetal só cresce, tanto no mundo quanto no Brasil. Agora, mais uma novidade vai chegar aos supermercados com o intuito de conquistar até o mais carnívoro dos consumidores. É o Futuro Burger, hambúrguer vegetal de alta tecnologia que foi lançado hoje. Esse produto veio para revolucionar a percepção que os brasileiros têm das carnes vegetais ao oferecer uma solução que realmente se parece com a carne, tanto na textura, quanto no aroma, sabor e aparência.

O mais próximo da carne já visto no Brasil

Feito de ervilha, soja e grão de bico, chegará aos mercados com preço sugerido em torno de R$16.99 por duas unidades, valor super competitivo se compararmos com os burgers de melhor qualidade que já são vendidos hoje em dia. A Fazenda Futuro vem com grande capacidade produtiva e pretende ter seu produto distribuído em redes como Pão de Açúcar (SP e RJ), St. Marche (SP e RJ), Zona Sul (RJ) e La Fruteria (RJ) ainda em maio.

O The Good Food Institute esteve envolvido nesse projeto desde sua concepção, oferecendo suporte para o empreendedor a frente da iniciativa. Estamos orgulhosos e contentes em ver os incríveis resultados que essa empresa conseguiu obter em seu produto!

Não deixe de comentar quando experimentar o Futuro Burger!

Esse tipo de alimento já está fazendo muito sucesso em outros países. Empresas como a Impossible Foods e a Beyond Meat tem oferecido produtos na mesma categoria e não param de crescer, chegando até a superar as vendas de seus análogos feitos de carne animal. Os consumidores estão escolhendo esse tipo de alimento não só porque o sabor é delicioso, mas também pela eficiência e características de sua produção. E não menos importante, mas um produto como esse gera uma quantidade mínima de impactos ambientais quando comparado com os produtos derivados de animais.

Isso mesmo! De acordo com a Beyond, cada vez que alguém escolhe consumir esse substituto vegetal, a pessoa utiliza 99% menos gases de efeito estufa e utiliza 93% menos a quantidade de terras do que um hambúrguer convencional. É o tipo de solução que simplesmente faz sentido: economiza recursos naturais, evita consumo de colesterol e ainda é delicioso!

Marcos Leta, CEO da Fazenda do Futuro

Se você está interessado em saber mais sobre o mercado de produtos com origem vegetal ou carne limpa no brasil, aproveita para conferir nosso relatório sobre esse tema.

Mantiqueira lança alternativa plant-based aos ovos

Com GFI, maior produtora de ovos da América do Sul lança ovo vegetal:

N Ovo

O produto recebeu o nome de ‘N.OVO’ e é capaz de substituir os ovos em diversas receitas como tortas, bolos, salgados e outras massas. Por ser um alimento à base de ervilha, atende ao público vegetariano e também aos alérgicos, além de ser uma opção para quem quer reduzir o consumo de colesterol.

O The Good Food Institute participou deste projeto desde os seus estágios iniciais, sempre com a missão de expandir a oferta de produtos com base vegetal e acredita que esse lançamento numa empresa de alimentos tradicional mostra que o mercado de produtos plant based só tende a crescer nos próximos anos. O Grupo Mantiqueira é um dos maiores especialistas no mercado de ovos, por isso é também quem mais pode causar impacto com um produto como esse.

Esse lançamento também serve de exemplo para que outras empresas de proteínas convencionais vejam a oportunidade de fazer parte dessa revolução na indústria de alimentos. O mercado Plant Based é uma oportunidade para todos e qualquer produto novo é um passo certo numa direção de mais sustentabilidade, saúde e ética. O Grupo Mantiqueira agora pode ser considerado o pioneiro dessas tecnologias na América Latina, sendo a primeira grande empresa a oferecer substitutos vegetais para ovos.

Saiba Como Vender Mais Produtos Plant-Based com a Influenciadora Toni Okamoto

Fundadora do site “Plant-Based on a Budget” (Plant-Based Dentro do Orçamento, em tradução livre), co-apresentadora do “Plant-Powered People Podcast” (Podcast sobre “Pessoas Alimentadas por Plantas”, também em tradução livre), e autora de livros de receitas, Toni Okamoto está em uma missão para mostrar como “pode ser acessível, fácil e delicioso aderir a uma dieta plant-based”.

Isso é música para os ouvidos do nosso time do GFI, uma vez que – repetimos isso de quando em quando – preço, sabor e conveniência são os principais fatores que influenciam a escolha do consumidor. Quando se trata de impulsionar uma mudança, Toni sabe o que fazer.

Desde o lançamento do blog popular “Plant-Based on a Budget” em 2012, Toni colaborou com a Daiya, Morningstar, Sprouts e com a ADM para criar receitas plant-based a preços acessíveis. Ela é pioneira em alavancar a influência da mídia social para ajudar as empresas de alimentos plant-based a aceleraram o processo de alcance de seus consumidores.

Obviamente, queremos saber tudo o que ela sabe! A Toni compartilhou abaixo algumas dicas para marcas e varejistas que desejam aproveitar o crescente mercado de produtos plant-based.

Quais são as solicitações ou perguntas mais comuns que você ouve dos leitores (e consumidores) no “Plant-Based on a Budget”?

As pessoas querem saber como podem comer alimentos plant-based sem precisar fazer compras em diferentes mercados, ou quanto elas irão gastar. Elas querem que seja conveniente e que a mudança em suas vidas seja mínima. Uma pesquisa que eu fiz descobriu que a maioria do meu público recebe seus alimentos do Walmart, então o pensamento de ir a uma loja de alimentos naturais de alta qualidade é totalmente estranho para elas.

A boa notícia é que o Walmart tem milhares de ótimas opções plant-based, e geralmente é mais barato do que em outros lugares (abacates por cinquenta centavos, alguém quer?). Eu recentemente fiz uma campanha promocional com a Silk que destacou o display da prateleira no meio da seção de laticínios no Walmart. Foi ótimo ver o leite vegetal sendo verdadeiramente competitivo.

Dito isso, vale a pena lembrar que há algumas lojas nos EUA que são mais orientadas para produtos naturais com ótimas seleções plant-based, como a Sprouts, que também é bastante acessível. Na verdade, no início deste ano, a Sprouts próxima a minha casa estava oferecendo abacates por 33 centavos cada. Como você pode imaginar, minha dieta passou rapidamente de plant-based para basicamente à base de abacate.

Como os fabricantes de produtos plant-based podem ajudar as pessoas a equilibrar saúde, custo e conveniência no planejamento das refeições?

Esses três componentes dão o equilíbrio! E, por mais importantes que sejam, o primordial para as pessoas ainda é o sabor. Se não for muito bom, pode ser o mais conveniente e saudável que você quiser, mas as pessoas não vão comprá-lo. Enquanto a maioria das carnes plant-based ainda é muito cara, algumas na realidade já são competitivas em termos de custo. Por exemplo, a Winco (concorrente do Walmart) vende o chouriço de soja da Reynaldo´s pelo mesmo preço (US$ 1,68) que os chouriços de carne bovina e suína, e fica localizado diretamente um ao lado do outro no supermercado. Agora, isso sim é plant-based dentro do orçamento!

Mas, fora as carnes plant-based, é sempre válido quando os fabricantes de produtos plant-based, como empresas de feijão e lentilha, oferecem receitas práticas que nos cative o olhar, como a cereja do bolo. Essas receitas são facilmente encontradas no meu próximo livro, Plant-based on a Budget e, é claro, gratuitamente no meu website também!

Como as marcas plant-based podem expandir para além do marketing exclusivo para veganos e vegetarianos?

A maioria dos produtos proteicos alternativos já são consumidos, principalmente, por não-veganos, e isso é ótimo! Se quisermos ajudar a reduzir o consumo de carne, essas empresas devem comercializar os produtos para pessoas que comem carne, não para veganos. Grandes maneiras de fazer isso incluem colocar os produtos no corredor de carnes, como o que a Beyond Meat está fazendo emsupermercados, e fazer parcerias com cadeias de fast-food para oferecer seus produtos pelo mesmo preço das outras opções, da mesma forma como a Beyond Meat se destacou ao firmar parceria com a Carl´s Jr, por exemplo.

Você tem algum conselho para os restaurantes que querem acrescentar opções plant-based em seus menus, mas não sabem como?

Faça-os carnudos, acessíveis e destacados. Não vou citar nomes, mas posso pesar em mais de um lugar que oferece hambúrgueres vegetarianos que não são os melhores embaixadores para uma alimentação plant-based. E mesmo que você goste do produto, pode ser difícil encontrá-lo no cardápio. Ou pode até não estar lá, e você precisará saber de alguma forma para fazer o pedido.

Para mais ofertas de alimentos integrais plant-based, torne as opções saborosas e se certifique de usar nomes atraentes. Então, em vez de um Burrito de arroz e feijão, por que não adicionar algumas fajitas, cominho e pimenta em pó, e chamá-lo de Burrito de Feijão Escaldante do Sul da Fronteira? É a mesma coisa, mas o último parece muito mais divertido de experimentar!

O que os supermercados poderiam fazer para tornar os produtos plant-based mais acessíveis aos seus clientes?

Primeiro eu pegaria as iguarias plant-based do setor de delicatessen e outras carnes plant-based frescas dos seus corredores (quem quer comprar carne no corredor de vegetais?) e as colocaria com o resto das carnes embaladas onde os consumidores de carne realmente as vejam.

Para congelados, eu também os incorporaria nos produtos convencionais de carnes congeladas, em vez de separá-los em uma seção designada apenas para vegetarianos. Em seguida, acrescentaria displays sobre o sabor desses produtos. A Lucky Supermarkets recentemente fez isso quando se juntou à Assoiação de Alimentos Plant-Based.

Apenas por diversão: qual é a sua maneira favorita de cortar custos?

Eu amo cupons de descontos! Você não iria querer ficar preso atrás de mim na fila do caixa. Mas se você visse o meu recibo e soubesse quantas dezenas de dólares eu economizo por viagem ao supermercado, você também não se importaria em segurar a fila, como eu não me importo.

Escrito por Mary Allen. Traduzido por Fernanda Onça.

McDonald’s, Nestlé, Unilever e Carl’s Jr. Querem Entrar no Mercado Plant- based

Todo mundo quer uma mordida do mercado plant-based

Em 2018, as vendas totais do varejo nos Estados Unidos de carnes plant-based aumentaram mais de 23%, ultrapassando US$ 760 milhões. Varejistas, restaurantes e produtores estão percebendo o apetite cada vez maior por opções plant-based.

A Carl’s Jr., uma das maiores cadeias americanas de restaurantes fast-food, firmou parceria com a Beyond Meat para oferecer o hambúrguer Beyond Famous Star em mais de 1.000 locais nos EUA. A versão plant-based do maior clássico da fast-food é feita com a maior e mais recente inovação da Beyond Meat – o Beyond Burger 2.0. Como a maior parceria de restaurantes da Beyond Meat nos EUA até hoje, a Carl’s Jr. é uma plataforma de referência por introduzir o Beyond Burger 2.0 no faminto mercado norte-americano.

Enquanto isso, a Nestlé anunciou planos de lançar sua versão de hambúrguer plant-based, chamada “Hambúruger Incrível” (Incredible Burger no original). A previsão é para meados de 2019 e sairá através da marca Garden Gourmet, que é sediada no Reino Unido. A Unilever adquiriu o The Vegetarian Butcher para aumentar seu portfólio plant-based. E para não ficar de fora da jogada, o McDonald’s agora oferece no Reino Unido opções plant-based do McLanche Feliz e de wrap. O McDonald’s também introduziu o hambúrguer plant-based McVegan na Finlândia e na Suécia, e um hambúrguer plant-based McAloo Tikki na sede da empresa em Chicago.

Marcas plant-based também estão se mexendo

Depois de apresentar aos consumidores o “Impossible Burger” em quase 5.000 restaurantes, a Impossible Foods planeja lançar sua marca de hambúrguer – versão 2.0 – em supermercados em 2019. A Beyond Meat está triplicando sua capacidade de produção para acompanhar a demanda, tendo superado os tradicionais hambúrgueres de carne bovina em alguns locais de varejo. Para servir a categoria de frutos do mar plant-based, a Good Catch lançará sua linha exclusiva de “atum vegetal” (junto com outros produtos de frutos do mar plant-based) em supermercados em 2019.

Mas isso é apenas o começo. Sem dúvidas, hambúrgueres vegetarianos já são itens básicos no corredor de congelados há décadas. Nos últimos anos, no entanto, as carnes plant-based – que têm gosto de carne bovina – surgiram como uma categoria própria. E estamos nos aproximando rapidamente de um momento de virada na revolução da carne plant-based.

De qualquer forma, todas as carnes começam como plantas

O que está impulsionando o novo entusiasmo sobre plant-based? As empresas estão percebendo que o mercado de carnes plant-based não é apenas para veganos ou vegetarianos: é, também, para carnistas e flexitarianos. E a novidade: esse é um mercado muito, muito grande. Somente os flexitarianos são responsáveis por cerca de um terço do mercado nos EUA. Esta próxima geração de alimentos plant-based está sendo projetada para carnistas, e não apenas para aqueles que já aderiram a uma dieta plant-based.

As empresas estão repensando o que é “carne” para fornecer aos carnistas a mesma experiência sensorial que eles conhecem e amam, mas que seja produzida de uma maneira melhor. Basicamente, a carne é uma combinação de aminoácidos, lipídios, minerais e água. Em vez de circular as plantas por animais para transformá-las em carne, por que não fazer carne diretamente das plantas? É exatamente isso que as empresas inovadoras estão fazendo agora – recriando cada componente da carne a partir de fontes vegetais. Essa constatação ampliou o conceito moderno de carne, que agora pode ser aplicado tanto para carne de origem animal quanto para carne de origem vegetal (plant-based).

Tradicionalmente, a maioria dos produtos plant-based é feita com proteínas de trigo ou soja – que são plantas cultivadas para outros fins ou subprodutos de indústrias existentes. No ano passado, no entanto, houve um aumento significativo no uso de proteína de ervilha. Outras fontes de proteínas vegetais, como tremoço, aveia, batata e arroz, também estão ganhando destaque e as oportunidades para mais inovações são abundantes.

O que isso significa para o mercado

Se as carnes plant-based mantiverem sua taxa de crescimento atual, as vendas de varejo chegarão a US$ 1 bilhão até o final de 2019. Com os indicadores que estamos vendo, acreditamos que a taxa de crescimento deve acelerar em 2019. Mais e mais empresas de Bens de Consumo Embalados (CPG, na sigla em inglês) – incluindo os principais playres – estão demonstrando interesse em lançar produtos de carne plant-based ou investir em empresas de carne plant-based.

Até mesmo muitas empresas do setor de carne estão entrando no mercado de carnes plant-based, algumas renomeando a marca para “empresas de proteínas”. A Tyson Foods, maior produtora de carne dos Estados Unidos, investiu duas vezes na Beyond Meat. A maior produtora de carne do Canadá, a Maple Leaf Foods, comprou a Lightlife e a Field Roast, que agora estão alocadas sob sua nova empresa plant-based, a holding Greenleaf.

Acompanhando o impulso no crescimento plant-based

Entre 2017 e 2018, houve um aumento de 30% de aumento no número de acordos para investimentos em alimentos plant-based. E muitas startups plant-based inovadoras chegarão ao mercado no próximo ano.

Varejistas experientes também estão mudando a forma de comercializar carnes plant-based, colocando-as ao lado da carne convencional em vez de em uma “seção vegetariana” separada, abrindo assim a categoria para muitos outros compradores. As vendas de leites vegetais decolaram depois que os varejistas começaram a armazená-los na seção refrigerada ao lado do leite de vaca, expandindo, assim, o produto a um novo grupo de consumidores. O leite vegetal representa agora 13% do mercado total de leite e categoria ainda está crescendo. A carne plant-based está preparada para seguir uma trajetória similar.

Em suma, as proteínas plant-based são macrotendências

Atualmente, a carne plant-based representa pouco menos de 1% do mercado total de carne de varejo nos EUA e quase certamente alcançará 1% de participação de mercado em 2019. A oportunidade do dólar de atingir paridade de mercado com a do leite vegetal no varejo vale mais que US4 10 bilhões. Como declarou o ex-CEO da Pinnacle, Robert Gamgort, “as carnes plant-based estão nos estágios iniciais de uma macrotendência, semelhante à maneira como os leites vegetais mudaram a categoria dos laticínios”. Antecipando a rápida aceleração do consumo de proteína plant-based, a Lux Research prevê que as proteínas alternativas crescerão para quase um terço do mercado de proteínas nos Estados Unidos até 2054.

Mas será muito mais do que um terço antes do GFI acabar.

Escrito por Caroline Bushnell.

Traduzido por Fernanda Onça. 

Revisado por Bruna Scorsatto.

Top 10 Momentos para um Mercado de Alimentos Melhor de 2018

Graças a vocês, nossos leais apoiadores, 2018 foi incrível! Ao fechar o ano fizemos uma retrospectiva dos 10 melhores momentos durante esses 12 meses. Vocês impulsionaram o futuro de uma indústria de alimentos melhor por meio das suas parcerias, e não poderíamos ser mais gratos por isso.

Nós saboreamos esses momentos de 2018 quando…

  1. A Equipe Internacional lançou o GFI-Ásia-Pacífico e o GFI-Israel! O GFI tem a honra de ser um dos membros fundadores da Aliança de Alimentos Plant-Based da China. Com funcionários agora no Brasil, Índia, Ásia-Pacífico e Israel, o GFI está espalhando boa comida pelo mundo todo.

 

Diretora Geral da GFI-Ásia-Pacífico, Elaine Siu, no Fórum da Alimentação do Futuro 2018 em Pequim.

 

  1. As equipes de Políticas e SciTech do GFI testemunharam no Hill, jornal político norte-americano publicado em Washington, (diversas vezes). O GFI tem o único lobista do mundo focado em tempo integral em proteínas limpas e plant-based, e ele é apoiado por toda a nossa equipe de políticas. À medida que o debate sobre como a carne desenvolvida a partir de células deve ser regulamentada no desenrolar deste ano, o GFI conversou com o Congresso, com a FDA (Food and Drug Administration), e com a USDA, Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, sobre como o governo pode ajudar a inovação alimentar a se enraizar nos Estados Unidos.

 

  1. A Dra. Sylvia Earle fez gesto de comemoração sobre os frutos do mar limpos. Segura coração! A Dra. Earle é uma lendária oceanógrafa, exploradora residente da National Geographic, e presidente e chairman da Mission Blue. Ela se juntou à cientista sênior do GFI, Dra. Liz Specht, no palco da Conferência The Good Food para apresentar um Documento de Ação de Oportunidades do Oceano do GFI e lançar a nossa Iniciativa de Frutos do Mar Sustentáveis.

 

Dra. Earle acredita que “nós realmente deveríamos aderir” à clean meat dos frutos do mar.

 

  1. A Equipe de Inovação do GFI deu os últimos retoques no Startup Manual Guide do The Good Food Institute e o compartilhou com o mundo. Este extenso guia passo-a-passo para iniciar uma empresa de carne limpa ou plant-based está repleto de ideias de empresários de sucesso do setor de alimentos. E se você quiser mergulhar ainda mais a fundo, encontrará muitos recursos adicionais cuidadosamente selecionados.

 

  1. Nós provamos o futuro da alimentação na Conferência The Good Food! Este evento reuniu pioneiros da indústria de alimentos, especialistas em políticas, empresários e cientistas de todo o mundo, esgotando os ingressos seis semanas antes com 500 participantes e mais de 4.400 espectadores do livestream. Graças à generosidade dos nossos patrocinadores – incluindo os patrocinadores do almoço, Impossible Foods e Beyond Meat, e o patrocinador Gold, MorningStar Farms – as refeições superaram o nome da conferência.

O futuro está servido.

 

  1. A cientista sênior do GFI, Dra. Liz Specht, divulgou uma reportagem de capa para a Food Technology! Esta revista é afiliada ao Instituto de Tecnólogos Alimentares. No momento em que atrair talentos científicos para o espaço da boa comida é essencial, o artigo da Dra. Liz, “O futuro da carne está livre de animais?”, conquistou os leitores da maior sociedade profissional de ciência alimentar do mundo. Isto é apenas uma amostra de todas publicações de acesso aberto do GFI lançadas ano passado!

 

  1. A Equipe de Engajamento Corporativo do GFI calculou que as vendas de carne plant-based aumentaram 23% do varejo no ano passado nos EUA! Esta é apenas uma das muitas perspectivas do segundo lançamento anual do GFI dos dados da Nielsen para alimentos plant-based. Essas perspectivas ganharam ampla cobertura, inclusive na AFP (Agence France-Presse – agência de notícias francesa), The Washington PostFast Company, com o título: “As pessoas realmente estão interessadas em carnes plant-based nos dias de hoje.” Sim! Bastante.

 

 

  1. O GFI-Bras width=”163″ height=”136″il descobriu um mercado de quase 60 milhões de brasileiros que estão escolhendo alimentos plant-based. O GFI fez uma parceria com uma empresa internacional de pesquisa de consumidores para realizar uma pesquisa sobre as atitudes dos consumidores em relação a alimentos plant-based no Brasil. Claramente, esta é a hora para um churrasco brasileiro plant-based.

 

  1. A próxima geração de inovadores da boa comida reuniu-se na Kellogg School of Management para o nosso evento: Repensando sobre as Carnes! Com palestrantes da Memphis Meats, Kraft Heinz e Tyson (“Não queremos ser rompidos. Queremos fazer parte da disrupção”), essa foi uma das muitas iniciativas de campus de alto impacto do GFI projetada para inspirar cientistas e empresários em escolas por todos os EUA.

 

  1. O diretor executivo e co-fundador do GFI, Bruce Friedrich, obteve a última palavra no New York Times sobre nosso processo contra a lei de rotulagem inconstitucional de Missouri. Como Bruce colocou, “eles estão ameaçando colocar pessoas na cadeia por chamarem hambúrgueres vegetarianos de ‘hambúrgueres vegetarianos’”. Isto é Orwelliano. O GFI fez uma parceria com a Tofurky, com a ACLU (União Americana pelas Liberdades Civis) de Missouri, e com a Liga de Defesa Animal para interceptar a lei no tribunal. Estamos trabalhando para obter a última palavra por lá também. Manteremos você informado!

 

Com o seu apoio, 2019 será um ano de novos avanços no aproveitamento do poder da inovação de alimentos e de mercados para criar um sistema alimentar sustentável, saudável e justo.

 

Escrito por Mary Allen. Traduzido por Fernanda Onça.

Resultado do sorteio do curso da Food Academy

Na última terça feira (4 de dezembro), o GFI abriu as inscrições para empresas e empreendedores plant-based e de clean meat para concorrerem um curso da Food Academy através de um sorteio. Foram 69 inscritos em todo o Brasil, e nós já sabemos quem venceu!

Todo curso é voltado para novas áreas transformadoras da indústria de alimentos, fazendo com que empresas plant-based e de clean meat tenham seu lugar especial visto que elas possuem um dos maiores potenciais para revolucionar tal indústria. O curso vai focar em áreas chave para tais áreas, como plano de negócios e de marketing, estratégias de marketing nutricional, estudo de viabilidade financeira do projeto, revisão do propósito da marca e mais!

Para quebrar o suspense: a vencedora do sorteio foi a Rosana da empresa Da Rô Produtos Veganos  que fica em Florianópolis (acesse o Instagram da empresa aqui).  A empresa vende proteínas alternativas às de origem animal, como hambúrgueres, almôndegas e falafel, tendo também um ponto a mais para quem busca produtos sem conservantes!

Lembrando que todas as empresas e empreendedores que quiserem continuar se cadastrando na rede de contatos do GFI, o link ainda está aberto aqui. Usaremos os dados para oferecer suporte especial caso exista a possibilidade num futuro próximo, como criar contatos e oferecer outras oportunidades.

Gravamos o sorteio aqui, onde o Gustavo Guadagnini, diretor do GFI no Brasil, realizou o sorteio ao vivo!

Sorteio de curso para inovação na indústria de alimentos da Food Academy

Você quer entrar em um mercado inovador da indústria de alimentos e está buscando experiência? Ou você já empreende e busca mais conhecimento devido à constante mudança o setor de alimentos? Se sim, saiba que o GFI está sorteando um curso online chamado Food Academy para empreendedores e empresas plant-based, contendo vídeo aulas, fóruns e até lives quinzenais para dúvidas e conversas para os participantes.

Estar cada vez mais antenado nas mudanças do universo de alimentos é crucial para adaptar, inovar e crescer uma marca, e tais cursos são ferramentas precisas para tal fim. Cursos online de inovação na indústria de alimentos são raros ou até inexistentes no Brasil, e é por isso que tal oportunidade merece a atenção de empreendedores que estão revolucionando o mundo de alimentos como um todo.

Segundo o site do curso, você vai terminá-lo sabendo fazer: revisão do propósito de sua marca; análise de tendências x perfil de consumidores; processo de inovação pelo deisgn; plano de negócios; plano de marketing e análise de branding e mais!

Para participar, vocÊ deve ser ou esar interessado na indústria de alimentos, ser focado em plant-based ou clean-meat, e preencher este formulário para o GFI, onde vamos coletar seus dados e os incluir no sorteio. Mas se apresse, pois os interessados podem se cadastrar até o dia 7 de dezembro, portanto fique ligado e não deixe de aproveitar essa rara oportunidade!

Mercado de alternativas vegetais: Pesquisa exclusiva no Brasil

Alternativas vegetais às proteínas de origem animal já são uma realidade mundo afora. Países como os Estados Unidos possuem um mercado de proteínas alternativas bem estruturado, que já  mais de USD 3 bilhões por ano. “Plant-based” foi eleita a maior tendência alimentar de 2018 pelos consultores da Baum & Whiteman e pesquisas preveem que esse mercado vai chegar a valer USD 6,4 bilhões até 2023 globalmente.

O Brasil não fica para trás nesse cenário. Já é considerado o 5° maior mercado de alimentos e bebidas saudáveis no mundo,  com crescimento de 20% ao ano enquanto a média global é de 8%.

Para entender o potencial desses novos produtos no país, o The Good Food Institute em parceria com a Snapcart, realizou uma pesquisa para entender melhor os hábitos de consumo dos brasileiros em relação aos alimentos de origem vegetal. O estudo também buscou compreender quais as motivações dos que adotam dietas sem produtos de origem animal. Foram entrevistadas mais de 9 mil pessoas de todas as regiões do país, que consomem ou não produtos de origem animal, e os resultados mostraram uma tendência de redução no consumo de carne, ovos e derivados do leite por parte dos brasileiros.

Quando perguntados sobre o que achavam sobre a ideia de reduzir produtos de origem animal, a grande maioria das pessoas que os consomem via essa atitude de forma positiva, com 29% das pessoas já a colocando em prática. Isso prova que, em um mercado expressivo como o brasileiro, uma quantidade considerável de pessoas é familiar com os benefícios de um consumo menor de produtos de origem animal e tem interesse pelo assunto. Mostra também que mesmo aqueles que não consideram cortar completamente esse tipo de produto, podem estar abertos a repensar seus hábitos.

O mercado de proteínas vegetais no Brasil vem se desenvolvendo rápido e tem grande potencial de expansão,  com diversas áreas a serem exploradas. Essa foi uma pesquisa pioneira no mercado “plant-based” brasileiro, sendo a primeira a analisar informações específicas deste segmento no Brasil. O principal objetivo era entender as necessidades desse mercado e identificar suas potencialidades. Através desse primeiro mapeamento , já foi possível estabelecer uma perspectiva sólida, capaz de oferecer informações relevantes para o desenvolvimento de novos produtos e abrindo portas para quem busca entrar neste mercado, que tende a continuar crescendo  no Brasil.

A pesquisa mostra que o mercado de proteínas alternativas é abrangente e possui muito mais alcance do que apenas nichos específicos. A maior parte das pessoas considera a redução do consumo de produtos de origem animal algo positivo e o número de pessoas que já praticam a redução é expressivo. A saúde foi apontada como maior motivador das pessoas em direção às alternativas vegetais . Também foi comprovado que fatores básicos como sabor, preço e conveniência movem o consumidor neste mercado. Portanto proteínas vegetais saborosas, distribuídas em lugares acessíveis e a preços convenientes combinariam todos esses fatores e conquistariam o mercado de vez.

Os vegetais são os culpados pelas perdas na indústria de ovos?

A Cal-Maine Foods, uma das maiores empresas de ovos dos Estados Unidos, divulgou recentemente uma perda de U$74 milhões.

O preço de suas ações despencou e o CEO, Dolph Baker, afirma que sabe o que culpar:

Vegetais

Isso mesmo. O CEO dessa enorme fornecedora de ovos culpou os substitutos ovos vegetais, como sementes de linhaça e tofu, pelas enormes perdas de sua empresa.

Estamos animados com todo o trabalho nessa área. O VeganEgg da Follow Your Heart não está disponível apenas na Amazon, mas também no Walmart.com! O Just Scramble também tem muitos fãs de comida super animados. No entanto, dado que a produção de ovos nos Estados Unidos foi a mais alta em 20 anos em 2017, duvidamos da afirmação do Sr. Baker de que os ovos vegetais causaram as perdas da Cal-Maine. Em 2015, uma gripe aviária dizimou a produção de ovos em todo o país. Então, a provável explicação para suas enormes perdas seja o erro de cálculo para essa queda na oferta, levando a um excesso de fornecimento de ovos no mercado.

O que a mais recente doença devastadora e subsequente oferta excessiva mostra é o quão frágil e volátil é o mercado de ovos (o mercado também enfrenta regularmente recalls massivos por causa de contaminações). Essas questões são mais motivos para tirar os animais da equação. Fazer os alimentos de que precisamos diretamente dos vegetais nos dá um suprimento de alimentos mais seguro e muito mais robusto que não seja vulnerável ao próximo surto de doença. Tecnologias limpas e à base de vegetais também não exigem o uso excessivo de antibióticos, o que leva à resistência a antibióticos que já está matando dezenas de milhares de pessoas todos os anos.

Ao invés de culpar as opções mais limpas e mais saudáveis por seus maus negócios, o Sr. Baker e o restante da indústria de ovos deveriam seguir os líderes de mercado, como a TysonCargillMaple Leaf Foods e o PHW Group, e realmente investir nessas melhores opções. Não são apenas as pequenas empresas e as startups que estão trabalhando para preencher esse espaço; do agronegócio. A Archer Daniels Midland continua a comercializar alternativas de ovos vegetais. A inovação também está se acelerando na União Europeia e no Reino Unido, à medida que mais empresas e investidores buscam por uma mudança para produtos à base de vegetais. Essa transformação será melhor para o resultado das empresas e para o futuro de todos.

 

Escrito por Matt Ball. Traduzido por Fernanda Onça. Texto original pode ser visto aqui.

A Coalizão de Investidores Transformando a Indústria de Carne da China

(Rufem os tambores, por favor ––) 

Estamos entusiasmados em apresentar a Dao Foods International, uma ideia do The Good Food Institute e de três empresas de capital de risco: a Dao Ventures, sediada na China, a New Crop Capital, sediada nos EUA, e a Moonspire Social Ventures, sediada no Canadá.

Esta colaboração internacional está sendo lançada para alimentar, com alternativas sustentáveis, o apetite crescente da China por carne. Ao alavancar os relacionamentos e a expertise existentes na América do Norte e na China, a Dao Foods planeja trazer carne limpa e à base de vegetais para o mercado chinês neste momento crítico para o suprimento global de alimentos.

Ou seja, o consumo de carne na China está crescendo vertiginosamente à medida que a renda aumenta: somente a China consome mais de um quarto da carne mundial, sendo que metade é carne suína. Apesar dos esforços do governo chinês para reduzir o consumo de carne do país pela metade até 2030, tanto a produção quanto o consumo continuam a subir.

Como as dietas mudam radicalmente na China, precisamos de opções de carne limpa e à base de vegetais que possam competir diretamente com os produtos da pecuária industrial – especialmente se tivermos alguma esperança de combater as mudanças climáticas e crises de saúde pública, como a resistência a antibióticos.

A Dao Foods planeja semear e acelerar a mudança de produtos de origem animal para alternativas melhores, capitalizando o interesse dos investidores e a mudança de gostos. Fique atento às atualizações, pois essa colaboração impulsionada pela missão estimula a mudança da dieta em grande escala, tornando a alimentação sustentável a opção fácil e deliciosa!

 

Escrito por Emily Byrd. Traduzido por Fernanda Onça. Texto original pode ser visto aqui.