GFI Brasil anuncia assinatura do Memorando de Entendimento sobre proteínas alternativas com a Fundação Araucária

No dia 10 de julho de 2024, o The Good Food Institute Brasil e a Fundação Araucária, agência paranaense de fomento à pesquisa científica, tecnológica e inovação, assinaram um Memorando de Entendimento, um documento formal que expressa a intenção de ambas as partes de cooperar em um projeto ou alcançar um objetivo comum. O Memorando assinado pelas duas instituições formaliza o reconhecimento da importância da transformação dos sistemas alimentares para enfrentar os desafios de segurança alimentar, destacando o papel das proteínas alternativas neste contexto. O Paraná é protagonista nesse campo, sendo o berço do NAPI – Proteínas Alternativas (Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação). Através deste programa, que visa fortalecer o estado como produtor de alimentos utilizando sistemas produtivos inovadores, foram investidos R$ 5,7 milhões para o avanço de estudos em carne cultivada. A maior parte desse investimento será destinada à UFPR, para a instalação do Laboratório de Zootecnia Celular (Zoocel), que já é uma unidade permanente na universidade, além do Laboratório de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia, para aquisição de equipamentos necessários e para o fortalecimento de outras equipes e laboratórios parceiros da PUCPR e da UEM. A parceria, viabilizada pela Prof. Carla Molento (UFPR), teve seu processo de criação iniciado em janeiro, após uma reunião inicial onde foi servido um almoço típico da região, desenvolvido com o frango de micélio da Typcal, startup previamente apoiada pelo programa Centelha através da Fundação Araucária. O Memorando, agora oficialmente assinado, marca o início de uma colaboração promissora entre a Fundação Araucária e o GFI Brasil. Nosso objetivo é fomentar o desenvolvimento do ecossistema de proteínas alternativas no Estado do Paraná, aproveitando seus ativos institucionais, acadêmicos e intelectuais. Vamos colaborar mutuamente para criar um ambiente favorável à pesquisa e inovação, ao empreendedorismo, à pesquisa aplicada e ao desenvolvimento econômico e social neste setor, através de programas e ações conjuntas.
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Agora você tem mais um canal para se relacionar com o nosso time e não perder nenhuma oportunidade do setor de proteínas alternativas. A Comunidade GFI Brasil no WhatsApp visa facilitar o acesso aos materiais produzidos pelo GFI Brasil e oportunidades, tais como dados, publicações, estudos, notícias, financiamento de pesquisa, eventos, acesso a contatos e redes de relacionamento, além de trilhas focadas em inovação, educação e incidência política. Nossa missão é fomentar um espaço com a presença de pessoas interessadas em proteínas alternativas, tais como pesquisadores, estudantes, membros de empresas e startups, representantes do poder público e de organizações não governamentais, etc. e para iniciar as atividades da comunidade, neste primeiro momento, lançamos o grupo Informes GFI Brasil, dedicado ao envio semanal das informações já mencionadas. Temos o propósito de compartilhar conhecimento para tentar solucionar o gap de informações sobre proteínas alternativas no Brasil, visando alcance ágil de conteúdos que fomentam a colaboração e geram oportunidades aos interessados no segmento. Clique aqui para acessar a Comunidade GFI Brasil e ficar por dentro de tudo o que será compartilhado no grupo Informes GFI Brasil. Sigamos juntos para promover um sistema alimentar mais seguro, justo e sustentável.
Naturaltech 2024: confira alguns dos principais lançamentos da feira!
O GFI Brasil marcou presença na 18º edição da BIO BRAZIL FAIR/Naturaltech, a maior feira de negócios do mercado de Produtos Naturais da América Latina, que aconteceu do dia 12 ao 15 de junho, em São Paulo. O evento foi palco de lançamentos de inúmeros produtos das principais marcas do setor, que trouxeram mais inovação, saudabilidade e sabor para seus portfólios. Confira alguns dos que em breve estarão no mercado: A Nude fez o pré-lançamento dos Cereal Balls de aveia nos sabores chocolate e baunilha. Com 9g de proteínas e 5g de fibras, o produto é upcycled, já que é feito com os resíduos da aveia do processo de filtragem dos leites vegetais da marca. O produto estará disponível em breve. A Inédito Foods, nova marca da Lowçucar, apresentou uma linha de carnes vegetais em pó, para serem preparadas em casa, misturando água e óleo. O portfólio conta com carne moída, quibe, almôndegas, hambúrguer e escondidinho plant-based. Confira os produtos aqui. Já a Plant Pro Foods inovou trazendo uma linha de carnes vegetais em lata prontas para consumo. Com 15g de proteína e 2,4g de creatina, os produtos vêm nos sabores frango teriyaki, pulled pork barbecue, atum com batata doce e carne ao molho acebolado. Veja mais sobre os produtos aqui. A A Tal da Castanha adicionou um condensado de castanha de caju à linha “Cremeria”. Além disso, a marca também levou para a feira o Choconuts Zero, achocolatado com apenas 7 ingredientes e sem adição de açúcares e as famosas pastas de castanha de caju no sabor original e cacau. Confira mais aqui. A Vateli lançou 3 novas versões da “Planteiga”, manteiga vegetal que foi eleita o melhor produto do ano pela Naturaltech 2023. Feita de palmito de pupunha e castanha de caju, a linha agora conta com os sabores mostarda e mel, beterraba com camu-camu e limão com ervas finas. Saiba mais aqui. A Naveia apresentou uma linha de bebidas protéicas: com o slogan “mude o mundo na força do movimento”, os shakes têm 16g de proteína e vêm nos sabores banana com amendoim, jabuticaba, vitamina de frutas e chocolate. Outra novidade da marca é o novo leite vegetal “extra”, parecido com a versão barista, denso e cremoso, mas sem a funcionalidade de espumar. Os produtos estarão disponíveis em breve. A Beba Possible aproveitou a feira para apresentar seu novo posicionamento de marca e o novo sabor do seu leite vegetal à base de castanha de caju. Agora, a linha conta com o sabor morango, além do original e cacau. Veja mais aqui. A Queijos da Terra lançou uma linha de queijos vegetais cremosos. À base de castanha de caju, os queijos de potinho vêm nos sabores tomate seco e orégano, goiabada, castanha de caju defumada, macadâmia trufada e azeitona preta. Confira os produtos aqui. Já a Sora Alimentos adicionou vários itens ao portfólio da marca, que já conta com mais de 20 opções de proteínas plant-based. Entre eles estão o atum e a bolonhesa vegetal, que não precisam de refrigeração, as novas fórmulas dos queijos ralados,, a manteiga com sal, a, a maionese e os snacks “crispy protein”, com 6g de proteína por pacote. Veja mais sobre os lançamentos aqui. A Yorgus apresentou seus leites vegetais “Aveya”: de textura aveludada, cremoso e fonte de fibras e cálcio, os produtos estão disponíveis na versão original e leve. Compre aqui.
Opinião: não é correto afirmar que proteínas vegetais estão associadas a doenças cardiovasculares

Artigo sobre ultraprocessados que repercutiu na mídia induz ao erro e gera desinformação Nos últimos dias, um estudo publicado pela revista científica The Lancet trouxe à tona discussões sobre o impacto dos alimentos ultraprocessados na saúde. Feito por pesquisadores do NUPENS (Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde) da USP (Universidade de São Paulo), em parceria com o Imperial College London e a IARC (Agência Internacional de Pesquisa em Câncer), o estudo tem sido amplamente divulgado por veículos de mídia nacionais e internacionais, inclusive com manchetes em grandes jornais. Como uma organização filantrópica sem fins lucrativos, nós sempre defenderemos a liberdade de imprensa e consideramos imprescindível que os assuntos de utilidade pública sejam abordados com o objetivo de informar e dar subsídios para que os cidadãos e cidadãs tenham condições de fazer escolhas que se adequem aos seus valores e objetivos de vida. É crucial, portanto, que discussões sobre a alimentação e saúde pública sejam baseadas em dados, evidências e estudos científicos robustos para não gerar desinformação, pânico, e, neste caso, descredibilizar uma indústria de alimentos que se propõe a criar um sistema alimentar mais positivo para as pessoas e o planeta. Neste artigo, buscamos contribuir com a discussão, trazendo novos pontos de vista através outros estudos que se contrapõem aos abordados no estudo em questão e fornecendo uma perspectiva mais ampla sobre os alimentos vegetais análogos à carne: O estudo investigou o impacto dos alimentos ultraprocessados na saúde, e é importante destacar que os alimentos vegetais análogos à carne representaram uma fração extremamente pequena (0,2%) da ingestão total de calorias da dieta dos participantes do estudo. Os principais grupos de alimentos vegetais ultraprocessados que contribuíram com a maior parte das calorias foram pães industrializados embalados (9,9%), tortas, pães e bolos (6,9%), biscoitos (3,9%), margarina e outros spreads (3.3%), salgadinhos industrializados (2.8%), produtos de confeitaria (2.7%), cereais matinais (2.7%) e refrigerantes e bebidas e sucos de frutas (2%). Carnes ultraprocessadas de origem animal representaram 2,8% das calorias consumidas, e somando os produtos lácteos de origem animal, esse número sobe para 8,8%. É do conhecimento comum que pães, biscoitos, salgadinhos, bolos, doces e refrigerantes devem ser evitados na dieta do dia a dia, então este estudo não trouxe nenhuma surpresa, porém algumas manchetes na mídia nacional e internacional que extrapolaram os resultados para sugerir que a carne vegetal, que representou apenas 0,2% das calorias consumidas pelos participantes do estudo, acarreta no aumento dos riscos para à saúde. Portanto, associar os resultados desse estudo diretamente aos alimentos vegetais análogos à carne é um equívoco que pode levar a conclusões inadequadas. Em resposta ao estudo, especialistas em nutrição e dieta da Science Media Culture fizeram um excelente trabalho ao esclarecer os problemas com a cobertura da mídia, bem como algumas falhas na metodologia do estudo, ambas podendo levar a mais confusão entre os consumidores. Os especialistas expressaram preocupação com a abordagem da imprensa sobre o estudo, observando que ela poderia dar a falsa impressão de que alimentos vegetais análogos à carne estão associados ao risco de doenças cardiovasculares. Segundo o nutricionista Dr. Duane Mellor, “Isso não é o que o artigo mostra”. Os resultados do estudo indicam que uma maior ingestão de alimentos vegetais não ultraprocessados pode reduzir riscos de doenças cardiovasculares. Sugerem também que o grau de processamento dos alimentos deve ser um critério de escolha de alimentos e que a relação entre a contribuição dietética das carnes brancas (todos os alimentos, exceto carne vermelha) e o risco de doenças cardiovasculares depende do grau de processamento dos alimentos. Diante das conclusões do estudo publicado na revista The Lancet e deixando claro que não há dados suficientes para associar os alimentos vegetais análogos à carne aos riscos de doenças cardiovasculares pela ínfima contribuição desses alimentos na dieta da população avaliada, trazemos mais elementos a essa discussão de ultraprocessados, no qual um estudo inédito, recém publicado na Current Research in Food Science concluiu que a classificação NOVA, que utiliza o grau de processamento para definir se os alimentos são ultraprocessados ou não, não foi capaz de diferenciar efetivamente os alimentos vegetais análogos à carne com baixa qualidade nutricional (alto teores de sódio, gordura saturada e calorias) dos de boa qualidade nutricional (os que contém fibras, proteínas e gordura e sódio dentro dos limites aceitáveis). O estudo foi realizado a partir da avaliação das informações nutricionais de rotulagem de 349 alimentos vegetais análogos à carne comercializados no Brasil, tais como hambúrgueres, almôndegas, empanados, embutidos, kibe, kaftas, salsicha, linguiça, mortadela, bacon, entre outros. Para avaliar a qualidade nutricional dos alimentos vegetais análogos à carne, diferentes indicadores foram utilizados, entre eles o NutriScore, a classificação NOVA e o Perfil Nutricional estabelecido pela RDC 429/2020 da ANVISA. Os resultados do estudo demonstraram que a qualidade nutricional dos alimentos vegetais análogos à carne foi melhor representada por indicadores como NutriScore e Perfil Nutricional estabelecido pela RDC 429/2020 da ANVISA do que pela NOVA. De acordo com os resultados, tem-se que (i) 80% dos alimentos vegetais análogos à carne foram consideradas de boa qualidade comparado com apenas 19% das de origem animal pelo NutriScore, (ii) 68% como de boa qualidade nutricional, comparado com 20% dos de origem animal pela RDC 429/2020 (ANVISA) e (iii) 73% como ultraprocessado, comparado 92% dos de origem animal pela NOVA. O fato de ambos os produtos de origem animal e vegetal se classificarem como ultraprocessados, mas terem resultados diferentes nos outros indicadores de qualidade nutricional, demonstra que o conceito de ultraprocessado não representa adequadamente os atributos de qualidade nutricionais dos alimentos vegetais análogos à carne. Assim, mesmo sendo classificado como ultraprocessado, em função do grau de processamento de seus ingredientes, os alimentos vegetais análogos à carne se diferem nutricionalmente dos demais alimentos ultraprocessados, sejam de base vegetal ou animal (alimentos que foram alvo do estudo mencionado na reportagem publicado na revista The Lancet). Portanto, não é adequado classificar e avaliar a qualidade nutricional dos alimentos vegetais análogos à carne da mesma forma que são classificados e avaliados os ultraprocessados. Colaborando com isso, vários
GFI Brasil no IBITI Vegan Festival 2024

A 2ª edição do IBITI Vegan Festival aconteceu entre os dias 23 e 26 de maio, no Ibiti Projeto. Evento promovido pela Naveia, que teve 4 dias de duração, juntou gastronomia, arte, musica e contou com a presença de pessoas envolvidas com o setor de proteínas alternativas, dentre eles, chefs de cozinha, representantes do setor privado, nutricionistas, organizações, jornalistas, influencers e a Gerente de Desenvolvimento do GFI Brasil, Ana Carolina Rossetini, que foram convidados para conhecer o projeto, refletir sobre como podemos manter nossos hábitos ao mesmo tempo que respeitamos a natureza e o meio ambiente. Com uma programação carinhosa e cuidadosamente planejada para aguçar nossos paladares e sentimentos, contou a realização de meditação, de trilha do circuito das águas, visitando as cachoeiras da região, com refeições feitas por chefs como Gigi Vilela, Thiago Medeiros, Pri Herreira, Dani Rosa, Mari Marola e Leo Kazuya que prepararam cardápios que traduziam a cultura local ao mesmo tempo que imprimiam sua originalidade, saudabilidade e sustentabilidade, com refeições 100% veganas produzidas com muito leite Naveia e ingredientes produzidos pela comunidade, plantadas e colhidas nas áreas reflorestadas. Verdadeiros banquetes, cheios de cores, aromas, sabores, muito amor e respeito às tradições, natureza e meio ambiente. A Ana Carol, do GFI Brasil, participou de um bate-papo com a temática “5 mitos sobre alimentação e seu impacto ambiental”, dividindo a condução da discussão com a nutricionista Ale Luglio, momento em que pôde contribuir apresentando a percepção do GFI. As discussões realizadas durante o evento incluiram as novidades do setor e cases brasileiros do mercado plant-based. Nesse sentido, o maior ganho para o segmento das proteínas alternativas foi a possibilidade de refletir coletivamente sobre as questões relacionadas aos avanços do setor e os principais desafios de levar a discussão alimentar para os grandes foruns mundiais. Por esta oportunidade, o GFI Brasil agradece imensamente a Naveia, ao IBITI projeto, e a Comununiversidade pela oportunidade de poder contribuir neste fórum de discussões. Sobre o IBITI Projeto: Com 42 anos de existência, localizado no Parque Estadual do Ibitipoca, em Minas Gerais, numa região marcada pela produção de leite, encontra-se os esforços de reflorestar e refaunar terras degradadas pelo pasto, em quase sua totalidade, que foram abandonadas por conta das dificuldades em manter o transporte do leite e pela falta de perspectiva da economia de subsistência. Hoje o projeto tem mais de 6 mil hectares, repletos de morros cobertos por espécies de Mata Atlântica, com áreas pontuais de produção agrícola e algumas construções, que viabilizaram o turismo regenerativo e com a realização de ações de retomada da atividade econômicas.
Nova pesquisa do GFI Brasil aponta os principais comportamentos e perfis do consumidor de alternativas plant-based no Brasil

Realizada com mais de 2.000 indivíduos de classe ABC de todas as regiões do país, a pesquisa revelou que 1 em cada 4 brasileiros consome carnes vegetais pelo menos uma vez por mês e quase metade dos respondentes consome alternativas vegetais ao leite e derivados. A pesquisa “Olhar 360° sobre o Consumidor Brasileiro e o Mercado Plant-based 2023/2024” busca aprofundar o conhecimento sobre o consumo dos produtos vegetais análogos aos produtos cárneos de origem animal no Brasil, compreender as nuances do comportamento alimentar que influenciam a população a aderir ou rejeitar esse tipo de produto e obter uma visão geral de como o consumo de alimentos inovadores tem sido tratado nos ambientes digitais. A pesquisa só foi realizada graças ao apoio dos nossos parceiros: AAK, Incrível!, MrVeggy, NotCo, N.OVO e PlantPlus Foods. Diferente dos anos anteriores, em que desenvolvemos pesquisas exclusivamente quantitativas, desta vez o estudo consistiu em três etapas: social listening com análises de redes sociais; pesquisa qualitativa com grupos focais; e pesquisa quantitativa com amostra estatisticamente representativa. Aqui, destacamos alguns dos principais resultados da pesquisa: – 26% dos brasileiros consomem carnes vegetais pelo menos uma vez por mês. Quando se trata de alternativas vegetais ao leite e derivados, esse número salta para 48%. – 66% se definem como onívoros, enquanto 34% estabelecem alguma restrição aos produtos de origem animal. Dentre esses, 21% estão reduzindo, sem eliminar, o consmo de carne (flexitarianos), 8% são pescetarianos (dieta vegetal que inclui pescados) e 5% se declaram veganos (dieta 100% vegetal) ou vegetarianos (dieta vegetal que inclui ovos e leite). – 36% dos brasileiros reduziram o consumo de carne vermelha nos últimos 12 meses. A saúde (38%) e custo elevado (35%) foram citadas como as principais motivações. – O papel das mulheres nas decisões alimentares é predominante: 81% das mulheres afirmam ser as responsáveis pela escolha do cardápio, 82% pela cozinha e 81% pelas compras. Entre os homens, esses números são significativamente menores: 56%, 50% e 69%, respectivamente. – 52% consideram a ideia de carnes vegetais análogas boa ou muito boa, mas apenas 18% já experimentaram esses produtos. Oportunidades e Desafios Camila Lupetti, Especialista de Dados do GFI Brasil e uma das autoras da pesquisa, destaca que o consumo de carnes vegetais ainda é nichado, mas possui grande potencial de crescimento. “Ainda há muito a ser feito em termos de pesquisa e desenvolvimento para entregar produtos que ofereçam sabor, preço e conveniência competitivos, e nós entendemos que o momento de investir é agora,” afirma Lupetti. Ela também ressalta a importância de melhorar a disponibilidade e comunicação dos produtos plant-based. “É crucial estreitar a comunicação com o perfil mais aderente, fornecendo informações claras e esclarecendo controvérsias, para que esses consumidores possam se tornar embaixadores da categoria em seus círculos sociais,” comenta a especialista. BAIXE A PESQUISA! Webinar de Lançamento Para discutir esses e outros insights, o GFI Brasil convida todos a participarem do webinar de lançamento da pesquisa. O evento acontecerá no dia 29/05, às 11h, no canal do YouTube do GFI Brasil. A especialista em dados Camila Lupetti apresentará os principais resultados e análises, oferecendo uma oportunidade única para entender as tendências do mercado plant-based. Não perca esta chance de se aprofundar nas transformações do setor! Assista à transmissão: https://www.youtube.com/watch?v=R3ONnbCO8aM
Amplie seu conhecimento sobre proteínas alternativas com as novas aulas do curso do GFI Brasil

O curso online “A Ciência das Proteínas Alternativas”, ofertado gratuitamente pelo The Good Food Institute Brasil, acaba de ser enriquecido com novos conteúdos para ampliar seu conhecimento sobre esse universo. O que tem de novo?Nosso programa educacional, já reconhecido por explorar as as tecnologias que estão revolucionando a forma como produzimos alimentos, agora inclui novas aulas focadas em Tópicos Avançados em proteínas alternativas, além de insights sobre Inovação e Mercado. Estas adições são projetadas para aprofundar seu entendimento sobre essas tecnologias emergentes e as tendências de mercado, essenciais para qualquer pessoa interessada em manter-se atualizada sobre a transformação da indústria alimentícia. Para quem é o curso?O curso é aberto a todos que quiserem aprender sobre ciência, tecnologia e inovação em proteínas alternativas, mas é especialmente direcionado a alunos de graduação, pós-graduação e profissionais da indústria alimentícia, biotecnologia, e áreas correlatas. Cada aula foi meticulosamente planejada para enriquecer seu conhecimento e prepará-lo para os desafios e oportunidades na indústria de alimentos do futuro. O que esperar do conteúdo?O curso agora é dividido em três módulos: Aulas Básicas sobre a Ciência das Proteínas AlternativasEste módulo inicial consiste em 9 aulas, cada uma com aproximadamente 15 minutos, abordando os fundamentos das proteínas alternativas. As aulas incluem conteúdos como os desafios e soluções para produzir proteínas suficientes para alimentar 10 bilhões de pessoas, o conceito de carne, as tecnologias das proteínas alternativas e as questões críticas para o desenvolvimento da carne cultivada, assim como biomateriais e bioprocessos aplicados. Tópicos Avançados em Proteínas AlternativasEste módulo novo avança para tópicos mais específicos com 4 aulas de aproximadamente 20 minutos cada, destinadas a um público com conhecimento prévio ou interesse especializado. – Biorreatores e Desenvolvimento de Bioprocessos: se aprofunde na tecnologia da fermentação e nos detalhes de bioprocessos aplicados à carne cultivada, desde a seleção e desenvolvimento de cepas, os meios de cultivo ao escalonamento de processos, tipos de biorreatores e processos de downstream. – Uso de ingredientes à base de algas em proteínas alternativas: descubra o potencial nutricional das algas e como elas podem ser utilizadas na produção de proteínas alternativas. – Texturização de análogos cárneos feitos de plantas: Entenda mais sobre as tecnologias e os processos empregados para texturizar carnes feitas de plantas, uma característica crucial para satisfazer as preferências sensoriais dos consumidores. – Análogos cárneos feitos de fungos (Micoproteínas): Explore o processo de fermentação de biomassa para a obtenção de carnes feitas de fungos, uma tecnologia promissora na indústria. Inovação e Mercado de Proteínas AlternativasCom uma única aula de aproximadamente 20 minutos, este módulo fornece insights sobre o mercado de alimentos plant-based no Brasil. – Percepção do consumidor brasileiro sobre alimentos plant-based: Entenda como o consumo de alimentos à base de plantas está se desenvolvendo no Brasil, analisando hábitos, tendências comportamentais e outros fatores que influenciam as decisões de compra. Como participar?A participação é simples: preencha o cadastro e assista às aulas no seu próprio ritmo. Para obter a certificação de conclusão, complete o curso em até seis meses e responda ao quiz final. CertificadosAo concluir cada módulo do curso, você receberá certificados específicos, validando sua expertise e dedicação ao aprendizado. Pronto para começar?Não perca esta oportunidade única de ampliar seus conhecimentos em proteínas alternativas e liderar a vanguarda da inovação alimentar! Inscreva-se!
GFI Brasil abre chamada para Estudos Direcionados sobre proteínas alternativas

Conheça as duas linhas de financiamento e envie a sua proposta até o dia 16 de junho de 2024 O GFI Brasil está lançando a chamada para Estudos Direcionados de 2024, que são publicações técnicas feitas por meio da colaboração do GFI Brasil com uma universidade, empresa ou instituto de pesquisa. Essas publicações são elaboradas para analisar e discutir a ciência das proteínas alternativas com foco na aceleração do desenvolvimento tecnológico, suporte a uma regulação baseada em evidências e para melhorar a textura, sabor, preço ou sustentabilidade dos produtos. Para a execução dos Estudos Direcionados os proponentes devem enviar uma proposta técnico-financeira para elaboração das entregas solicitadas na chamada correspondente. As duas linhas de financiamento deste ano são oportunidades únicas para instituições e profissionais interessados em contribuir para o futuro da produção de alimentos no Brasil. Veja abaixo os detalhes de cada chamada: Estudo da Qualidade de Alimentos Produzidos por Cultivo de Células A proposta do estudo é gerar dados científicos e fornecer insights que possam apoiar a regulação e as aprovações de produtos cultivados, além de contribuir para a garantia de produção e desenvolvimento seguros desses alimentos. Esses dados serão fundamentais para subsidiar futuras ações que impactarão diversos setores, incluindo legisladores, reguladores, empresas, professores e pesquisadores. Para isso, as propostas de execução do projeto deverão se concentrar em dois objetivos principais: O estudo terá um prazo de execução de um ano e as propostas podem ser enviadas até o dia 16 de junho de 2024. Para mais detalhes e orientações sobre a submissão de propostas, consulte o edital completo aqui. Estudo para Identificar Rotas Tecnológicas para Obtenção de Proteínas de Feijão com Aspectos Sensoriais e Nutricionais Melhorados Um dos pilares da biodiversidade brasileira, o feijão já é reconhecido por seu valor nutricional e econômico: por isso, agora, queremos levá-lo a novos patamares, aprimorando suas características para melhor atender ao mercado de alimentos plant-based. O principal objetivo deste edital é: O projeto será dividido em cinco etapas e terá um prazo de execução de até 18 meses. As propostas podem ser submetidas até o dia 16 de junho de 2024. Para mais informações sobre os requisitos de submissão e detalhes do estudo, consulte o edital completo aqui. As propostas de ambos os projetos podem ser submetidas até o dia 16 de junho de 2024 e os resultados serão divulgados no dia 24 de junho. As propostas técnico-financeiras devem ser enviadas em formato PDF para ciencia@gfi.org e devem contar com um cronograma detalhado, previsão de custos para cada etapa, a metodologia proposta e o currículo da equipe envolvida. As informações completas estão disponíveis nos links dos respectivos editais acima.
Junte-se ao Alt Protein Project e descubra como construir uma carreira promissora na área de proteínas alternativas!

Se você é um estudante universitário interessado no setor de proteínas alternativas e gostaria de explorar as oportunidades de trabalho únicas que este setor em ascensão oferece, essa oportunidade é pra você! Lançado em 2020 pelo GFI, o Alt Protein Project é um movimento global, liderado por estudantes visionários como você, que se dedica a promover educação, pesquisa e inovação no campo das proteínas alternativas. Desde a nossa fundação, crescemos de uma rede de cinco universidades para uma comunidade de 53 grupos ativos com mais de 450 membros. Nosso alcance se estende por dezenas de universidades ao redor do mundo – da Suíça ao Japão, passando por Turquia, Portugal, Brasil e Malásia – unindo esforços para gerar impacto significativo e moldar o futuro da alimentação. Por que participar? A cada ano, mais grupos de estudantes de diversos países unem-se a nós, trazendo uma diversidade de conhecimentos que vão da biologia sintética à ciência da computação e da engenharia mecânica à filosofia. Essa comunidade multidisciplinar possibilita uma vasta troca de ideias com perspectivas culturais variadas, soluções inovadoras e oportunidades únicas de carreira. Nossos objetivos incluem: -Educação e Disseminação: Assegurar que o tema das proteínas alternativas seja incluído nos currículos acadêmicos, proporcionando cursos, treinamentos e eventos relevantes. -Pesquisa Colaborativa: Facilitar a conexão entre pesquisadores e promover estudos colaborativos que ofereçam soluções multidisciplinares. -Parcerias Estratégicas: Incentivar colaborações entre laboratórios, universidades e o setor privado para acelerar o desenvolvimento de proteínas alternativas. Se você precisa de mais inspiração para se juntar ao nosso time, o GFI US fez uma reportagem especial com o Alt Protein Project da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) que, em seu primeiro ano, já está transformando a educação sobre proteínas alternativas no campus. Graças ao trabalho do grupo, neste ano 24 alunos e docentes começarão a se envolver diretamente com proteínas alternativas, tanto por meio de aulas teóricas quanto técnicas, através do curso “Agricultura Celular com Foco em Carnes Cultivadas”. O curso semestral vai cobrir uma ampla gama de tópicos científicos, palestras sobre o crescente mercado da carne cultivada e componentes interativos como laboratórios sobre cultura de células, impressão 3D, além de um concurso competitivo de pitching, onde os alunos desenvolverão suas ideias de startup e as apresentarão a um painel dos principais interessados da indústria. “Estamos tentando fazer com que os olhos dos alunos brilhem para a carne cultivada” – Jorge Guadalupe, estudante de PhD da UFMG e CEO do Alt Protein Project, ganhador do prêmio “Best Science Slam” na Alemanha pelo seu projeto de carne cultivada apoiado pelo GFI. Ficou curioso? Dá uma olhada no Instagram dos grupos do APP da UFMG e da UNICAMP para ver tudo que eles estão fazendo! Não perca esta oportunidade de fazer parte da próxima geração de profissionais que vão transformar o futuro da alimentação! Como participar? Inscreva-se aqui no Alt Protein Project. Se você possui alguma dúvida, entre em contato conosco através do e-mail ciencia@gfi.org para mais informações e suporte. Estamos ansiosos para ter você em nossa comunidade!
O que podemos esperar para o mercado de proteínas alternativas em 2024?

Apesar de desafios em todo o cenário macroeconômico, de dinâmica geopolítica, financiamento e infraestrutura, a indústria de proteínas alternativas mostra sinais de resiliência. Especialistas do The Good Food Institute Brasil analisam as previsões do setor que irão impulsionar a próxima onda de desenvolvimento rumo à adoção em massa pelos consumidores. Em 2024, o mercado de proteínas alternativas vai experimentar transformações significativas, impulsionadas por inovações tecnológicas, mudanças nos padrões de consumo e uma crescente conscientização sobre saúde e meio ambiente. Com base em algumas tendências atuais, podemos antecipar algumas direções que este mercado tomará ao longo do ano. Aumento na variedade de produtos A diversidade de produtos à base de plantas disponíveis está prevista para aumentar e passar a atender aos consumidores em todos os momentos de consumo, desde o café da manhã, almoço, jantar e lanches, seja com alimentos com apelo de mais saudabilidade a pratos mais indulgentes. Essa expansão na variedade não só abrange uma gama mais ampla de preferências do consumidor mas também facilita a adoção de alimentos plant-based na dieta diária, tornando-a uma opção viável para um público maior. Parcerias estratégicas e consolidação do mercado As parcerias estratégicas entre empresas de alimentos e restaurantes podem contribuir com a expansão da presença de opções plant-based nos cardápios. Esses tipos de parcerias são muito comuns em outros países, onde o mercado está mais maduro, e essas experiências mostram que tais colaborações podem aumentar tanto a acessibilidade quanto a visibilidade dessas alternativas. Além disso, é esperada uma consolidação das marcas, impulsionada por uma demanda do varejo, mantendo nas gondôlas os produtos e marcas que ofereçam a experiência sensorial mais próxima do que o consumidor deseja em termos de sabor, textura e aparência dos alimentos. Avanço tecnológico O desenvolvimento tecnológico permanecerá um motor de inovação para o setor, trazendo produtos com melhor desempenho sensorial. Espera-se que as inovações em ingredientes e técnicas de processamento ofereçam experiências de consumo mais satisfatórias ao consumidor. Em particular, ingredientes desenvolvidos através de processos fermentativos podem atrair mais atenção do setor, dada sua capacidade de melhorar o perfil nutricional e sensorial dos produtos. Maior foco em saudabilidade Empresas já consolidadas no mercado de proteínas alternativas devem continuar a enfatizar a saudabilidade em seus lançamentos e relançamentos. Formulações que atendam à demandas por menos colesterol, sódio, e gordura, assim como a inclusão de ingredientes naturais e familiares aos consumidores, serão cada vez mais comuns. Este foco na saúde reflete uma resposta direta às preocupações do consumidor e uma tentativa de alinhar produtos plant-based com expectativas de benefícios para a saúde e bem-estar. Preço A questão do preço continua sendo central, com a indústria se esforçando para tornar os produtos à base de plantas mais acessíveis. Isso passa por mais investimentos em cadeias locais de suprimentos, desenvolvimento de novos ingredientes e processos, além de esforços contínuos para reduzir os custos de produção e logística. Tais iniciativas são essenciais para igualar ou pelo menos aproximar a faixa de preço dos produtos plant-based com a de seus análogos de origem animal, tornando-os uma opção viável para uma gama mais ampla da população. Desafios para o setor Apesar das previsões otimistas, o setor enfrenta desafios significativos relacionados aos pontos citados acima: a) conquista de mais consumidores: a adoção de alimentos à base de plantas na dieta é uma dúvida para muitos, especialmente quando consideramos as preocupações sobre a saudabilidade e a percepção nutricional em torno dos alimentos plant-based; b) comparação do preço desses produtos com os de origem animal: é imprescindível encontrar o equilíbrio entre os custos de produção e o poder de compra da população, que enfrenta os efeitos da inflação – inclusive no setor alimentício. As empresas do setor precisam trabalhar para fechar essa lacuna, mostrando que é possível oferecer opções plant-based que não sejam apenas competitivas em preço e qualidade, mas que também sejam percebidas como nutritivas e benéficas para a saúde. Avanços regulatórios O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) deve seguir a agenda regulatória sobre produção e rotulagem de produtos plant-based, realizando ao longo do ano audiências públicas para discutir a minuta da Portaria que foi submetida à consulta pública em 2023, e que propõe um marco regulatório para suprir a falta de um regulamento mínimo para produtos análogos de base vegetal. Além disso, com a inclusão das proteínas obtidas por cultivo celular e fermentação no rol de novos ingredientes e alimentos pela Anvisa no final do ano passado, por meio da Resolução RDC Nº 839, devemos observar também neste ano o início das discussões regulatórias sobre essas duas tecnologias, capitaneadas pelo MAPA e pela própria Anvisa. Carne Cultivada e Fermentação Com a Resolução 839 da Anvisa, que orienta empresas sobre a submissão de produtos e ingredientes para comprovação de segurança e a autorização de uso de novos alimentos e novos ingredientes, é esperado que empresas que já estejam desenvolvendo esses novos alimentos apresentem seus produtos e ingredientes para apreciação da Anvisa. Além disso, também devemos ver mais empresas realizando eventos de degustação e de aplicação de produtos para públicos específicos, como investidores e imprensa. Esses são os primeiros passos para a comercialização dessas novas tecnologias em território nacional, resta agora o Ministério da Agricultura regulamentar as questões de registro de produto, rotulagem e inspeção de unidades de produção, um debate que deve começar a ocorrer já este ano. “O mercado de plant-based em 2024 deve ser caracterizado por uma maior diversidade de produtos, consolidação de marcas, parcerias estratégicas, avanços tecnológicos, um foco renovado na saudabilidade e esforços contínuos para tornar os produtos mais acessíveis. Os avanços regulatórios alcançados no final de 2023 demonstram que o Brasil está se alinhando ao resto do mundo no entendimento de que esse setor vai evoluir rapidamente e que é necessário criar padrões técnicos rígidos para que produtos inovadores possam começar a ser produzidos no país. Este também é o ano que produtos feitos com tecnologias de fermentação e carne cultivada devem chegar ao consumidor. Vamos acompanhar como esses alimentos serão incorporados nos hábitos alimentares do brasileiro”. – Raquel