GFI Brasil apresenta resultados da Pesquisa de Consumidor de 2022 em webinar gratuito

No dia 25 de maio, às 11h, acontece o webinar “O Consumidor Brasileiro e o Mercado Plant-Based 2022” no Youtube do GFI Brasil. Nele, nossa especialista de Engajamento Corporativo, Camila Lupetti, irá apresentar os principais insights sobre estratégias que a indústria de proteínas alternativas deve desempenhar para entregar produtos e experiências de consumo desejadas pelo público brasileiro. O evento será aberto a todos os interessados no mercado de proteínas alternativas e não é necessário fazer inscrição prévia. Para não se esquecer da data, basta acessar este link e clicar em “Receber Notificações”. A Pesquisa de Consumidor trouxe análises e conclusões inéditas sobre o consumo de alternativas vegetais, relacionadas à primeira experiência com um desses produtos, percepção sobre ingredientes nativos e alimentos ultraprocessados, além de frequência, barreiras e motivações para a escolha de produtos feitos de plantas. Acesse a pesquisa na íntegra aqui e baixe os gráficos, tabelas e análises para usar em suas apresentações, palestras, documentos, mídias sociais ou matérias para a imprensa aqui. Sobre a palestrante: Camila Lupetti – Especialista de Engajamento Corporativo do GFI BrasilGraduada em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP), com especialização em Opinião Pública e Inteligência de Mercado, atuou por 15 anos em institutos de pesquisa de mercado, mídia e opinião pública. No GFI Brasil, está focada em apoiar todo o setor de proteínas alternativas no fornecimento de informações referentes a mercado e consumo.
Reino Unido investe mais de £ 13 milhões em novo centro de pesquisa para produzir carne cultivada

O projeto representa o maior investimento já feito pelo governo do Reino Unido em proteínas alternativas e ajudará cientistas e empresas britânicas a produzir carne cultivada em escala O novo Centro de Agricultura Celular (Cellular Agriculture Manufacturing Hub – CARMA) será liderado pela Universidade de Bath e financiado pelo Conselho de Pesquisa em Engenharia e Ciências Físicas (EPSRC), que é parte da UK Research and Innovation (UKRI), agência de financiamento nacional que investe em ciência e pesquisa no Reino Unido. O polo, que está programado para funcionar por sete anos, vai investigar como produzir carne cultivada em escala. Os pesquisadores também vão estudar o desenvolvimento de alimentos (como o óleo de palma sustentável) por meio da fermentação de precisão. “Essa técnica permite a fabricação em grande escala de ingredientes específicos usando células microbianas como “fábricas” de produção desses compostos. Através de técnicas de engenharia genética, é possível obter microrganismos recombinantes que se tornam capazes de produzir compostos que antes só eram obtidos de outras fontes, sejam animais ou vegetais, como o exemplo do óleo de palma. A utilização dessa técnica para a produção de proteínas e peptídeos, corantes, aromas, gorduras e enzimas destinados ao setor de proteínas alternativas é uma das aplicações da tecnologia de fermentação mais promissoras”, explica a analista de ciência e tecnologia do GFI Brasil, Isabela Pereira. O CARMA será composto por especialistas das universidades de Birmingham, Aberystwyth, College London e da Royal Agriculture, que farão parcerias com a Universidade de Bath. Empresas de carne cultivada sediadas no Reino Unido, como Hoxton Farms e Quest Meat, também vão integrar o centro. Para o gerente de políticas públicas para o Reino Unido do GFI Europa, Linus Pardoe, “esse é um movimento sísmico no desenvolvimento da indústria de proteínas alternativas no Reino Unido. Gostaria de elogiar o governo por investir no potencial extraordinário dessas novas formas de produzir carne”. “Esse investimento histórico é uma forte indicação de que o governo britânico reconhece a importância da agricultura celular e a necessidade de investir em P & D para ajudar as empresas a escalar a produção, reduzir os custos e disponibilizar esses novos alimentos para todos”, conclui Pardoe.
Relatórios do GFI analisam panorama global e atualizado do setor de proteínas alternativas

Doações IDIOMA
Relatórios do GFI analisam panorama global e atualizado do setor de proteínas alternativas

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Tem menos carne e mais proteínas alternativas no prato do brasileiro, afirma estudo

34% dos brasileiros que diminuíram o consumo de carne no último ano substituem o alimento por carnes vegetais. Com o tema “Saúde para Todos” é celebrado hoje, 7 de abril, o Dia Mundial da Saúde. Dentre outros temas relevantes, a data convida a sociedade a refletir sobre as urgências de saúde provocadas pela crise climática, cujo principal agravante é a produção e o consumo de proteína animal. Para além de questões relacionadas à sustentabilidade, diminuir o consumo de alimentos de origem animal, especialmente a carne, também pode trazer outros benefícios, como a redução do consumo de gordura saturada, sódio e colesterol. Para muitas pessoas, no entanto, deixar de comer carne significa abandonar hábitos e tradições alimentares. Por isso, além de vegetais, frutas e grãos, cada vez mais brasileiros têm substituído os produtos de origem animal pelas proteínas alternativas. Sabendo que para a maior parte das pessoas a redução no consumo de carne está relacionada a motivos de saúde, essa indústria tem buscado produzir alimentos análogos mais saudáveis para todos os momentos do dia. Mudança no hábito do consumidor Em 2022, 67% dos brasileiros reduziram seu consumo de carne (um aumento expressivo de 17 pontos percentuais em relação a 2020) e 36% o fizeram por alguma questão relacionada à saúde, como colesterol alto, sobrepeso, má digestão ou desejo de melhorar a saúde no geral. 34% dos consumidores que diminuíram a quantidade de carne no prato a substituíram somente ou principalmente por carnes vegetais, 9 pontos percentuais a mais do que em 2020. Entre os brasileiros que cortaram a carne por causa da saúde, 40% utilizam a carne vegetal como substituto principal ou exclusivo. Esses e outros dados levantados pela Pesquisa de Consumidor do GFI Brasil de 2022 indicam que o brasileiro já sente os benefícios de uma alimentação com menos (ou sem) carne e que não possui intenção de voltar a consumi-la no mesmo nível de antes, uma vez que 46% dos consumidores que já reduziram a carne afirmam que pretendem manter esse nível de consumo mais baixo e 47% pretendem reduzir ainda mais no próximo ano. Entre os entrevistados que pretendem reduzir a carne nos 12 meses seguintes (independentemente de já terem reduzido ou não reduzido antes), a saúde foi o principal motivo para uma intenção de redução futura (50%), seguido pelo aumento do preço da carne (20%) e pela preocupação com os animais (16%). Por mais que a curiosidade seja o fator que impulsione 47% das primeiras compras de uma alternativa vegetal análoga, 33% dos consumidores decidem experimentar esses produtos porque estão em busca de uma opção mais saudável, o que demonstra que uma parcela da população brasileira já entende que essas alternativas proporcionam momentos de prazer, confraternização e tradição, mantendo os mesmos hábitos, mas de forma mais saudável. Opções mais saudáveis Essa, no entanto, é uma noção muito recente e, para embasar ainda mais consumidores nas suas escolhas e os legisladores nas formulações de suas diretrizes, o GFI Brasil desenvolveu o artigo “Estudo Nutricional: análise comparativa entre produtos cárneos de origem animal e seus análogos plant-based”, comparando a composição nutricional e os aditivos utilizados nas formulações dos produtos de origem animal com os seus análogos feitos de plantas. Os resultados do estudo demonstraram que produtos cárneos de origem vegetal apresentam aspectos nutricionais superiores aos produtos tradicionais com relação a teores de gordura saturada, sódio e fibra. A análise foi feita a partir de dados coletados nos rótulos de almôndegas, empanados, hambúrgueres, linguiça e quibes de origem animal e vegetal. Entre os resultados, apenas 33% dos produtos vegetais registraram alto teor de gordura saturada e sódio, enquanto 50% dos produtos tradicionais apresentaram alto teor desses componentes. Dos produtos cárneos plant-based, 76% puderam ser considerados fonte de fibra, contra apenas 4% dos produtos de carne animal. Além disso, a média de aditivos alimentares foi maior nos produtos cárneos tradicionais (chegando ao valor médio de 5 aditivos por produto analisado), do que nos produtos vegetais (média de 3 aditivos). Mesmo quando processadas da mesma forma que seus análogos de origem animal, as alternativas vegetais tendem a ser uma opção mais saudável porque, em muitos casos, é no processamento desses produtos que se suplementa nutrientes como cálcio, ômega 3, vitaminas D, B12 e outras. “Sempre que compramos esses produtos devemos analisar a qualidade das informações nutricionais presentes na rotulagem e não a quantidade de processos que o alimentou passou. Muitos alimentos considerados saudáveis, como pão integral, iogurte, queijo, atum e até alguns tipos de carne, também passam por processos fundamentais para garantir que características sensoriais e de segurança do alimento não sejam comprometidas”, explica Cristiana Ambiel, gerente de Ciência e Tecnologia do GFI Brasil. Ao buscar entender a percepção do brasileiro sobre alimentos ultraprocessados, a Pesquisa de Consumidor concluiu que quanto maior é o grau de informação sobre esses produtos, maior é a frequência de consumo de alternativas vegetais análogas. “Ou seja, quanto mais informado é o consumidor sobre alimentação e saúde, mais ele tende a escolher produtos de origem vegetal”, complementa Camila Lupetti, especialista de engajamento corporativo do GFI Brasil. Em um estudo realizado pela Escola de Medicina de Stanford, cientistas compararam o consumo de carne vegetal e animal e concluíram que, ao consumir a opção feita de plantas, os indivíduos avaliados tiveram melhoras em vários fatores de risco de doenças cardiovasculares (como diminuição do colesterol, peso corporal, gordura saturada) e elevaram a ingestão de fibras sem mudar o nível de sódio e proteína na dieta. “Vivemos em uma sociedade em que a garantia da segurança alimentar e dos alimentos está muito ligada aos processos industriais, que permitem a comercialização e o armazenamento dos produtos por períodos mais longos. Por isso, é muito importante que as empresas utilizem tecnologias que permitam desenvolver alimentos com valor nutricional elevado e rótulos fáceis de serem entendidos, de modo que as pessoas tenham condições de fazer as escolhas que mais se adequam às suas necessidades. Com a inclusão de proteínas alternativas a uma dieta
E se você passasse uma semana inteira sem comer carne?

Aproveitando o Dia Mundial sem Carne o The Good Food Institute Brasil e a Sociedade Vegetariana Brasileira te convidam a fazer uma semana de refeições à base de vegetais e proteínas alternativas Hoje, 20 de março, é celebrado o Dia Mundial Sem Carne. Criada em 1985, o objetivo da data é conscientizar as pessoas sobre os impactos causados pelo consumo do alimento e os benefícios que uma alimentação baseada em vegetais pode trazer para a saúde e para o meio ambiente. Cada vez mais pessoas têm repensado seus hábitos alimentares e aderido a diferentes tipos de dieta que excluem completamente ou diminuem o consumo de produtos de origem animal. Atualmente, 28% dos brasileiros se consideram flexitarianos. Em 2022, de acordo com pesquisa do GFI Brasil, 67% dos brasileiros diminuíram seu consumo de carne (bovina, suína, aves e peixes), dos quais 52% por vontade própria, incluindo questões relacionadas à saúde, preocupação com os animais, o meio ambiente, influência de familiares ou motivos religiosos e espirituais. A boa notícia é que, desses, 47% pretendem diminuir ainda mais a ingestão no próximo ano. “Uma alimentação 100% à base de vegetais, que exclui todos os alimentos de origem animal, não somente é possível como também é comprovadamente uma das formas mais efetivas de você cuidar da sua saúde”, afirma a nutricionista e Diretora do Departamento de Saúde da SVB, Alessandra Luglio. Veja como fazer parte desse movimento! Aproveitando que em 2023 o Dia Mundial Sem Carne é celebrado em uma segunda-feira, você pode começar pela Segunda Sem Carne, uma campanha presente em mais de 40 países, apoiada por líderes internacionais, governos, personalidades e empresas. As organizações estendem o convite para que você participe também de uma Semana Mundial Sem Carne e sinta os benefícios de uma alimentação à base de plantas. A forma mais comum de substituição são os alimentos vegetais íntegros, como grãos, legumes, frutas e tubérculos. Com criatividade e planejamento, é totalmente possível criar receitas nutritivas e deliciosas para a semana toda. Se você não sabe por onde começar, esse cardápio vegano gratuito para 14 dias elaborado pela SVB vai te ajudar! “Todas as receitas foram elaboradas considerando o cálculo de aminoácidos essenciais, fundamentais para a formação de proteínas, assim como outros nutrientes necessários ao corpo, fazendo com que as receitas sugeridas sejam saudáveis e completas”, Tatiana Consoli, nutricionista do Departamento de Saúde da SVB. Para muitas pessoas, no entanto, abandonar hábitos e tradições alimentares é muito difícil, especialmente no Brasil, onde boa parte dos eventos sociais acontecem em torno de uma mesa recheada de carnes variadas e outros alimentos de origem animal. Para fazer essa transição algo mais simples e ao mesmo tempo prazeroso, existem as proteínas alternativas. “Esses alimentos foram criados para te ajudar nessa missão sem que você precise abandonar a ideia de tomar o café com leite pela manhã, de comer o “peito de frango” no almoço, o iogurte no lanche e o omelete no jantar. Para todas essas ocasiões e produtos tradicionais, existem alternativas de origem vegetal com o mesmo gosto, aparência e aroma dos convencionais.”, explica Gustavo Guadagnini, presidente do GFI Brasil. Se você quer conhecer os produtos vegetais alternativos disponíveis hoje no mercado nacional, acesse os guias do GFI Brasil no Instagram: lá você vai encontrar diversas marcas e produtos para todas as refeições e momentos do seu dia. Desde 2019, mais de 140 produtos foram lançados por cerca de 130 empresas nacionais ou que operam no Brasil. “Nós queremos construir um mundo mais seguro e justo para as pessoas, meio ambiente e também para os animais. No entanto, precisamos entender que a forma atual como produzimos e distribuímos alimentos exige recursos cada vez mais finitos, além de não garantir a segurança alimentar nem de ofertar alimentos completamente seguros às pessoas.”, afirma Gus Guadagnini. “A importância da Semana Mundial Sem Carne é enorme. Nela, podemos dar um primeiro passo para refletir sobre como nossas escolhas podem promover a proteção do meio ambiente, melhorar a nossa saúde e transformar a forma como nos relacionamos com os animais!” Ricardo Laurino, presidente da SVB.
O que a nossa comida tem a ver com a crise climática?

No Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas, celebrado hoje (16/3), o GFI Brasil aponta algumas correlações importantes. Desde a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada em 1992 no Rio de Janeiro, países do mundo todo têm se dedicado a enfrentar a crise climática. Na ocasião, foi criada a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), que entrou em vigor em 1994. Desde então, 27 Conferências das Partes (ou COP) foram realizadas em diferentes países, resultando em compromissos globais como o Protocolo de Quioto, o Acordo de Paris, o Acordo de Copenhague, entre outros. Dois pontos principais definem o foco das iniciativas: financiar projetos climáticos em países em desenvolvimento e limitar o aquecimento da temperatura global para abaixo de 2ºC. Hoje (16/3), no Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas, te convidamos a refletir sobre o impacto dos sistemas alimentares no agravamento da crise climática. O tema surgiu pela primeira vez na COP 27, realizada em 2022 no Egito, e deve seguir como ponto-chave para garantir que as metas sejam alcançadas antes do colapso planetário. Sistema alimentar sustentável é a chave para frear a crise climática Nos últimos anos, vários eventos extremos (desastres naturais, desmatamento recorde da Amazônia e do Cerrado, pandemia da Covid-19, guerra na Ucrânia, peste suína africana, doença da vaca louca…) evidenciaram a fragilidade dos nossos sistemas, principalmente o alimentar. Sabemos que ele já não é capaz de alimentar toda a população global, não garante plenamente a segurança dos alimentos, facilita a transmissão de doenças, explora cada vez mais animais para consumo humano, demanda recursos naturais como nunca e é o setor econômico que mais emite gases do efeito estufa (GEE) na atmosfera. Mesmo assim, a transição energética sempre foi o foco do debate sobre as mudanças climáticas. Só agora a discussão começa a se voltar também para a transição alimentar, porque fica cada vez mais claro que uma mudança na forma de produzir alimentos (sobretudo de origem animal, como carne, leite, ovos) poderia atenuar e até reverter a trajetória da crise climática. Veja nos dados abaixo como a produção de proteína animal desloca recursos naturais de humanos para animais de consumo: COP 28: Proteínas alternativas devem ser incorporadas ao setor de alimentos como uma das soluções para a crise do clima Como já dissemos, a COP 27, que aconteceu ano passado no Egito, foi a primeira edição que teve um espaço inteiramente dedicado a discutir o papel do sistema de produção de alimentos no enfrentamento da crise climática. O Food System Pavilion foi resultado de um trabalho articulado de uma coalizão de 9 organizações, entre elas o GFI, com o objetivo de levantar essa pauta no lugar mais importante de negociações internacionais sobre o clima, além de apresentar soluções e firmar compromissos para cumprir as metas do Acordo de Paris. Na COP 28, que acontece em novembro de 2023 em Dubai, o GFI estará presente novamente e com objetivos ainda mais ambiciosos, focado em ampliar a exposição do setor de proteínas alternativas. Entenda porque os alimentos feitos de planta e cultivados são cruciais para conter a emissão de GEE e outros poluentes, liberar terras para produção de alimentos diretamente para as pessoas e reduzir o uso de recursos naturais. As proteínas alterantivas devem ser incorporadas ao setor de alimentos para garantir maior resiliência ao sistema alimentar e para ajudar a solucionar a crise do clima. E, no Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas, nós reforçamos nosso compromisso de trabalhar para tornar a cadeia de produção de alimentos mais sustentável, segura, justa, saudável e acessível para todos. Muitas vezes esquecemos disso no dia a dia, mas nossa comida está intimamente ligada com a crise do clima e o que colocamos no prato é crucial para definir nosso futuro! As discussões voltadas para apontar soluções para a forma como produzimos e distribuímos alimentos só vai se intensificar e o GFI irá contribuir em todas essas frentes, ajudando a apresentar, viabilizar e implementar essas soluções. Neste ano, na COP 28, também vamos mostrar o papel crucial do Brasil, que será palco da COP 30 em 2025, no cenário ambiental.
Para FDA, leite vegetal pode ser chamado de leite

A agência colocou em consulta pública um novo rascunho regulatório e aceitará comentários até 24 de abril de 2023 A Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA, equivalente à ANVISA), publicou, no dia 22 de fevereiro de 2023, um rascunho regulatório no qual indica que bebidas vegetais (feitas a partir de soja, aveia e amêndoa, por exemplo) devam continuar usando o termo “leite” no rótulo. Indo direto ao ponto, a agência afirmou que esses produtos não enganam o consumidor americano, que sabe que está comprando uma bebida à base de plantas, e não derivada de animais, e recomenda que os fabricantes rotulem seus produtos claramente pela fonte vegetal do alimento (como “leite de soja”, “leite de aveia”, etc). De acordo com as diretrizes preliminares, a FDA também considera que, para ser chamado de “leite”, o produto deve atender a um critério de qualidade que inclui aspectos nutricionais (como quantidade de proteínas, vitaminas e fibras) e não a fonte de produção (animal ou vegetal). Esse foi um movimento contrário ao que alguns setores da indústria americana imaginavam e indica que a FDA está olhando para o futuro. Por anos, os legisladores dos estados produtores de leite tentaram aprovar projetos de lei que exigiriam que a FDA aplicasse um padrão federal que define “leite” apenas como o produto da “ordenha de uma ou mais vacas saudáveis”. E aqui no Brasil não é diferente: de acordo com o presidente do GFI Brasil, Gus Guadagnini, “com mais reconhecimento e apoio governamental, a indústria de alternativas à laticínios de origem animal pode continuar a crescer e se expandir, oferecendo aos consumidores mais opções saudáveis e sustentáveis no futuro. O Brasil pode ser líder dessa indústria globalmente e, assim, gerar muitos empregos e receita em impostos. Para isso, também precisamos de um arcabouço regulatório justo e que exista em prol dos interesses dos consumidores, não do protecionismo anticompetitivo da indústria”. O vice-presidente de políticas públicas do GFI Brasil, Alexandre Cabral, complementa: “o papel do governo é reduzir o risco associado à incerteza regulatória. Para isso, consideramos oportuno a Anvisa avaliar a emissão de um Informe Técnico de Rotulagem sobre o tema”. A FDA vai aceitar comentários e sugestões na consulta pública até o dia 23 de abril, quando começará a trabalhar na versão final da recomendação de rotulagem. O conteúdo deste e de outros documentos do FDA têm como objetivo fornecer clareza ao público e devem ser vistos como recomendações. Mas, por mais que não tenham cunho obrigatório, essas recomendações de rotulagem indicam que a avaliação da agência converge com diversas pesquisas que apontam que o consumidor compra produtos plant-based de forma consciente. As diretrizes desse documento não se aplicam a produtos lácteos que não sejam bebidas, como iogurte – a FDA está desenvolvendo um projeto de orientação para abordar a rotulagem e nomenclatura de outros produtos alternativos à base de plantas e comunicará atualizações quando disponíveis.
Relatório Anual GFI Brasil 2022: 8 bilhões de motivos para agradecer o seu apoio!

O ano de 2022 foi de muitas conquistas para a nossa organização: tivemos 8 projetos aprovados em programas de pesquisa, 7 publicações lançadas, mais de 2 milhões de reais investidos em pesquisas de acesso aberto, 451 reuniões estratégicas com empresas, governos e universidades, 64 eventos organizados ou apoiados pela nossa equipe e mais de 1047 matérias publicadas na imprensa. Esses e vários outros impactos positivos só foram possíveis graças aos nossos apoiadores, que possibilitam que continuemos a realizar um trabalho de excelência e gratuito, aos pesquisadores que, todos os dias, produzem um conhecimento valioso para o setor, ao governo brasileiro, que abriu sua agenda para dialogar sobre caminhos para a regulação do mercado de proteínas alternativas, aos empresários e investidores que têm dedicado esforços para produzir alimentos cada vez mais saborosos e acessíveis aos consumidores, e à imprensa, que faz nossas mensagens chegarem a cada vez mais pessoas. Em 2022 comemoramos 5 anos de GFI Brasil e a confiança depositada em nosso trabalho, ainda mais em um ano de muitos conflitos globais, é mais do que gratificante e confirma que estamos no caminho certo. Te convidamos a ler nosso Relatório de 2022, onde detalhamos tudo que foi conquistado em cada esfera de atuação do GFI Brasil. Para nós, esses dados representam não apenas números, mas também histórias, pessoas, relacionamentos e muita dedicação. Acreditamos que a transparência é fundamental e o relatório é a nossa forma de compartilhar com a sociedade o impacto do seu investimento. A inovação e o crescimento do ecossistema de proteínas alternativas do Brasil tem sido sem precedentes e nós estamos apenas começando. Continuaremos a investir de forma estratégica na ciência, na proteção dos nossos biomas, no desenvolvimento do mercado nacional e na certeza de que um mundo com um sistema alimentar mais justo, seguro e saudável é possível. Estamos muito felizes de você estar conosco nessa missão. Muito obrigada! Ana Carolina Rossettini, gerente de desenvolvimento do GFI Brasil
10 de fevereiro: Dia Mundial dos Pulses!

Você sabe o que são os pulses? Pulses são as sementes secas comestíveis de leguminosas. Aqui no Brasil, os pulses mais consumidos são os feijões, a ervilha, a lentilha e o grão-de-bico. O Brasil é um dos maiores produtores e consumidores globais de feijão: 7 entre cada 10 brasileiros comem feijões todos os dias. Mas, apesar de existirem mais de 40 tipos desse pulse aqui no Brasil, o feijão preto, o fradinho, o caupi, o vermelho, o mungo e o carioca são os que dominam o mercado. O carioca, sozinho, ocupa 50% de toda a área de cultivo do país. Potencial dos pulses para a saúde global: Especialistas brasileiros e internacionais consideram que o aumento do consumo de pulses é um dos caminhos para acabar com a fome, gerar renda e garantir a segurança alimentar. Além de serem riquíssimos em proteínas, fibras, vitaminas e minerais, o cultivo dos pulses requer muito menos água e fertilizantes, diminui a emissão de CO2 na cadeia de produção e aumenta o microbioma do solo, além de ser de baixo custo e fácil armazenamento. …e para o setor das proteínas alternativas: Os pulses são usados como matéria-prima para muitos dos produtos plant-based, mas a proteína de ervilha tem assumido o protagonismo. Mas, como ela é importada, é um ingrediente caro para a indústria nacional. O Brasil tem uma capacidade agrícola de produção de grãos pujante que, se bem explorada, representa um potencial enorme de crescimento. Além da geração de empregos e renda, o baixo custo dos pulses poderá permitir que a indústria de alimentos desenvolva produtos mais acessíveis para o consumidor final. Como estamos envolvidos: O GFI Brasil, em cooperação com o Governo do Mato Grosso, está iniciando um trabalho para promover o uso do feijão brasileiro como matéria-prima para a indústria de produtos plant-based. Essa iniciativa busca não apenas fomentar a agricultura regional e sustentável, como também valorizar esse ingrediente tão popular e tradicional do nosso país.