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Paraná vai investir R$ 5.7 milhões no desenvolvimento de carne cultivada

A Fundação Araucária, agência paranaense de fomento à pesquisa científica, tecnológica e inovação, acaba de anunciar um investimento de R$5.7 milhões em carne cultivada. O projeto, intitulado “Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação em Proteínas Alternativas” (NAPI-PA), será executado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). A verba destinada pela Fundação Araucária vem do governo estadual do Paraná. A maior parte do recurso será destinada à UFPR, para a instalação do Laboratório de Zootecnia Celular (Zoocel), que já é uma unidade permanente da Universidade, para o Laboratório de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia, para a aquisição dos equipamentos necessários, como por exemplo dois biorreatores, um para produção de cultivo celular de bancada e outro para escalonamento, e para o fortalecimento de outras equipes e laboratórios parceiros  da PUCPR e da UEM. A outra parte da verba irá para bolsas de pesquisa destinadas às equipes participantes da proposta, que abrirão editais de processos seletivos. Qualquer pesquisador do Brasil que atenda os requisitos dos editais pode concorrer às bolsas, que são de mestrado, doutorado e pós-doutorado. Os NAPIs (Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação) da Fundação Araucária são grupos multidisciplinares de pesquisa sobre diferentes tecnologias e inovações, que vão desde nanotecnologia, genômica e biogás até inteligência artificial no agro. A estrutura de financiamento de P&D desses arranjos se dá através da visão estratégica do estado: com o NAPI de proteínas alternativas, o foco é o fortalecimento da agropecuária do Paraná para que, com uma maior diversidade de produtos, a competitividade do estado aumente e ele se posicione bem no espaço dos novos alimentos. Os pesquisadores do Zoocel vão trabalhar com células primárias de raças bovinas e suínas paranaenses, contribuindo para as novas cadeias produtivas e para a geração de novos empregos no Paraná. “É importantíssimo frisar que o governo de um estado pecuarista está tratando a zootecnia celular e a produção de carne cultivada como parte do agro e como peça essencial para o fortalecimento da pecuária. Se as proteínas alternativas forem encaradas dessa forma, como parte da indústria agrícola – e não concorrente, as chances dos profissionais que trabalham com proteína animal apresentarem resistência se tornam muito menores e a área tem tudo para avançar e dar certo”, afirma Carla Molento, professora e Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias da UFPR e coordenadora do Zoocel e do Laboratório de Bem-estar Animal (LABEA/UFPR). Foco em ensino Além do foco em pesquisa, o projeto também nasceu com uma proposta muito forte de ensino: segundo Molento, “a intenção é garantir que os profissionais (de produção de alimentos de origem animal, veterinários, zootecnistas, engenheiros de alimentos, etc…) superem o medo inicial de entrar nessa área, os amparando com uma boa formação, composta por aulas laboratoriais práticas e teóricas. Afinal, se uma nova indústria está sendo construída, precisaremos de pessoas com boa formação para atuar nela”.  A primeira disciplina de zootecnia celular da América do Sul nasceu em 2020 na UFPR, numa parceria entre a Universidade e o The Good Food Institute Brasil. Ela é oferecida anualmente como optativa no programa de pós-graduação em Ciências Veterinárias e já formou 111 alunos nas suas três edições. Agora, comemora-se o fato de que essa disciplina passa, neste ano, a integrar também a grade curricular dos cursos de graduação em Medicina Veterinária e em  Zootecnia na UFPR, possibilitando que estudantes ainda mais jovens conheçam e se interessem por essa área. A primeira turma está em andamento e conta com 40 alunos de graduação em Medicina Veterinária e 14 alunos de graduação em Zootecnia. “O GFI possui uma área inteiramente dedicada ao desenvolvimento da ciência e tecnologia das proteínas alternativas. Nosso principal objetivo  é apoiar pesquisas de acesso aberto e promover a formação de profissionais para atuarem nesse mercado. Por isso, ajudamos a criar a disciplina de Introdução à Zootecnia Celular, ofertada pela UFPR, e a de Proteínas Alternativas, ofertada pela Unicamp. Além disso, captamos e direcionamos recursos para projetos de pesquisa, dispomos de um curso online introdutório e gratuito sobre o tema, desenvolvemos um modelo conceitual orientativo que pode ser utilizado pelas universidades criarem seus planos de ensino para disciplinas de proteínas alternativas, produzimos publicações que orientam a tomada de decisão de empresas e governos e coordenamos um Diretório de Pesquisa Colaborativa que reúne pesquisadores do mundo todo interessados em colaborações e trocas de experiência”, conta a gerente de Ciência e Tecnologia do GFI Brasil, Cristiana Ambiel. Próximas etapas do NAPI Proteínas Alternativas Os próximos passos do NAPI-PA consistem na aquisição e instalação de todos os equipamentos do Zoocel e dos outros laboratórios para que eles sejam plenamente funcionais até o segundo semestre deste ano. A partir disso, os pesquisadores possuem metas definidas por semestre em relação ao avanço na produção de protótipos de carne celular de uma raça bovina paranaense (gado Purunã) e de uma raça suína (suínos Moura), também do Paraná. Apesar do NAPI-PA não ter bolsas de extensão, um dos efeitos de um projeto deste montante é atrair mais recursos: “hoje, nós já temos no Laboratório de Zootecnia Celular duas bolsas de iniciação científica em andamento e mais uma em coorientação com o professor Rodrigo Morais da Silva, da Escola de Administração da UFPR. Também estamos com inscrições abertas para duas bolsas no primeiro projeto de extensão cadastrado em zootecnia celular, que se chama Bife Sem Bicho e que vai ser realizado nos próximos meses. Ficamos muito felizes de ver o envolvimento público e de tantas instituições no setor de proteínas alternativas. Temos certeza de que o Brasil pode se tornar referência mundial na área, aproveitando todo o conhecimento que já tem na produção de proteína animal para desenvolver esses novos alimentos”, conclui Dra. Carla Molento. Outros investimentos públicos em carne cultivada no Brasil O investimento paranaense se soma ao recém anunciado investimento federal de R $2,48 milhões para um projeto de linguiça híbrida (vegetal + cultivada) da Embrapa. Os recursos foram ofertados através do edital de Foodtechs da Finep,

GFI celebra sinal verde da FDA para mais uma empresa de carne cultivada

Desta vez, a beneficiada é a empresa GOOD Meat, que já comercializa os seus produtos em Cingapura, onde a carne cultivada já foi regulamentada há dois anos. Hoje, a Food and Drug Administration (FDA-EUA) finalizou favoravelmente a análise a respeito da segurança dos produtos da GOOD Meat. Esta consulta pré-mercadológica ocorre apenas alguns meses após a FDA dar a mesma aprovação para o frango cultivado da UPSIDE Foods, o primeiro produto de carne cultivada a atingir esse marco nos EUA.  A análise rigorosa da FDA e a obtenção da aprovação sem questionamentos corrobora as informações que vêm sendo levantadas em estudos relacionados à segurança dos produtos de carne cultivada.  O processo até a liberação para comercialização do produto ainda  tem mais alguns passos que envolvem outras agências, mas essa notícia é um movimento histórico importante que demonstra que o caminho vai continuar se abrindo para que os consumidores possam acessar esses produtos em restaurantes e no varejo nos EUA.  Essa segunda aprovação indica que os produtos estão chegando ao mercado sem levantar dúvidas quanto à sua segurança (tanto nos métodos de produção quanto em relação ao produto final), o que pode servir de inspiração para outros reguladores, já que ninguém gostaria de ver seu país ficando para trás na tecnologia. “Estamos muito satisfeitos em ver que o frango cultivado da GOOD Meat – que tem sido apreciado por milhares de clientes em Cingapura nos últimos anos – está agora a caminho de expandir para os EUA. Em meio à demanda crescente por alimentos e à diminuição dos recursos naturais, nunca foi tão urgente aumentar a produção e distribuição de proteínas alternativas em ambos os lados do Pacífico. O sinal verde da FDA desta semana abre as portas para colaboração regulatória e científica entre dois dos principais centros de inovação do mundo (EUA e Cingapura) e leva a carne cultivada um passo mais perto de se tornar um negócio verdadeiramente global”, Mirte Gosker, diretora administrativa do The Good Food Institute APAC. “As notícias de hoje são mais do que apenas outra decisão regulatória – é a transformação do sistema alimentar em ação. Os consumidores e as gerações futuras merecem comer os alimentos que desejam, mas feitos de forma mais sustentável, preservando nossa terra e água, protegendo o nosso clima e saúde global e garantindo a segurança alimentar.” Bruce Friedrich, presidente do The Good Food Institute. “Essa sinalização positiva da FDA em relação ao processo produtivo de carne cultivada pode ser lida como um movimento dos Estados Unidos para se posicionar na vanguarda de uma indústria que deverá, nas próximas décadas, movimentar bilhões de dólares e revolucionar a forma como a humanidade se alimenta. É necessário que os agentes públicos brasileiros se atentem e acelerem o processo regulatório também por aqui, de modo que o Brasil não fique para trás e se consolide o quanto antes como um dos principais atores desse emergente mercado global“, Alysson Soares, especialista de Políticas Públicas do GFI Brasil. Para mais informações, consulte: What the FDA Evaluated During the First Completed Pre-Market Consultation O que é carne cultivada e como é produzida? Carne cultivada é a carne animal produzida a partir do cultivo das células animais. O cultivo das células é realizado reproduzindo o processo biológico que ocorre dentro dos animais e a carne cultivada resultante é composta pelos mesmos tipos celulares que fazem parte do tecido muscular animal, por isso pode reproduzir o perfil sensorial e nutricional da  carne bovina, frango, frutos do mar ou de outros produtos de carne produzidos convencionalmente. A partir de uma única célula, multiplicações sucessivas em biorreatores e posterior diferenciação e maturação é possível produzir carne em escala industrial. Para saber mais sobre essa tecnologia consulte os nossos recursos. Material de apoio/Fontes:

Será a indústria de carnes vegetais uma moda passageira?

Gustavo Guadagnini (*) Recentemente, a indústria de carnes vegetais foi questionada por uma parte da mídia, especialmente nos Estados Unidos, após  um desempenho abaixo do esperado na empresa Beyond Meat e em outras iniciativas menores. Essas reportagens se utilizaram de exemplos específicos para projetar um cenário desastroso sobre toda a indústria, e questionaram: será que essa tecnologia é uma moda passageira? Na opinião dos especialistas desse setor, não. Para entendermos o contraponto, dois argumentos têm sido bastante utilizados. Em primeiro lugar, a teoria de mudança das proteínas alternativas prevê que os produtos vão conquistar uma grande parcela do mercado quando estiverem competindo em condição de igualdade nos aspectos de preço e sensorialidade (sabor, textura, aroma e suculência). No entanto, é evidente que esse ponto ainda não chegou, pois as tecnologias são muito novas e ainda têm muito o que se desenvolver. Curiosamente, o mesmo termo mencionado pela mídia estadunidense (“fad”, ou moda passageira) já foi utilizado antes para descrever diversas outras tecnologias, como o os videogames, o rádio, os automóveis e até a internet. Não é preciso desenvolver um argumento para mostrar que nenhuma dessas tecnologias acabou sendo uma moda passageira. Da mesma forma, a indústria de proteínas alternativas está ainda em seus primeiros passos. Precisa ganhar escala e receber investimento em pesquisa e desenvolvimento para então competir de forma mais ampla.  Além disso, o segundo argumento está ligado à necessidade que fez com que essas indústrias surgissem. Aqui, não se trata apenas de mais uma oferta alimentar, mas sim de uma solução imprescindível para o futuro do planeta. Isso porque há um consenso científico de que, se não lidarmos com a contribuição da pecuária para a crise climática, não alcançaremos nossos objetivos do Acordo de Paris, ou seja, não conseguiremos conter o aquecimento global e todas suas consequências. O Brasil, inclusive, é signatário do acordo e tem metas para reduzir sua emissão de gases, que é a quarta maior do mundo, exatamente pela imensa atividade pecuária do país.  Em janeiro de 2023, um estudo conduzido pela Universidade de Exeter, Systemiq e pelo Bezos Earth Fund mapeou três tecnologias que têm potencial para reduzir 70% das emissões de gases do efeito estufa. Uma delas, sem surpresas, é a indústria de proteínas alternativas. Esse estudo se soma a diversos outros que apontam essas novas tecnologias de alimentos como a única solução em larga escala para redução do metano emitido por animais. Para termos uma ideia do que pode ser esse impacto, a consultoria Kearney prevê que em 2040 o mercado total de carnes valerá US$ 1,8 trilhão, sendo que apenas 40% dessa carne será produzida a partir do abate animal, e 60% do mercado será tomado por  proteínas alternativas (carnes vegetais, obtidas pela fermentação ou cultivadas a partir de células). Se essa previsão se realizar, as novas tecnologias de alimentos terão eliminado mais de metade do impacto causado pela pecuária.  Essa previsão não é a única, mas independente do número específico, está claro que essa indústria terá um papel essencial para  o futuro da cadeia de produção de alimentos ser mais sustentável. Ainda assim, o ditado já disse que “Roma não foi construída em um dia” –  e nem será o futuro da alimentação. A construção dessa indústria ainda vai levar décadas e exigir muito investimento, assim como foi com o rádio, videogames, internet, automóveis e qualquer outra grande evolução tecnológica.  Apesar das dúvidas trazidas pela mídia no passado, as tais modas passageiras transformaram completamente a vida de todos nós. Assim será no futuro: a indústria de carnes vegetais está apenas começando e em breve será acompanhada de suas “irmãs”ainda mais novas, que trazem proteínas produzidas a partir de fermentação e do cultivo celular.  No final, o que todos queremos é a mesma coisa: uma cadeia de produção de alimentos que consiga eliminar a fome ao  mesmo tempo em que preserva o planeta. R. Buckminster Fuller disse “Somos chamados a ser arquitetos do futuro, não suas vítimas”. Agora cabe escolher: você vive ao lado dos que constroem o futuro, ou dos que preferem acreditar que a tecnologia será uma moda passageira? (*) Gustavo Guadagnini – Administrador de empresas formado pela PUC-SP, seu objetivo é criar uma cadeia de produção de alimentos mais saudável, segura, justa e sustentável por meio de apoio às indústrias que visam criar alternativas ao uso de ingredientes com origem animal, seja em tecnologias de base vegetal ou de tecidos cultivados. É um dos mais ativos promotores do setor, sendo listado em 2020 pela revista GQ como um dos brasileiros na lista dos “25 nomes que podem salvar o mundo”.

Um grande avanço para carne cultivada

Pela primeira vez, a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA deu luz verde a um produto de carne cultivada como parte do processo de revisão antes da comercialização do produto. Confira análise do GFI e saiba o que isso significa na prática! Em novembro, a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA divulgou que concluiu sua primeira consulta de pré-comercialização para um produto de carne cultivada. A empresa avaliada é a UPSIDE Foods, cujo produto é um frango cultivado  produzido através da tecnologia do cultivo celular. A UPSIDE Foods é uma empresa de tecnologia de alimentos com sede em Berkeley, na Califórnia, fundada em 2015 com o objetivo de produzir carne cultivada de forma sustentável. Após um processo longo que começou em outubro de 2021 e contou com quatro etapas de avaliação, a empresa concluiu com sucesso a rigorosa revisão de segurança pré-comercialização da FDA, demonstrando que o produto é tão seguro quanto o frango convencional.  Mas o que isso significa na prática? Os americanos já poderão comprar esse produto no mercado?  Na verdade, o processo até a liberação para comercialização do produto  ainda  tem mais alguns passos. Nos Estados Unidos, o United States Department of Agriculture (USDA) e a FDA estabeleceram um acordo formal para realizar, de forma conjunta, a regulamentação de carnes cultivadas. Ou seja, os produtos alimentícios produzidos a partir de células de espécies regulamentadas pelo USDA, Federal Meat Inspection Act (FMIA) ou pelo Poultry Products Inspection Act (PPIA), serão regulamentados pela FDA durante a coleta, seleção e cultivo de células e pelo USDA/FSIS durante o processamento e rotulagem subsequentes.  Portanto, além de atender aos requisitos do FDA, que inclui o registro da instalação para a parte da cultura celular, a empresa precisará de uma concessão de inspeção do Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA-FSIS) para o estabelecimento de fabricação. Além disso, o próprio alimento requer uma marca de inspeção do USDA-FSIS antes de entrar no mercado dos EUA. Embora o processo de revisão seja específico para o frango cultivado da UPSIDE Foods, este é um marco histórico importante que abrirá caminho para que os consumidores possam acessar esses produtos em restaurantes e no varejo nos EUA. Além disso, a análise rigorosa desse agência e a obtenção da aprovação sem questionamentos, corrobora as informações que vem sendo levantadas em estudos  relacionados à segurança dos produtos de carne cultivada.  Separamos alguns pontos que merecem destaque: Esse anúncio histórico feito pela FDA inicia ressaltando que o mundo está passando por uma revolução alimentar e que a agência está empenhada em apoiar a inovação no fornecimento de alimentos. O GFI tem defendido que a carne cultivada tenha um caminho claro para o mercado sob um processo regulatório justo e transparente. Por isso celebramos essa notícia! O que o FDA avaliou? Como já comentamos, nos EUA existem dois ógãos que atuam de forma conjunta na regulamentação de carnes cultivadas (FDA e USDA). Ao FDA compete a análise a parte inicial do processo de produção, desde a etapa onde as células são isoladas do animal doador, passando pela etapa de preparação de bancos ou “estoques” dessas células, e também a análise de todas as substâncias utilizadas durante o processo de cultivo para obtenção da grande quantidade de células desejadas (etapas proliferação e diferenciação).  A FDA avalia também o produto final desse cultivo: a biomassa de células obtida no final da etapa de cultivo celular. Essa etapa é chamada de etapa de coleta, que é nada mais que a drenagem e retirada das células dos reatores ao fim do cultivo. A agência avaliou todos os potenciais de riscos no processo de produção durante todas essas etapas citadas para garantia da segurança do produto gerado, incluindo: a avaliação de perigos da empresa em cada etapa de produção, como a empresa planeja aplicar o controle de segurança alimentar medidas com base na sua avaliação, como a empresa monitora o crescimento e a qualidade das culturas de células durante a produção. Para mais informações, consulte: What the FDA Evaluated During the First Completed Pre-Market Consultation O que é carne cultivada e como é produzida? Carne cultivada é a carne animal produzida a partir do cultivo das células animais. O cultivo das células é realizado reproduzindo o processo biológico que ocorre dentro dos animais e a carne cultivada resultante é composta pelos mesmos tipos celulares que fazem parte do tecido muscular animal, por isso pode reproduzir o perfil sensorial e nutricional da  carne bovina, frango, frutos do mar ou de outros produtos de carne produzidos convencionalmente. A partir de uma única célula, multiplicações sucessivas em biorreatores e posterior diferenciação e maturação é possível produzir carne em escala industrial. Para saber mais sobre essa tecnologia consulte os nossos recursos.  Material de apoio/Fontes:

Mercado de carne cultivada avança na América Latina

Conheça as iniciativas brasileiras para produção de carne cultivada, envolvendo grandes empresas, universidades e institutos A indústria de carne cultivada passa por um  momento de franca expansão, com o número de players no setor se tornando cada vez maior. Atualmente, são cerca de 70 empresas e startups no mundo todo, e é esperado que essa tendência de crescimento se mantenha, segundo levantamento feito pelo Good Food Institute. Em 2021, este mercado de carne cultivada recebeu investimentos de USD1,4 bilhão. Um passo significativo no avanço do mercado de carne cultivada na América Latina acaba de ser dado pela Granja Tres Arroyos. A empresa argentina, líder na produção de alimentos no país, acaba de anunciar sua entrada no segmento por meio de uma parceria técnica com o Instituto de Pesquisa Biotecnológica da Universidade Nacional de San Martin. Os esforços de P&D começaram há um ano e o objetivo é ter uma planta piloto nos próximos dois anos. Para o setor de carne cultivada chegar à escala comercial a preços acessíveis para o consumidor, são necessários investimentos altos em pesquisa e estrutura robusta de produção. É este know-how que a Granja Tres Arroyos e seus 50 anos de experiência no setor de carnes está trazendo para esse mercado. Essa não é a primeira iniciativa no âmbito de cultivo de proteínas no país. A Argentina já foi palco da primeira degustação de carne cultivada na América do Sul, em julho de 2021. O feito foi fruto das pesquisas da startup B.I.F.E., da divisão de bioengenharia do Laboratório Craveri e aconteceu de forma privada. A degustação serviu como prova de conceito inicial, ainda sem perspectiva para atingir o estágio de produção para o mercado. A aposta da Argentina no cultivo de proteínas confirma a tendência de queda no consumo de carne no país, que chegou ao menor patamar em 100 anos. O potencial deste movimento é de impactar a cadeia em escala global, uma vez que a Argentina é o maior consumidor de carne per capta entre países emergentes, de acordo com dados do CiCarne. “Com a união de esforços da iniciativa privada com os agentes governamentais, sobretudo com institutos de pesquisa e agências reguladoras, é possível motivar o fluxo de capital e estimular o desenvolvimento de pesquisadores e profissionais dedicados a essa área tão estratégica para a América Latina”, diz a Raquel Casseli, gerente de Engajamento Corporativo do GFI Brasil.  Na sua opinião, a América Latina poderá liderar nos próximos anos o protagonismo do setor de carne cultivada no mundo. “Grandes players, principalmente no Brasil, importaram tecnologia e construíram grandes laboratórios para que no futuro seja possível produzir a carne cultivada em escala. É uma corrida de 100m rasos. É uma maratona científica”, afirma a especialista. Saiba mais sobre as iniciativas no Brasil: O Brasil possui as condições favoráveis para se tornar líder desta indústria e já existem grandes empresas brasileiras implementando iniciativas para tornar a carne cultivada uma realidade no prato do consumidor. A JBS investirá R$ 325 milhões nos próximos quatro anos para o desenvolvimento de carne cultivada através do seu Biotech Innovation Center. Inclusive, o seu centro de inovação em alimentos no Brasil está com vagas abertas para cientistas de diversas áreas relacionadas à inovação em alimentos por meio do programa Especialistas em Biotecnologia Avançada, que tem foco na produção de carne cultivada. No campo das startups as últimas novidades também não poderiam ser mais animadoras. A Ambi Real Foods, que nasceu com a promessa de se tornar a primeira empresa brasileira a produzir carne cultivada com tecnologia totalmente nacional, acaba de produzir seu primeiro protótipo de hambúrguer bovino, com tecnologia totalmente nacional. Já a Sustinieri Pisces, startup que também deseja ser pioneira na produção de peixes cultivados no Brasil, finalizou a etapa de desenvolvimento de bancos de células de cinco espécies de peixes: Garoupa, Cherne, Robalo, Linguado e Tainha. “Estamos produzindo os Work Banks e daremos início ao processo de uso dos biorreatores para produzir um protótipo (empanado de peixe) até o primeiro trimestre de 2023.”, conta Marcelo Szpilman, diretor executivo da Sustinieri Pisces. Além disso, acaba de entrar para o mercado a primeira empresa de cultivo celular focada em desenvolver gordura de porco cultivada, a Cellva. De acordo com informações da empresa, “a tecnologia Cellva proverá gordura animal substancialmente mais saudável e completamente segura contra as contaminações que a gordura suína tradicional pode oferecer, com exato sabor, textura e aroma”. O produto poderá ser incorporado em produtos de origem animal, cultivados ou feitos de plantas. Também estão nos planos o desenvolvimento de outros alimentos a partir do cultivo de células. No campo acadêmico, a carne cultivada também tem atraído a atenção de cada vez mais pesquisadores e gerado os primeiros resultados. Projeto coordenado pela Profa. Dra. Aline Bruna da Silva do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET MG) em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais, acaba de produzir o primeiro protótipo de carne de frango estruturado cultivado. A pesquisa que deu origem ao protótipo (Hybrid scaffolds for cultivated chicken) foi financiada pelo Good Food Institute, por meio do Programa de Incentivo à Pesquisa. Utilizando tecnologia de impressão 3D, o SENAI CIMATEC está desenvolvendo carne cultivada e os testes feitos até o momento buscam criar formulações para alcançar textura, aparência  e sabor da carne convencional. Em parceria com o GFI Brasil, a UFPR, por meio do Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias, já formou 107 alunos na disciplina de introdução à zootecnia celular, dedicada aos estudos de carne cultivada. O próximo passo será desenvolver o produto em laboratório. A Escola Senai Dr. Celso Charuri passou a oferecer um curso de Técnicas de cultivo com linhagens de células de mamífero, com o objetivo de desenvolver competências relacionadas ao cultivo de linhagens celulares. Na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), a disciplina “Proteínas Alternativas: Feito de Plantas, Fermentação e Carne Cultivada” agora é oferecida dentro do programa de Pós-graduação da Faculdade de Engenharia de Alimentos. O objetivo é capacitar os alunos apresentando os fundamentos técnico-científicos das proteínas

GFI Brasil apresenta panorama sobre a indústria de carne cultivada em publicação inédita

O Brasil desempenha um papel central na produção e no abastecimento global de alimentos e de proteína animal. Com a urgência em se pensar formas mais sustentáveis de alimentar uma população que deve chegar a quase 10 bilhões em 2050, é fundamental que o país também seja capaz de ofertar os alimentos que as pessoas querem continuar a comer, desenvolvidos com mais tecnologia. Tendo isso em vista, o The Good Food Institute Brasil acaba de lançar a publicação “Carne Cultivada: perspectivas e oportunidades para o Brasil”. O objetivo é apresentar um panorama atualizado sobre a tecnologia, em língua portuguesa, para servir de referência a todos os agentes envolvidos nesta indústria, como cientistas, reguladores, empreendedores e qualquer pessoa interessada em saber mais sobre a tecnologia.  Com textos de Dr. Luismar Marques Porto e Dra. Fernanda Vieira Berti, e coordenação técnica do GFI Brasil, o documento introduz o tema de uma forma abrangente, trazendo  aspectos tecnológicos, econômicos e sociais, que podem ser utilizados para nortear o desenvolvimento do setor da carne cultivada no país. Destaca, ainda, as inúmeras oportunidades desse novo mercado para o país e descreve os potenciais desafios que precisarão ser superados em seu desenvolvimento.  “O Good Food Institute (GFI) tem sido um importante catalisador de todo este processo no Brasil e no exterior, fornecendo subsídios para o desenvolvimento do setor de proteínas alternativas no mundo. Nesse cenário, o GFI não poderia deixar de ser um agente de transformação e de apoio no país onde a carne é um produto de primeira linha, de relevância econômica indiscutível, e objeto de desejo e de consumo como em poucos lugares do mundo”, afirma Cristiana Ambiel, Gerente  de Ciência e Tecnologia do GFI Brasil. O GFI espera que este documento seja útil como fonte de informação técnica introdutória, ou mesmo para auxiliar na tomada de decisões, estabelecendo políticas e estratégias de P&D e de investimento no setor de carne cultivada no Brasil. Como este documento contém uma série de terminologias técnicas acerca do tema “Carne Cultivada”, é recomendado que os leitores e leitoras acessem, também,  o Glossário de Carne Cultivada, desenvolvido pelos mesmos autores.  A tecnologia De forma resumida, a produção de carne cultivada acontece a partir da multiplicação de células dentro de biorreatores em ambiente fabril. O produto final contém os mesmos tipos de células que formam o tecido muscular dos animais, portanto, tem potencial para replicar o perfil sensorial e nutricional da carne convencional.  Entretanto, essas novas tecnologias exigem um amplo conhecimento e integração de técnicas avançadas de cultivo celular, biologia molecular, engenharias (tecidual, química, de alimentos, mecânica, de materiais, de controle e automação), bioquímica, bioinformática, ciência e tecnologia de biomateriais. A complexidade técnica está presente na produção de todas as carnes cultivadas a partir do cultivo celular. “Por ser um processo que envolve diferentes tecnologias, o investimento em pesquisa científica é imprescindível para o desenvolvimento do setor em escala. Até o momento, grande parte da P&D no setor ainda acontece através de startups estrangeiras. Mas o Brasil entrou recentemente para a corrida, tem como vantagem cientistas altamente capacitados para trabalhar no tema e, em breve, será capaz de levar carne cultivada ao prato do consumidor”, explica Dra. Amanda Leitolis, especialista de ciência e tecnologia do GFI Brasil. O papel do Brasil Em julho de 2021, a empresa brasileira BRF anunciou o aporte de 2,5 milhões de dólares na Aleph Farms, startup israelense de carne cultivada. Este movimento não apenas solidificou o aquecimento do setor de cultivo de carne, como também sinalizou a iminência de se ter um produto comercial a curto prazo, uma vez que a tecnologia da Aleph Farms para produzir carne cultivada estaria disponível no Brasil já em 2024.  Também em 2021, a JBS, líder global na produção de proteínas e a maior empresa de alimentos do mundo, firmou acordo para aquisição do controle da empresa espanhola BioTech Foods, prevendo o investimento na construção de uma nova unidade fabril na Espanha para dar escala à produção. Além da aquisição, a JBS também anunciou a implantação do primeiro Centro de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) em Biotecnologia e Proteína Cultivada do Brasil. Esta é uma grande aportunidade para a indústria nacional, pois gera interesse e demanda em se desenvolver tecnologia em território nacional. Com isso, há também a necessidade de se incentivar a inovação e o empreendedorismo nacionais, e de se regulamentar de forma adequada a produção e a comercialização, além de se fomentar a pesquisa e a formação de recursos humanos para o setor. Perspectivas de futuro A produção de carne cultivada em escala industrial a partir de células animais para consumo humano é, sem dúvida, um grande desafio de nossa geração. Entretanto, este é um caminho sem volta em direção ao futuro da alimentação. Os passos iniciais mais importantes já foram dados, com inúmeros casos bem sucedidos.. Utilizando os mais avançados conhecimentos científicos e capacidade tecnológica, é possível transformar a forma como produzimos alimentos para que a cadeia se torne mais inteligente, sustentável e segura. O Brasil possui as condições necessárias para se tornar terreno fértil deste ecossistema. Com a união de esforços da iniciativa privada com os agentes governamentais, sobretudo com as instituições de ciência e tecnologia (ICTs) e agências reguladoras, é possível motivar o fluxo de capital e estimular o desenvolvimento de pesquisadores e profissionais dedicados a essa área tão estratégica para o país. O estabelecimento de um programa nacional de carne cultivada é uma oportunidade de promoção e qualificação de recursos humanos, que avançará a economia brasileira. Leia a publicação aqui.

Proteínas Alternativas ganham destaque na 2ª edição do NIS_Nutri Ingredients Summit

Evento conta com o apoio do The Good Food Institute Brasil e será realizado em São Paulo nos dias 24 e 25 de maio.  No próximo dia 24 de maio, o universo plant-based e as fontes de proteínas alternativas serão debatidos durante o NIS_Nutri Ingredients Summit, considerado o único evento técnico e de negócios focado em ingredientes. Com apoio do GFI Brasil, o evento contará com quatro painéis, duas mesas redondas, estudos de caso e um pitch focados exclusivamente em produtos feitos de planta e cultivados a partir de células. Se você tem interesse em saber mais sobre esses temas, confira abaixo a programação completa para não perder nada do que será apresentado:  14h30 | Abertura: O universo plant-based e as fontes de proteínas alternativas Gustavo Guadagnini, presidente do GFI Brasil Luis Madi, Diretor de Assuntos Institucionais do ITAL Cassiano Facchinett, sócio proprietário da GMF Painel 1 14h40: Tendências globais para o mercado plant-based – Fabiana Vancetto, Diretora de Contas LATAM da Mintel; Painel 2 15h: Tendências de consumo, oportunidades e desafios na produção de produtos plant-based no Brasil – Raquel Casselli, diretora de Engajamento Corporativo do GFI Brasil; Painel 3 15h20: Programa Biomas: o potencial da biodiversidade brasileira na busca por novos ingredientes para o mercado plant-based – Cristiana Ambiel, gerente de Ciência e Tecnologia do GFI Brasil. Mesa Redonda 1 15h45: A Carne Cultivada está chegando ao Brasil Amanda Leitolis, especialista em Ciência e Tecnologia do GFI Brasil; Aline Bruna da Silva, professora e pesquisadora do CEFET-MG. Inaldo de Antoni, Diretor Global de Inovação e P&D da JBS; Raíssa Canova, pesquisadora da Ambi Real Food. Pitch Presentation 16h30: Mãe terra Mesa Redonda 2 16h40: Apresentação do status dos marcos regulatórios de plant-based, fermentação e carne cultivada Alexandre Cabral, diretor de Políticas Públicas do  GFI Brasil; Danilo Kamimura, Chefe da Divisão de Defesa Agropecuária da Superintendência Federal da Agricultura em São Paulo Luis Madi, Diretor de Assuntos Institucionais do ITAL Case de Inovação 1 17h10: A força do 1% – soluções em sustentabilidade Maria Constantino, criadora do Maria Virou Eco Case de Inovação 2 17h45: O caminho para o sucesso sensorial – soluções para o Mercado plant-based Renata Martin, Gerente de Serviço Técnico Sensient Food Colors Brasil Painel  4 Plant-based? É inevitável! Mônica Buava, Diretora Executiva da SVB Alessandra Luglio, Diretora de Campanhas da SVB Manu Matias, Relações internacionais da SVB Durante toda a feira, a equipe do GFI Brasil também estará presente em um estande para conversar com o público, tirar dúvidas e realizar conexões. Além disso, quem quiser contribuir com o trabalho que a instituição realiza para acelerar transformações no sistema de produção de alimentos, poderá realizar doações diretamente para a equipe presente. Veja aqui o mapa da feira para saber onde nos encontrar. Saiba mais sobre o evento: O NIS apresentará um congresso técnico de altíssimo nível, elaborado em parceria com os principais nomes da indústria, em paralelo a uma feira de negócios B2B, com a presença dos maiores fabricantes e distribuidores de ingredientes para a indústria. Na sua segunda edição, o NIS traz para o centro do debate “o papel do ingrediente para uma alimentação mais saudável, segura e acessível”, reforçando esse contexto em que o consumidor busca na sua alimentação uma fonte de saúde e bem-estar, além de indulgência e prazer.  Sob essa ótica, os maiores experts irão compor o NIS Congress desse ano, que foi dividido em quatro módulos, pautado nos principais desafios e oportunidades da indústria:  – A nova rotulagem frontal na prática – O universo “plant based” e as fontes de proteínas alternativas – Ingredientes inovadores e as próximas tendências de consumo – Os avanços no mercado de suplementos alimentares Além do congresso, que tem vagas limitadas, os visitantes poderão ter acesso ao NIS Free Content, uma área de conteúdo gratuita, preparada pelo time de patrocinadores, que apresentarão seus lançamentos em ingredientes e suas aplicações na indústria.  Logo na entrada do NIS, os visitantes já poderão visitar o NIS Innovation Zone, uma exposição dos principais protótipos e ingredientes dos patrocinadores, com suas aplicações na indústria, para dar um teaser do que os visitantes encontrarão nos stands.  As grandes novidades deste ano serão o NIS Taste Live – cozinha experimental onde os patrocinadores irão aplicar seus ingredientes num show ao vivo – e o NIS Label Experience – espaço onde os visitantes poderão entender melhor sobre a nova rotulagem frontal, que entra em vigor no final desse ano no país. O evento é aberto apenas para profissionais do setor e será gratuito para credenciamento antecipado até o dia 20 de maio pelo site. Para mais informações e credenciamento www.nisummit.com.br  Sobre o NIS_Nutri Ingredients Summit: 24 e 25 de maio de 2022 Transamerica Expo Center – São Paulo  https://www.transamericaexpo.com.br/localizacao/ Organização: GMF e Ânggulo www.nisummit.com.br 

Proteínas alternativas são tema de nova disciplina oferecida pela UNICAMP

A Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) agora oferece a disciplina “Proteínas Alternativas: Feito de Plantas, Fermentação e Carne Cultivada” dentro do programa de Pós Graduação da Faculdade de Engenharia de Alimentos. Por meio desta disciplina, com currículo inédito, os participantes terão um primeiro contato com os três pilares tecnológicos de produção de proteínas alternativas: proteínas vegetais, carne cultivada e fermentação. Além da base teórica introdutória sobre as tecnologias, será explorado também o cenário atual da indústria, com suas oportunidades e desafios. O objetivo é capacitar os alunos apresentando os fundamentos técnico-científicos das proteínas alternativas para que eles possam contribuir tanto para o desenvolvimento da ciência como para o crescimento da indústria. Ao todo, 29  alunos oriundos da indústria e da academia estão acompanhando as aulas. Saiba mais sobre o curso O programa faz um panorama geral das principais tecnologias utilizadas na produção de carnes, leites e laticínios alternativos: à base de plantas, obtidas por cultivo celular e fermentação. Além disso, explora as especificidades dos mercados nacional e internacional, assim como questões de sustentabilidade envolvendo o consumo mundial de proteínas e também os impactos ambientais dos diferentes tipos de produção de proteínas. Os temas são conduzidos por professores da própria UNICAMP, por professores convidados de outras universidades e instituições de pesquisa, além de profissionais da indústria, o que deixa o debate extremamente rico. Esta disciplina reúne os principais especialistas brasileiros no assunto, proporcionando aos alunos o que se tem de mais atual neste campo. Os especialistas do GFI Brasil participam do programa como palestrantes convidados e compartilham sua expertise sobre temas como o mercado nacional, cenário regulatório brasileiro, diferenças e potenciais de cada frente tecnológica no ambiente de proteínas alternativas. As aulas se encerram em julho, quando os alunos devem propor um produto inovador ou uma solução para o mercado de proteínas alternativas.