Confira a programação do GFI Brasil no Nutri Ingredients Summit 2024

O Nutri Ingredients Summit é o maior e mais completo evento focado em saudabilidade do país e o The Good Food Institute Brasil é um dos parceiros oficiais da iniciativa. Em sua 4ª edição, que acontece em São Paulo, no Transamérica Expor Center, entre os dias 23 e 24 de abril, o summit promete conectar fornecedores de ingredientes funcionais às indústrias de alimentos, bebidas, suplementos alimentares e farmacêuticos. Você não pode ficar de fora! Acesse a página do evento para conferir a programação completa e se credenciar gratuitamente até o dia 20/04/2024. Conecte-se com o GFI Brasil no NIS Application Trends O NIS Application Trends é uma arena aberta a todos os visitantes, realizada pelos patrocinadores com o objetivo de apresentar lançamentos em ingredientes e demonstrar como podem ser aplicados pela indústria. Nessa edição, o time de Ciência e Tecnologia do GFI Brasil vai apresentar cases que visam atribuir ainda mais sustentabilidade aos produtos análogos plant-based. Confira a nossa programação: 10h30: Proteínas vegetais nacionais com potencial para aplicação em alimentos vegetais análogos Palestrante: Dra. Ana Carla Sato – Professora da Faculdade de Engenharia de Alimentos UNICAMP 10h50: Desenvolvimento de ingredientes por fermentação a partir de resíduos (ou subprodutos) de amendoim Palestrante: Dra. Paula Speranza – Fundadora da ProVerde 11h10: Ingredientes da biodiversidade: perspectivas e desafios Palestrante: Dra. Luciana Fontinelle – Coordenadora do Programa Biomas do GFI Brasil. 11h30: Mesa Redonda : Ingredientes Vegetais Sustentáveis para Indústria Plant-based. Mediadora: MSc Cristiana Ambiel – Gerente de Ciência e Tecnologia – GFI Brasil Participantes: Dra. Ana Carla Sato (UNICAMP), Dra. Paula Speranza (ProVerde) e Dra. Luciana Fontinelle (GFI Brasil). Serviço: – GFI Brasil no Nutri Ingredients Summit – NIS 2024 – Dia 23/04, à partir das 10:30 da manhã – Transamérica Expor Center, na arena Aplications Trends. End.: Av. Dr. Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 – Santo Amaro, São Paulo – SP, 04757-020 Esperamos por vocês!
O que podemos esperar para o mercado de proteínas alternativas em 2024?

Apesar de desafios em todo o cenário macroeconômico, de dinâmica geopolítica, financiamento e infraestrutura, a indústria de proteínas alternativas mostra sinais de resiliência. Especialistas do The Good Food Institute Brasil analisam as previsões do setor que irão impulsionar a próxima onda de desenvolvimento rumo à adoção em massa pelos consumidores. Em 2024, o mercado de proteínas alternativas vai experimentar transformações significativas, impulsionadas por inovações tecnológicas, mudanças nos padrões de consumo e uma crescente conscientização sobre saúde e meio ambiente. Com base em algumas tendências atuais, podemos antecipar algumas direções que este mercado tomará ao longo do ano. Aumento na variedade de produtos A diversidade de produtos à base de plantas disponíveis está prevista para aumentar e passar a atender aos consumidores em todos os momentos de consumo, desde o café da manhã, almoço, jantar e lanches, seja com alimentos com apelo de mais saudabilidade a pratos mais indulgentes. Essa expansão na variedade não só abrange uma gama mais ampla de preferências do consumidor mas também facilita a adoção de alimentos plant-based na dieta diária, tornando-a uma opção viável para um público maior. Parcerias estratégicas e consolidação do mercado As parcerias estratégicas entre empresas de alimentos e restaurantes podem contribuir com a expansão da presença de opções plant-based nos cardápios. Esses tipos de parcerias são muito comuns em outros países, onde o mercado está mais maduro, e essas experiências mostram que tais colaborações podem aumentar tanto a acessibilidade quanto a visibilidade dessas alternativas. Além disso, é esperada uma consolidação das marcas, impulsionada por uma demanda do varejo, mantendo nas gondôlas os produtos e marcas que ofereçam a experiência sensorial mais próxima do que o consumidor deseja em termos de sabor, textura e aparência dos alimentos. Avanço tecnológico O desenvolvimento tecnológico permanecerá um motor de inovação para o setor, trazendo produtos com melhor desempenho sensorial. Espera-se que as inovações em ingredientes e técnicas de processamento ofereçam experiências de consumo mais satisfatórias ao consumidor. Em particular, ingredientes desenvolvidos através de processos fermentativos podem atrair mais atenção do setor, dada sua capacidade de melhorar o perfil nutricional e sensorial dos produtos. Maior foco em saudabilidade Empresas já consolidadas no mercado de proteínas alternativas devem continuar a enfatizar a saudabilidade em seus lançamentos e relançamentos. Formulações que atendam à demandas por menos colesterol, sódio, e gordura, assim como a inclusão de ingredientes naturais e familiares aos consumidores, serão cada vez mais comuns. Este foco na saúde reflete uma resposta direta às preocupações do consumidor e uma tentativa de alinhar produtos plant-based com expectativas de benefícios para a saúde e bem-estar. Preço A questão do preço continua sendo central, com a indústria se esforçando para tornar os produtos à base de plantas mais acessíveis. Isso passa por mais investimentos em cadeias locais de suprimentos, desenvolvimento de novos ingredientes e processos, além de esforços contínuos para reduzir os custos de produção e logística. Tais iniciativas são essenciais para igualar ou pelo menos aproximar a faixa de preço dos produtos plant-based com a de seus análogos de origem animal, tornando-os uma opção viável para uma gama mais ampla da população. Desafios para o setor Apesar das previsões otimistas, o setor enfrenta desafios significativos relacionados aos pontos citados acima: a) conquista de mais consumidores: a adoção de alimentos à base de plantas na dieta é uma dúvida para muitos, especialmente quando consideramos as preocupações sobre a saudabilidade e a percepção nutricional em torno dos alimentos plant-based; b) comparação do preço desses produtos com os de origem animal: é imprescindível encontrar o equilíbrio entre os custos de produção e o poder de compra da população, que enfrenta os efeitos da inflação – inclusive no setor alimentício. As empresas do setor precisam trabalhar para fechar essa lacuna, mostrando que é possível oferecer opções plant-based que não sejam apenas competitivas em preço e qualidade, mas que também sejam percebidas como nutritivas e benéficas para a saúde. Avanços regulatórios O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) deve seguir a agenda regulatória sobre produção e rotulagem de produtos plant-based, realizando ao longo do ano audiências públicas para discutir a minuta da Portaria que foi submetida à consulta pública em 2023, e que propõe um marco regulatório para suprir a falta de um regulamento mínimo para produtos análogos de base vegetal. Além disso, com a inclusão das proteínas obtidas por cultivo celular e fermentação no rol de novos ingredientes e alimentos pela Anvisa no final do ano passado, por meio da Resolução RDC Nº 839, devemos observar também neste ano o início das discussões regulatórias sobre essas duas tecnologias, capitaneadas pelo MAPA e pela própria Anvisa. Carne Cultivada e Fermentação Com a Resolução 839 da Anvisa, que orienta empresas sobre a submissão de produtos e ingredientes para comprovação de segurança e a autorização de uso de novos alimentos e novos ingredientes, é esperado que empresas que já estejam desenvolvendo esses novos alimentos apresentem seus produtos e ingredientes para apreciação da Anvisa. Além disso, também devemos ver mais empresas realizando eventos de degustação e de aplicação de produtos para públicos específicos, como investidores e imprensa. Esses são os primeiros passos para a comercialização dessas novas tecnologias em território nacional, resta agora o Ministério da Agricultura regulamentar as questões de registro de produto, rotulagem e inspeção de unidades de produção, um debate que deve começar a ocorrer já este ano. “O mercado de plant-based em 2024 deve ser caracterizado por uma maior diversidade de produtos, consolidação de marcas, parcerias estratégicas, avanços tecnológicos, um foco renovado na saudabilidade e esforços contínuos para tornar os produtos mais acessíveis. Os avanços regulatórios alcançados no final de 2023 demonstram que o Brasil está se alinhando ao resto do mundo no entendimento de que esse setor vai evoluir rapidamente e que é necessário criar padrões técnicos rígidos para que produtos inovadores possam começar a ser produzidos no país. Este também é o ano que produtos feitos com tecnologias de fermentação e carne cultivada devem chegar ao consumidor. Vamos acompanhar como esses alimentos serão incorporados nos hábitos alimentares do brasileiro”. – Raquel
Histórico: Israel se torna o primeiro país no mundo a liberar venda de carne bovina cultivada!

Hoje, dia 17 de janeiro de 2024, Israel concedeu aprovação regulatória para a Aleph Farms comercializar seus produtos no país. Com isso, Israel se une a Estados Unidos e Singapura, os únicos países que já permitem a venda de carne cultivada em seus territórios. O diferencial é que, até o momento, todas as aprovações tinham sido relativas à carne de frango cultivada, tornando Israel o primeiro país no mundo a liberar a venda de carne bovina cultivada. Essa aprovação concede à Aleph Farms permissão para produzir e comercializar seus produtos no território israelense, sujeita às diretrizes específicas para rotulagem e publicidade fornecidas pelo Ministério da Saúde local e à conclusão da inspeção da instalação de produção piloto. Petit Steak O primeiro produto a ser lançado pela empresa sob a marca Aleph Cuts será o “Petit Steak”, um bife cultivado a partir de células de Angus premium. O produto híbrido de carne é composto por células não modificadas e não imortalizadas de uma vaca Angus preta premium, juntamente com uma matriz de proteína vegetal feita de soja e trigo. Além das células derivadas de um dos óvulos fertilizados da vaca, não há outros componentes de origem animal no processo de cultivo ou no produto final. O processo controlado e rastreável é realizado em um ambiente de produção asséptica, o que reduz significativamente os riscos de contaminação e exclui a necessidade da presença de antibióticos. Assim que os requisitos de rotulagem e inspeção da instalação forem concluídos, o produto será disponibilizado em restaurantes selecionados para, depois, ser distribuído para outros serviços de alimentação e varejo. Quanto ao custo, a empresa revelou que, no momento do lançamento, o Petit Steak terá preços semelhantes aos da carne bovina premium convencional. Participação do GFI no processo Nós do The Good Food Institute celebramos a aprovação porque tivemos uma grande participação para alcançar esse marco. Nós realizamos diversos workshops com a equipe da Aleph Farms e fomos os primeiros a apresentar a tecnologia de carne cultivada aos reguladores israelenses e ao Primeiro Ministro Netanyahu em 2020 e em 2023, ocasiões em que ele experimentou a carne cultivada da empresa. Além disso, a Aleph Farms foi fundada com base no projeto de doutorado do nosso ex-Cientista Sênior, Dr. Tom Ben Arye Cohen. Esta aprovação não apenas marca um momento crucial, mas também serve como uma garantia sólida para o setor de carne cultivada em meio a dúvidas e questionamentos prevalecentes. Confiamos que este marco enviará uma mensagem convincente aos players da indústria, incentivando-os a persistir em seus investimentos e avanços no campo. “A aprovação da carne cultivada da Aleph Farms em Israel representa um avanço monumental para o setor de proteínas alternativas globalmente. Este é um exemplo brilhante do que a inovação, aliada à ciência e à sustentabilidade, pode alcançar. No The Good Food Institute Brasil, vemos isso como um sinal promissor do que está por vir. O fato de que este produto específico já está programado para chegar ao Brasil, em parceria com a indústria local, é um testemunho do potencial que a carne cultivada tem para revolucionar o sistema alimentar, oferecendo alternativas sustentáveis e éticas sem comprometer o sabor ou a tradição. Este também é um momento crucial para Brasil, que também publicou seu o primeiro caminho regulatório para produtos do tipo e pode se posicionar como líder na adoção e na inovação de proteínas alternativas, trazendo benefícios tanto para a nossa economia como para o meio ambiente”, comenta o Presidente do The Good Food Institute Brasil, Gustavo Guadagnini. Israel Três das oito primeiras empresas de carne cultivada do mundo são Israelenses e 15% dos investimentos globais no campo são destinados a elas. Há muitos anos o país apoia e promove as proteínas alternativas, dada a batalha contínua da nação contra a insegurança alimentar: de acordo com dados governamentais, em 2021, 16% das famílias israelenses e 21% das crianças não tinham acesso adequado a alimentos seguros e nutritivos. Entre as famílias com crianças, 19% enfrentaram insegurança alimentar, enquanto 8,5% sofreram de insegurança alimentar severa. Como a carne cultivada não depende da agricultura de gado, de extensas áreas de terras agrícolas ou de grandes quantidades de água, os benefícios para a segurança alimentar são tão relevantes quanto para as mudanças climáticas, especialmente em um país com clima hostil e mais da metade do território composto por solos desérticos. A conquista da Aleph Farms em Israel é uma grande vitória, mas não para por aí. A empresa já solicitou autorização para venda em Singapura, Suíça, Reino Unido e nos Estados Unidos, além de avançar com solicitações em outros mercados.
COP28: Brasil e mais 133 países assinam declaração inédita se comprometendo a produzir alimentos de forma mais sustentável

A declaração é a primeira do tipo a colocar os sistemas alimentares no centro do debate climático Durante o evento “Transforming Food Systems in the Face of Climate Change” (Transformando os Sistemas Alimentares Face às Mudanças Climáticas, em tradução livre), que aconteceu hoje, dia 1/12, no segundo dia da COP28, em Dubai, foi lançada a declaração dos Emirados Árabes Unidos sobre Agricultura Sustentável, Sistemas Alimentares Resilientes e Ação Climática, assinada por 134 países, incluindo o Brasil. Segundo Gus Guadagnini, presidente do GFI Brasil que participou do painel, a declaração foi um passo importante para consolidar o tema dos sistemas alimentares como uma das prioridades globais no combate à emergência climática. “Estamos muito satisfeitos em ver que os governantes estão se comprometendo a apoiar mais esse tipo de solução. É nesse sentido que o GFI trabalha: trazer inovações escaláveis para que as pessoas possam manter seus hábitos e tradições alimentares, ao mesmo tempo em que consomem um alimento mais sustentável, que não demanda tantos recursos como água e terra para serem produzidos, nem agridem o meio ambiente com a emissão de gases poluentes.”, comemorou Guadagnini. Segundo Andy Jarvis, Diretor do Future of Food (Bezos Earth Found), é a primeira vez em uma COP que os sistemas alimentares têm esse nível de visibilidade. “Essa declaração endossa isso e, agora, nós precisamos que as nações não apenas assinem, mas que sejam corajosas e audaciosas nas suas ações daqui para frente.”, afirmou Jarvis. Em 2023, a Ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, elevou os compromissos das NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas) brasileiras para uma redução de 48% de emissões até 2025 e de 53% até 2030. Os sete setores contemplados pelas NDCs nacionais incluem energia, mobilidade urbana, florestas, biocombustíveis, resíduos sólidos, iluminação pública e transportes, mas não mencionam diretamente a agricultura, ou os sistemas alimentares, por exemplo. “A declaração assinada hoje pelo Brasil na COP28 traz entusiasmo pela possibilidade de que os sistemas alimentares sejam uma pauta priorizada pelo governo brasileiro no caminho até a COP30, que acontece em 2025 em Belém, no Pará”, disse Guadagnini. No evento, Bill Gates anunciou uma parceria junto dos Emirados Árabes para investir USD 200 milhões de dólares em inovações para os sistemas alimentares e anunciou ainda mais investimentos através do AIM for Climate, iniciativa dos governos dos Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos, para financiar soluções escaláveis para o setor. Também participaram lideranças como Mariam Almheiri, Ministra do Meio Ambiente dos Emirados Árabes, Antoine de Saint-Affrique, CEO da Danone, Joko Widodo, Presidente da Indonésia, Giorgia Meloni, Primeira Ministra da Itália, Naomi Mata’afa, Primeira Ministra da Samoa, Anthony John Blinken, Secretário de Estado dos EUA, Dr. Ismahane Elouafi, Diretora Executiva do Consortuim of Internacional Agricultural Research Centers (CGIAR), Roberto S. Waack, Presidente do Instituto Arapyau, Dr. Qu Dongyum, Diretor Geral da FAO (ONU), e Razan Al Mubarak, da UN Climate Change High Level Champion. Durante as discussões, Antoine de Saint-Affrique reforçou a importância do setor privado em favor do desenvolvimento de soluções climáticas para os sistemas alimentares, destacando a necessidade de ganho de escala para novas tecnologias e de aumento de financiamento do setor. Além disso, Roberto S. Waack citou também a filantropia como agente catalisador da mudança e destacou a relevância da liberdade de ação. O Presidente da Indonésia abordou a necessidade de transferência de tecnologia de ponta para os países que mais precisam, enquanto a Primeira Ministra da Itália reforçou os compromissos italianos com o clima e mencionou que o país apoia iniciativas do tipo na África, mas reforçou que o continente não precisa apenas de caridade e, sim, de espaço para competir com igualdade no cenário global. A Primeira Ministra da Samoa mencionou a importância da integração digital no campo e o Secretário de Estado dos EUA endossou que a declaração será um marco histórico, lembrando os desastres ambientais deste ano, destacando que, por trás das estatísicas, estão pessoas reais sofrendo com a emergência climática. Confira a declaração traduzida na íntegra: Nós, Chefes de Estado e de Governo: Reconhecendo que os impactos climáticos adversos e sem precedentes ameaçam cada vez mais a resiliência da agricultura e dos sistemas alimentares, bem como a capacidade de muitos, especialmente os mais vulneráveis, de produzir e ter acesso a alimentos face ao aumento da fome, da subnutrição e das tensões economicas; Reconhecendo o profundo potencial da agricultura e dos sistemas alimentares para impulsionar respostas poderosas e inovadoras às mudanças climáticas e possibilitar a prosperidade partilhada para todos; Sublinhando a necessidade de concretizar progressivamente o direito à alimentação adequada no contexto da segurança alimentar nacional, bem como a necessidade de garantir o acesso a alimentos seguros, suficientes, acessíveis e nutritivos para todos; Observando que a agricultura e os sistemas alimentares são fundamentais para a vida e a subsistência de milhares de milhões de pessoas, incluindo pequenos agricultores, agricultores familiares, pescadores e outros produtores e trabalhadores do setor de alimentos; Observando o papel essencial da cooperação internacional e multilateral, incluindo a cooperação Sul-Sul e Triangular, as instituições financeiras e de financiamento, o comércio e as organizações não-governamentais na resposta às mudanças climáticas; Reafirmando os nossos respectivos compromissos, coletivos e individuais, com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas e o Acordo de Paris, a Convenção das Nações Unidas sobre a Diversidade Biológica e o Quadro Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal, a Convenção das Nações Unidas para Combater a Desertificação, e o Trabalho Conjunto de Sharm El Sheikh sobre a implementação da ação climática na agricultura e na segurança alimentar; considerando tabém a Cúpula da ONU para os Sistemas Alimentares; Recordando também a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas e o Acordo de Paris, reconhecendo que são os principais fóruns internacionais e intergovernamentais para a negociação da resposta global às mudanças climáticas; Recordando as conclusões das recentes avaliações do Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC), considerando o Relatório de Síntese dos diálogos técnicos acerca do Primeiro Balanço Global (GST); Salientamos que qualquer caminho para alcançar plenamente os objetivos a
Projetos com feijão conquistam primeiro e segundo lugar no FI Awards 2023

A Avante Food Systems e a SL Alimentos foram as grandes vencedoras do FI Awards 2023. Consideradao o maior prêmio de inovação da indústria de alimentos, bebidas e ingredientes, o Food and Ingredients Innovation Awards e StartUp Innovation Challenge aconteceu no dia 16 de outubro, em São Paulo, e consagrou dois projetos de feijão, um ingrediente nacional, de baixo custo, plantio sustentável, alto valor nutricional e que tem muito potencial de assumir maior protagonismo no setor de alimentos plant-based, onde a soja e a ervilha ainda predominam como fontes proteicas. A SL Alimentos, empresa referência em alimentação humana e nutrição animal, conquistou o prêmio “Inovação em Sustentabilidade” com sua proteína concentrada de feijão caupi, que pode ser utilizada para a aplicação em alimentos infantis, extrusados, biscoitos, pães, bolos suplementos, análogos de carne e proteína texturizada. Além de conter o dobro de proteínas em relação aos demais cereais utilizados pela indústria, o feijão caupi é altamente nutritivo, rico em fero e zinco, e oferece diversos benefícios à saúde. Para o diretor de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação da SL Alimentos, Thomaz Setti, “o feijão é o ingrediente do presente e do futuro, porque é obtido sem a necessidade de explorar os recursos hídricos e sem a utilização de reagentes químicos. Para o consumidor, oferece ainda as vantagens de aumentar o teor de proteína dos alimentos e melhorar o perfil de aminoácidos, além de contribuir para a segurança alimentar. Estamos emocionados e orgulhosos com esse reconhecimento”. Já a paulista Avante Food Systems, antiga R & S BLUMOS, foi finalista em duas categorias e premiada na categoria Sustentabilidade com sua proteína culinária Carnevale® WUT. O alimento é obtido por extrusão úmida e elaborado a partir de proteínas de leguminosas brasileiras combinadas, proporcionando um ingrediente 100% plant-based, de textura proteica única e versátil, com até 23% de proteínas, zero carboidratos, baixa gordura e calorias e livre de conservantes. Um de seus ingredientes principais é um concentrado protéico de feijão carioca de upcycling, iniciativa pioneira no mundo na criação e aplicação de ingredientes do feijão carioca. Hoje as proteínas culinárias Carnevale® são comercializadas para clientes industriais através da BLUMOS e para estabelecimentos como restaurantes, hotéis e cafeterias por meio da Plural Food Solutions. “É uma proteína boa para o planeta e boa para as pessoas que buscam diversificar suas fontes proteicas, por ser versátil para múltiplas receitas e pratos, deliciosa e com textura surpreendente. E, para oferecer pratos proteicos e deliciosos com a Carnevale WUT, estamos nos aproximando de Chefs de cozinha que elevam o potencial da nossa proteína culinária e tornam a experiência sensorial incrível”, afirma Fernando Santana, CEO da Avante Food Systems. A premiação do FI Awards comprova que o feijão é um foco estratégico que está ganhando espaço. Recentemente, o GFI Brasil está financiou uma pesquisa conduzida pela Dra. Caroline Mellinger, pesquisadora da Embrapa, que visa encontrar alternativas para o uso do feijão carioca pela indústria de proteínas alternativas. Além disso, também estamos trabalhando junto a associações de produtores rurais do Mato Grosso e à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do estado na elaboração de um acordo de cooperação técnica que tem como objetivo testar a viabilidade, tanto tecnológica quanto econômica, do processamento de feijão dentro das cooperativas rurais.
Mercado brasileiro de carnes e leites vegetais cresceu 42% e 15%, respectivamente, em 2022

O setor de alimentos à base de plantas análogos já conta com pelo menos 107 empresas, com produtos que substituem carnes, leite, derivados lácteos e ovos. De acordo com dados da plataforma Passport da Euromonitor, em 2022 o mercado de substitutos vegetais para carne e frutos do mar no Brasil alcançou R$821 milhões em vendas no varejo, o que representa um crescimento de 42% comparado a 2021. Já o comércio de leites vegetais alcançou R$612 milhões em vendas no varejo, um aumento de 15% em relação ao ano anterior. Em 2021, a Euromonitor já havia registrado um crescimento de 30% nas vendas no varejo de substitutos vegetais para carne e frutos do mar em relação a 2020. Naquela época, a plataforma estimou que até 2026 este setor poderia ultrapassar os US$425,3 milhões em vendas no mercado brasileiro. Hoje, o nosso mercado de proteínas alternativas análogas conta com pelo menos 107 empresas e já exporta produtos para cerca de 30 países. Se levarmos em conta que o primeiro hambúrguer vegetal análogo do Brasil foi lançado em maio de 2019, vemos o quão rápido o setor vem se desenvolvendo e o quão expressiva é a penetração desses produtos na rotina dos brasileiros. O aumento das vendas no varejo, tanto para substitutos vegetais para carne e frutos do mar quanto para leites vegetais, reflete algumas mudanças que vêm ocorrendo no comportamento do consumidor brasileiro, analisados na pesquisa “O Consumidor Brasileiro e o Mercado Plant-Based 2022” do The Good Food Institute Brasil (GFI Brasil). Um deles é a redução do consumo de carne: a pesquisa mostra que, em 2022, 67% dos brasileiros diminuíram o seu consumo de carne (bovina, suína, aves e peixes) recentemente, um crescimento de 17 pontos percentuais em relação a 2020. O aumento do preço da carne foi o que motivou 45% dos brasileiros que reduziram seu consumo, mas, para outros 36%, essa redução foi motivada por questões relacionadas à saúde, como melhorar a digestão, reduzir o colesterol ou perder peso. Quando somadas à preocupação com os animais, o meio ambiente, influência de familiares, motivos religiosos e espirituais, vemos que essas questões motivaram mais da metade (52%) dos brasileiros a reduzirem o consumo de carne por escolha própria. Os dados também mostram que o propósito de diminuir a ingestão de carne não parece ser um comportamento temporário, pelo contrário: independente do motivo inicial, 46% dos consumidores que já reduziram a carne afirmam que pretendem manter esse nível de consumo e 47% pretendem reduzir ainda mais no próximo ano. Dos consumidores que diminuíram a quantidade de carne no prato, 34% a substituíram somente ou principalmente por carnes vegetais, 9 pontos percentuais a mais do que em 2020. Entre os brasileiros que cortaram a carne por causa da saúde, 40% utilizam a carne vegetal como substituto principal ou exclusivo. Essa realidade vai ao encontro de outro fator relevante para a consolidação do setor de proteínas alternativas no Brasil, que é a significativa adesão ao flexitarianismo. Esse é o estilo de alimentação que busca reduzir, sem excluir por completo, o consumo de produtos de origem animal. Em 2022, 28% dos brasileiros já se definiam como flexitarianos. Desses, 60% afirmavam que gostariam de reduzir ainda mais o consumo de carne nos doze meses seguintes à realização da pesquisa. Isso indica que já existe uma parcela importante de consumidores que enxerga essa redução como uma parte definidora do seu comportamento alimentar atual. Vale notar também, que 75% do consumidores pesquisados se dizem abertos a provarem alimentos feitos a partir de novas tecnologias e 68% vislumbram as carnes vegetais incorporadas à sua alimentação no futuro. Portanto, podemos concluir que hoje temos uma parte relevante de consumidores com apetite para a categoria e uma visão postiva sobre as novas tecnologias aplicadas à produção de alimentos. “Todos estes dados de vendas e comportamento do consumidor apontam para um movimento de consolidação do mercado de proteínas vegetais no Brasil. De um lado temos o consumidor tentando equilibrar escolhas mais econômicas e ao mesmo tempo mais saudáveis e mais sustentáveis na sua dieta. De outro, a indústria que vem investindo no desenvolvimento de produtos que atendam estas demandas sem esquecer do sabor ou seja, de entregar a experiência de uma refeição realmente prazerosa para o consumidor. Nos últimos 4 anos tivemos avanços significativos neste sentido, com o lançamento de uma grande variedade de produtos realmente inovadores. Mas ainda são muitos os desafios a superar e em várias frentes, até que as alternativas vegetais estejam disponíveis e acessíveis de maneira competitiva para todos os consumidores.” – Gustavo Guadagnini, Presidente do GFI Brasil.
Scaler: conheça a nova ferramenta de análise técnico-econômica de última geração para fermentação

A Synonym, plataforma que está acelerando o futuro biológico do mundo desenvolvendo, financiando e construindo instalações de biomanufatura em escala comercial, acaba de lançar o Scaler, a primeira ferramenta online, interativa e gratuita de análise técnico-econômica (TEA) para fermentação. Projetada para capacitar empresas a calcular custos de produção em escala comercial e agilizar seu caminho para o mercado, a Synonym decidiu abrir seus modelos internos para a comunidade de biologia sintética para tornar a análise técnico-econômica mais acessível. Com o resultado personalizado do Scaler, as empresas podem começar a definir seus roteiros comerciais e estratégias de fabricação para entender o que será necessário para levar seus bioprodutos ao mercado de massa. A tecnologia de fermentação possui um imenso potencial em muitas aplicações diferentes, de alimentos a produtos químicos e materiais. No entanto, determinar os custos de produção em escala comercial tem sido um desafio complexo e caro que as empresas frequentemente enfrentaram. As empresas que buscam uma análise técnico-econômica para fermentação agora podem usar gratuitamente o Scaler para modelar seus custos de construção de uma instalação em escala comercial e produção em escala industrial. Os usuários podem refinar mais de 50 parâmetros em seus modelos, incluindo variáveis relacionadas à fermentação, matéria-prima, mídia, processamento downstream, ideias de financiamento e muito mais. Depois de fornecer essas informações, os usuários recebem um relatório personalizado com informações importantes sobre seu processo, incluindo detalhamento de CapEx, CPV, análise de sensibilidade, análise de bancabilidade, dimensionamento de instalações e muito mais. A Synonym também possui a ferramenta Capacitor, um banco de dados global e gratuito que identifica instalações de fermentação em todo o mundo. Desenvolvido em parceria com o GFI , Blue Horizon e Material Innovation Initiative, o Capacitor fornece às empresas de proteínas alternativas a maneira mais detalhada de encontrar infraestruturas de fermentação microbiana, que inclui instalações, equipamentos e serviços usados para produzir proteínas alternativas. Se você está procurando por esses equipamentos ou se sua empresa ou centro de pesquisa possui essas instalações, se cadastre na plataforma também! Se você deseja entender quanto custa construir e operar em escala comercial, convidamos você a começar a criar seus modelos no Scaler.
GFI Brasil participa da APAS Show, que acontece entre os dias 15 e 18 de maio, em São Paulo

A organização terá um stand para auxiliar varejistas que queiram alavancar as vendas de produtos plant-based Dos dias 15 à 18 de maio acontece em São Paulo (SP) a APAS Show, maior feira de alimentos e bebidas das Américas, e o GFI Brasil estará presente promovendo o setor de proteínas alternativas. Além de contar com um stand, que será um ponto de encontro das empresas e startups parceiras, o GFI Brasil também vai participar de duas mesas redondas durante o 1º Fórum de Saudabilidade para Supermercados, promovido pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), no segundo andar do Expo Center. O evento é uma oportunidade única para profissionais do setor de alimentos e bebidas ficarem por dentro das principais tendências que estão moldando o mercado plant-based e aprimorarem seus conhecimentos para que possam aproveitar plenamente as oportunidades que o mercado varejista oferece. De acordo com os dados levantados pela pesquisa “O Consumidor Brasileiro e o Mercado Plant-Based 2022” do GFI Brasil, 61% dos consumidores procuraram alguma alternativa vegetal análoga (que imita produtos de origem animal) nos últimos seis meses anteriores à pesquisa mas, destes, 53% disseram não ter encontrado algum item que procuravam. Apenas 8% dos consumidores encontraram todos os produtos vegetais análogos que buscavam. Segundo análise do GFI Brasil, as ações nos pontos de venda do varejo tradicional impulsionam os consumidores a terem uma primeira experiência com um produto à base de plantas. São nessas lojas físicas que as pessoas são expostas às alternativas vegetais enquanto compram outros alimentos para casa, sem que precisem mudar esse hábito. Por isso, o GFI Brasil ressalta a importância das marcas criarem uma boa comunicação nos pontos de venda com, por exemplo, degustações e promoções para incentivar a experimentação e a compra. Também é essencial que as marcas busquem uma localização adequada para expor seus produtos em grandes redes de varejo, com proximidade dos produtos de origem animal equivalentes – e não em seções apartadas. Confira a programação do GFI Brasil na APAS Show 15 a 18 de Maio, das 8h às 20hStand de apoio a Varejistas e encontro de parceirosRua D, Natural Station: Stand 1049, Level 1 16 de Maio, às 15h Painel “O que o supermercado deve saber sobre as principais buscas do consumidor no setor de alimentos e bebidas”.Participação de Raquel Casselli, Diretora de Engajamento Corporativo do GFI Brasil 17 de Maio, às 15h Painel “O que o supermercado deve saber sobre os industrializados e sobre o mito dos alimentos ultraprocessados”.Participação de Cristiana Ambiel, Gerente de Ciência e Tecnologia do GFI Brasil
Relatórios do GFI analisam panorama global e atualizado do setor de proteínas alternativas

Doações IDIOMA
Relatórios do GFI analisam panorama global e atualizado do setor de proteínas alternativas

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